Capítulo 09

176 18 12
                                    


.

— Estacione o carro! — ele disse sem excitar, quando a viu virar no quarteirão à frente.

— Senhor? — um dos seguranças se pronunciou, não é costumeiro que o seu chefe seja imprudente dessa forma.

— Resolva isso, Jhon! — foi a única coisa que falou antes de sair do carro. Leone olhou de um lado a outro à procura dela, a desconhecida que chamou sua atenção por... simplesmente existir. Enquanto isso, os seguranças, varriam o perímetro, tornando-o "seguro".

Numa cafeteria, ridiculamente rosa, — pensou Leone — a encontrou. Ela tinha acabado de fazer o pedido e sentou-se. Cumprimentou o cliente na mesa ao lado, o homem sorriu a olhando na dúvida em puxar assunto ou não. Com calma, Leone foi até o balcão, pediu um café com um pouco de leite e sem açúcar. Sentou-se em um dos bancos do balcão, observando com ódio o homem preste a se aproximar dela. Apertou os dedos, a luva de couro fez barulho, chamando a atenção. Sua barriga enrijeceu, quando ela sorriu, um riso tímido como se fosse pega bisbilhotando e no caso ele foi. Arrumando o sobretudo na frente do corpo, Leone caminhou até a mesa em que a jovem está, o homem na mesa ao lago, pigarreou virando-se de costas.

— Posso lhe fazer companhia? — a princípio, não disse nada, não desviou a atenção dele desde o momento em o viu, imponente num banco minúsculo do balcão.

— Estou esperando alguém. — disse baixo, mas retirou a bolsa do lugar vago. — Mas me faça companhia por enquanto.

— Obrigado. — sentou-se. De relance, viu seus homens entrarem. — Desculpa ser tão incômodo, mas...

— De onde é?

— An...

— Seu sotaque.

— Claro. Itália.

— Imaginei. — riu, arrumando os cabelos que se agitaram com a brisa que entrou, quando um cliente entrou na cafeteria. — Sempre quis conhecer.

— Iria se apaixonar. — riu fazendo um barulho como um suspiro. Ele adorou.

— Esse é meu medo. — confessou um pouco tímida, mordendo o lábio inferior.

— Por quê? — Deu de ombros. A garçonete trouxe os pedidos de ambos.

— Sou dada a viver o momento, isso sempre me deixa de coração partido.

— Não quer dizer que seja algo ruim.

— Não mesmo. Certas experiências servem para nos... — bebericou o café — moldar.

— Quem sabe eu não te leve algum dia.

— Isso é loucura. Acabamos de nos conhecer. Nem isso, na verdade.

— Leone De Angelis.  — disse intensificando o sotaque.  Estendeu a mão.

— Reece? — um rapaz parou ao lado da mesa.

— Finalmente! — ela disse ficando de pé. Envolveu o cara num abraço com direito a tapinha nas costas e risadas.

— Não reclame. Está acompanhada, afinal! — o rapaz se virou para Leone. — Com o namorado. — estendeu a mão. — Sidney. Sidney Canon. Irmão mais novo dela, para te deixar tranquilo.

— É um prazer te conhecer, finalmente. — Reece arregalou os olhos ao notar, que o não tão desconhecido não desmentiu o fato de serem namorados.

— Leone De Angelis.

— Um italiano. Sabia que minha irmã sempre quis conhecer a Itália?

— Sim e com sorte tem um pedaço, só dela. — a jovem riu de um jeito nem pouco discreto.

Amor, honra e máfia Where stories live. Discover now