Capítulo 48 - Tomura

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~ Bakugou

Com a demora dos professores para se organizarem e verem o que de fato estava acontecendo, logo amanheceu. Ninguém ainda tinha ideia de onde a Sn e o Monoma estavam além de que não havia nenhum rastro sequer deles.

Nas câmeras de segurança e nos portões da escola também não havia sinais de invasão ou de que eles tivessem saído. Então não sabíamos o que fazer para encontrá-los nem por onde começarmos.

Se eu soubesse que uma coisa desse poderia acontecer e que nesse momento estaria me sentindo aflito por isso, não tinha deixado ela sair. Tinha insistido para que ficasse ou teria a acompanhado para seja lá onde ela fosse. Droga. Porque é tão difícil. Eu só queria ficar perto dela!

~ Aizawa

Ainda não conseguia acreditar que a Sn está desaparecida. Se passaram muitas coisas na minha cabeça mas não conseguia achar uma explicação para o que aconteceu. Não acho que poderia ser somente uma birra da parte dela por eu não ter saído para falar com ele. Talvez isso vá muito mais além do que só isso. Espero que minha menina esteja segura e que aguente firme até eu a encontrar!

Estava a caminho da sala do Diretor Nezu. Como pai, não podia ficar simplesmente parado esperando os policiais terminarem o trabalho. Eu tinha que agir.

- Como não encontraram pistas ainda? Dois alunos desaparecem de uma hora para outra sem deixar rastros e simplesmente fica por isso?? - Ouço Nezu falar ao telefone quando me aproximo da porta.

- Diretor.. - Digo a abrindo.

- Continue a investigação, por favor. Ligo depois - diz desligando o telefone e voltando sua atenção para mim - Oi Aizawa, por favor entre. Alguma notícia deles?

- Nada ainda - respondo cabisbaixo - Mas vim pedir um favor.

- Sim, pode dizer qual é.

- Nos dê permissão para iniciarmos uma busca mais concreta, minha filha também está desaparecida, eu tenho que fazer alguma coisa!

- Não adianta se precipitar Aizawa, ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Não podemos definir nada ainda, temos que deixar os policiais investigarem isso primeiro.

- Como não?? Você sabe que eles dois não sairiam da escola assim e mesmo que saíssem, as câmeras de segurança mostrariam! - respondo exaltado.

- Senhor!!! - um dos polícias entra ofegante na sala.

- O que houve? Acharam alguma coisa? - Nezu pergunta e se levanta da mesa vindo até ele.

- O sr. Ryo conseguiu farejar o último lugar que os dois alunos estiveram e encontrou marcas de sangue no local!

- E onde é?? - pergunto nervoso.

- Na zona T, em direção a saída de emergência.

- Na zona T? Por que eles iriam lá? Não sabem que é uma área proibida para alunos? Essas crianças...

- Vamos logo! Não temos muito tempo pra perder - digo os apressando.

Fomos até o local o mais rápido possível. Os policiais encontraram no local sinais de luta, marcas de sangue e algumas pegadas. Não dava para definir ao certo de quem era, mas era possível identificar que haviam quatro pessoas no local, provavelmente a Sn, o Monoma e mais dois suspeitos. Agora tínhamos certeza que eles tinham sido sequestrados. Era a única resposta lógica para tudo isso. Mas ainda tínhamos muitas perguntas sem respostas, então começamos a agilizar para resolver tudo isso e os encontrar o mais rápido possível.

~ S/n

Senti meu corpo todo dolorido e comecei a abrir os olhos lentamente. Minha visão estava muito embaçada e quase não conseguia mover a cabeça de tanta dor no pescoço. Depois de um tempo tentando recordar a consciência, percebi que estava num lugar totalmente diferente do anterior. Estava sentada numa cadeira só com as mãos e os pés presos a ela. A cadeira parecia ser de ferro e estava muito gelada. Comecei a olhar em volta procurando pelo Monoma mas não o vi em lugar nenhum da sala. Tinham nos separado.

- Olha só quem finalmente está aqui. Gostou da recepção? - Um homem com sobretudo preto diz entrando na sala.

- Quem é você? - pergunto com medo que se aproxime de mim.

- Calma, pra que tanta pressa? Você vai me conhecer eventualmente. Aliás, você não tem ideia do quanto eu esperei por esse momento.

- O que você fez com o meu amigo?!

- Ah, o seu amigo? Não se preocupa com ele não.. ele está em um lugar só pra ele. Ele é inútil pra mim, então vou descartar ele assim que terminar aqui com você - Responde e pega uma garrafa e se serve uma bebida.

- Tomura, quando pretende começar? - O mesmo homem que nos atacou na escola com fumaça preta em volta do corpo entra na sala o chamado pelo nome.

- Tomura... - repito para mim mesma tentando buscar nas memórias de onde eu conhecia esse nome.

- Ai que saco. Sempre você tirando graça das coisas não é Kurogiri?

- Precisamos iniciar logo, você sabe perfeitamente o porquê.

- Não ligo. Quando chegar a hora eu vejo.

- Tomuraaa - Uma menina loira entra correndo na sala cantarolando.

- Quem deu permissão de você vir aqui? - Tomura pergunta bravo.

- O Dabi deixou - ela responde.

- Eu não disse nada, ela que quis vir sozinha. E eu não sou pai dela pra ficar dizendo o que ela pode ou não pode fazer - Dabi responde entrando logo atrás.

- Eu também tô aqui - Outro homem com o traje cobrindo o corpo inteiro entra na sala logo em seguida.

Quantas pessoas tem aqui afinal?

- Ah, pronto.. - Tomura arfa e senta numa cadeira próximo a porta.

- Foi eu que chamei ele, não é mesmo twice? - ela indo na direção dele para abraçá-lo.

- Esses manés não se desgrudam... - Dabi diz se acomodando também.

- Ela que é a garota que vocês tanto falavam? - ela diz vindo me analisar de perto - Uau, ela é bonita. Posso cortar ela?

- Nem pense nisso - Dabi responde.

- Que pena - diz voltando a me olhar - Meu nome é Toga Himiko, se você não morrer rápido demais nós podemos ser amigas.

- Deixa ela, Toga. Ela parece assustada, não tá com cara de que vai querer ser sua amiga - Twice diz vindo na nossa direção.

- Tá bom. Agora saiam, falei para não virem aqui! - Kurogiri diz os levando fora da sala.

- Ah por que? Nós sempre ficamos com as piores missões, deixa a gente ficar vai... - Toga começa a implorar.

- Não. Vocês só vão atrapalhar! Saiam logo, quando eu terminar deixo vocês fazerem o que quiserem - Tomura responde.

- O que a gente quiser mesmo?

- Uhum.

- Oba, ouviu Twice? Nós vamos poder fazer o que quisermos!!

- Demais!! - ele comemora.

- Mas antes, tenho uma missão pra você, Toga - Tomura diz com um olhar maldoso.

Eu simplesmente não estava entendendo nada. Não sabia o que iam fazer comigo, e sinceramente eu estava com muito medo. Medo de que pudessem machucar o Monoma por minha causa. Mas o que será que eles querem de mim? E porque estão tão acomodados como se não estivessem fazendo algo errado? Será que meu pai percebeu que eu sumi? Vão vir me salvar? Estou apavorada!

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