.— Estacione o carro! — ele disse sem excitar, quando a viu virar no quarteirão à frente.
— Senhor? — um dos seguranças se pronunciou, não é costumeiro que o seu chefe seja imprudente dessa forma.
— Resolva isso, Jhon! — foi a única coisa que falou antes de sair do carro. Leone olhou de um lado a outro à procura dela, a desconhecida que chamou sua atenção por... simplesmente existir. Enquanto isso, os seguranças, varriam o perímetro, tornando-o "seguro".
Numa cafeteria, ridiculamente rosa, — pensou Leone — a encontrou. Ela tinha acabado de fazer o pedido e sentou-se. Cumprimentou o cliente na mesa ao lado, o homem sorriu a olhando na dúvida em puxar assunto ou não. Com calma, Leone foi até o balcão, pediu um café com um pouco de leite e sem açúcar. Sentou-se em um dos bancos do balcão, observando com ódio o homem preste a se aproximar dela. Apertou os dedos, a luva de couro fez barulho, chamando a atenção. Sua barriga enrijeceu, quando ela sorriu, um riso tímido como se fosse pega bisbilhotando e no caso ele foi. Arrumando o sobretudo na frente do corpo, Leone caminhou até a mesa em que a jovem está, o homem na mesa ao lago, pigarreou virando-se de costas.
— Posso lhe fazer companhia? — a princípio, não disse nada, não desviou a atenção dele desde o momento em o viu, imponente num banco minúsculo do balcão.
— Estou esperando alguém. — disse baixo, mas retirou a bolsa do lugar vago. — Mas me faça companhia por enquanto.
— Obrigado. — sentou-se. De relance, viu seus homens entrarem. — Desculpa ser tão incômodo, mas...
— De onde é?
— An...
— Seu sotaque.
— Claro. Itália.
— Imaginei. — riu, arrumando os cabelos que se agitaram com a brisa que entrou, quando um cliente entrou na cafeteria. — Sempre quis conhecer.
— Iria se apaixonar. — riu fazendo um barulho como um suspiro. Ele adorou.
— Esse é meu medo. — confessou um pouco tímida, mordendo o lábio inferior.
— Por quê? — Deu de ombros. A garçonete trouxe os pedidos de ambos.
— Sou dada a viver o momento, isso sempre me deixa de coração partido.
— Não quer dizer que seja algo ruim.
— Não mesmo. Certas experiências servem para nos... — bebericou o café — moldar.
— Quem sabe eu não te leve algum dia.
— Isso é loucura. Acabamos de nos conhecer. Nem isso, na verdade.
— Leone De Angelis. — disse intensificando o sotaque. Estendeu a mão.
— Reece? — um rapaz parou ao lado da mesa.
— Finalmente! — ela disse ficando de pé. Envolveu o cara num abraço com direito a tapinha nas costas e risadas.
— Não reclame. Está acompanhada, afinal! — o rapaz se virou para Leone. — Com o namorado. — estendeu a mão. — Sidney. Sidney Canon. Irmão mais novo dela, para te deixar tranquilo.
— É um prazer te conhecer, finalmente. — Reece arregalou os olhos ao notar, que o não tão desconhecido não desmentiu o fato de serem namorados.
— Leone De Angelis.
— Um italiano. Sabia que minha irmã sempre quis conhecer a Itália?
— Sim e com sorte tem um pedaço, só dela. — a jovem riu de um jeito nem pouco discreto.
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Amor, honra e máfia
RomanceQuando se faz parte desse mundo, em que tudo é mais discreto e mais sanguinário, um pico de paz e felicidade é raro ir para Leone De Angelis essa noite é uma dessas realidades. Ele sorriu ao vê-la atravessar o cômodo de um lado para o outro, chutou...