PEGAR OU LARGAR ©

EPÍLOGO

𝗡𝗮𝗿𝗮 𝗙𝗼𝗿𝗯𝗲𝘀

Se eu olhar para trás eu consigo ver toda a minha vida montada em bloquinhos de construções de crianças. A minha vida tipo em uma torre, podendo ter a vislumbre visão dos meus obstáculos, fases e até mesmo as minhas conquistas. Tudo empilhado e no topo uma pequena estrelinha depositada do modo "eu venci".

Desde quando cheguei novamente eu não vi o Rael, por conta dos trabalhos que eu tive e acredito que ele também. Apenas por sms que nos comunicamos, apenas. O cruzeiro antes eram um burburinho que só, agora neste está pior do modo, mais cheio. Por isso exige deles a total atenção.

A minha menstruação veio e já foi embora. Agora livre do mar vermelho e Rael que me aguente. Passei uma semana subindo pelas paredes e nem os meus dedos davam conta, eu desejava algo grande e grosso.

Saio da minha cabine com um sorriso no rosto depois de eu passar horas e horas me arrumando. Coloquei um vestido vermelho longo de fenda. Um salto vermelho fino e minha bolsinha de sempre na minha mão me acompanhando. A maquiagem forte e chamativa.

Desço as escadas e caminho em direção ao bar sentindo diversos olhos em mim. E nem preciso dizer o quanto eu me sinto poderosa.

De uma longa distância eu vejo ele sentado em um banco no bar de costas. Analiso suas costas marcada pela sua roupa e minhas mãos coçam por eu querer logo tocar em seu torso nu e suado. Vou me aproximando dele até chegar em seu lado. Ele estava mexendo no seu celular e desligou ele virando sua cabeça para o meu lado.

Um sorriso genuíno se alastrou em seus lábios e eu ri por dentro por sentir ele totalmente diferente. Nem parece que era aquele homem misterioso e fechado de antes.

— Sozinho, moço? — coloquei minha bolsinha de mão no balcão, tentando ao máximo não me tremer.

— Estou esperando uma pessoa.

— E essa pessoa seria uma mulher? Amante, namorada, noiva?

— Ainda não definimos o nosso status, mas eu posso dizer que ela é minha mulher.

Dentro de mim vibrou ao ouvir a palavra "minha mulher" sair de seus lábios.

— E eu posso dizer que essa mulher gostou de ouvir isso. Você passou no teste. — deixei uma risada sair junto com a dele.

Ele balançou a cabeça me puxando para ele. Fiquei entre suas pernas e levei minhas mãos para o seu ombro.

— Eu senti a sua falta. — digo baixo.

— Eu também senti sua falta, bela dama. E não sabe o quanto. — beijou meus lábios.

Começamos um beijo avassalador e molhado. Matando a saudade desse beijo gostoso de deixar borboletas na barriga. O seu cheiro entrou em minhas narinas, e me deixou sem ar. Faço um carinho em sua nuca e sinto sua pele se arrepiar.

— Os dias que eu passei em Bahamas era um desafio ficar sem ver você.

— Assim você me ofende, acha que eu usei outra pessoa quando fizemos chamadas de vídeo?

— Seu idiota, sabe que por vídeos não é a mesma coisa que na vida real.

— É tem razão. — deu uma pausa me analisando de cima a baixo, suas mãos na minha cintura se apertou me puxando para si. — Incrível como você continua linda, sua pele macia e aveludada... Porra, tem noção disso?