Capítulo IV: Dia de pai e filha

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Pov Helena:

Acordei bem cedo e fui direto para o banheiro, ansiosa para passar o dia com meu pai, aprender coisas com ele, o conhecê-lo e entender como e quem eu sou, tomo um banho frio para me desprender do sono e faço minha higiene matinal, saio do banheiro e coloco uma roupa básica, simples e confortável, saio do meu quarto direto a procura do meu pai, vou em direção as escadas que dão direto na sala de estar, porém, no caminho sou parada pelo Dimitri

-Seu pai pediu pra avisar que é para você ir em um jardim, ele não quis me explicar mas disse que você vai saber onde é - Dimitri diz parado na minha frente

-Tá bom, eu sei sim onde é, obrigado - digo sorrindo, tentando ser educada e simpática, mas sinceramente não estou mais aguentando esse sarcasmo e chatice do Dimitri, e olha que conheço ele a menos de 2 dias.

-De nada - ele diz saindo.

Vou andando até o jardim, observando cada detalhe da floresta, observando a beleza da mãe natureza, como tudo pode ser assim? Tudo tão perfeito no meio do nada, no meio de uma floresta considerada assombrado por todos da cidade, lugar onde assassinatos incomuns acontecem todas as noite e pela manhã os policiais encontram corpos mutilados e as vezes irreconhecíveis, penso em como seria se eu fosse encontrada desse jeito, mas claro, se eu fosse criada como uma garota normal, com uma família normal em um local normal, mas aí em uma fatídica noite eu encontro um ser maligno, um dos creepys e aí sou torturada e morta, como as pessoas reagiriam ao ver meu corpo sem vida encontrado em uma floresta, toda mutilada, irreconhecível. Sigo meu caminho criando mil e uma histórias diferentes em minha cabeça, sobre como seria minha vida em uma família normal, sem a sede de sangue e tudo mais, acho que eu não suportaria, ou sim, de nada se sabe, mas eu ainda sim não quero que nada mude, estou amando minha vida agora, reencontrar meu pai, conhecer meus tios e os creepys, saber de toda essas histórias loucas e que fazeram com que qualquer pessoa normal surtasse pelos fatos aterrorizantes. Quando chego no jardim vejo meu pai sentado na cadeira que eu tinha visto antes, posta em um canto do lindo local

-Papai, vamos treinar hoje? - digo me aproximando e vejo ele mechendo na marca de A+O que eu tinha visto antes

-Vamos sim filha - ele diz olhando para mim, mas sem tirar a mão de perto da marca, sua voz parece angustiada, revelando que meu pai pode ter chorado

-O que seria isso pai? - digo apontando para marca

-Eu quis que esse jardim fosse feito especialmente para sua mãe, ela adorava as flores, pedi que colocassem a mesa para podermos ficar mais confortáveis aqui e ela fez essa marca quando a pedi em casamento, o A de Agatha e O de Offenderman - ele diz sorrindo levemente e me sinto mal por ter achado brega antes, agora que sei o real motivo sinto meu coração quentinho

-Minha mãe parecia ser muito carinhosa, dá para ver o quanto você a amava e pelo que fala o sentimento era recíproco, apesar de tudo - digo olhando a marca e sorrindo, lembrando da minha reação de antes

-Ela era como uma flor, por isso quis que nosso treinamento fosse aqui, para que eu pudesse te contar mais sobre sua mãe e também para você amar esse lugar da mesma forma que eu e sua mãe amamos - ele diz indo ver as rosas, que por sinal pareciam mais lindas com ele por perto

-Elas são perfeitas - digo apontando para um canteiro de rosas e me aproximando dele, sentindo o incrível cheiro adentrar minhas narinas, me acalmando instantaneamente

-Sim filha, não imaginei que você gostasse de rosas - ele diz me olhando curioso pela minha reação

-Sou apaixonada por rosas - digo sorrindo e vejo um grande sorriso se formar em seu rosto pálido

A filha do OffendermanWhere stories live. Discover now