𝗔𝗢 𝗡𝗢𝗥𝗧𝗘 de Denver, em 1978,
em uma pequena cidade pacata
e com pouca visibilidade, uma
série de sequestros começam
a acontecer.
Mas quando o melhor amigo de
Lyanah e Finney, Robin, desaparece,
os dois começam a perceber uma
presença em...
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Acordando atordoado e com sua visão embaçada, Finney conseguia ouvir murmúrios vindos de Grabber, que carregava Lyah nos braços, mas logo a joga em cima do colchão onde o mesmo ficava.
— Eu poderia quebrar seu pescoço pelo o que você fez com meu braço. — Grabber dizia, mas o som na cabeça de Lyah estava abafado.
Um pouco tonta e com sua cabeça doendo mais ainda, Lyah se esforça para abrir os olhos e tentar se mexer. Quando consegue, segura o pulso de Finney em alerta, ele devolve o sinal, se colocando um pouco à frente da mesma, que pousa a cabeça em suas costas.
Não conseguia imaginar que isso estava acontecendo, só que agora, com eles. Agora sabia como Robin, Bruce, Billy, entre todos os outros demais garotos haviam sido sequestrados, e logo, a vontade de chorar veio.
Os dois ali tentavam enxergar onde estavam, mas era como se fosse um porão, sujo, com cheiro ruim e abafado.
— Nossa. — Grabber estava sentado na frente dos dois, usando uma máscara bizarra enquanto sua voz estava rouca. — Parece até que eu matei alguém. Estão vendo?
Nem Lyah, nem Finney respondem, apenas ficam parados. Finney já havia conseguido ter visão, mas ainda estava zonzo. Ele vê Grabber passar a mão na frente de seu rosto e no e Lyah.
— Não devem estar vendo nada. — Ele diz. — Eu sei que estão com medo, mas não vou mais machucar vocês. Aquilo que eu falei de quebrar o seu pescoço... eu só estava com raiva, hum? E você fez um estrago no meu braço. Mas eu não guardo rancor nenhum. — Ele continuava falando, tentando tirar alguma fala da boca dos dois jovens ali, enquanto passava a mão nos cabelos de Finney. — Não precisa ter medo, porque nada de ruim vai acontecer aqui. Te dou minha palavra, palavra de escoteiro. — Faz um sinal com a mão. — Gostam de refri? Hum? Olhem só, vou ir pegar um refri pra vocês, e depois...
Ele é interrompido por um telefone, do qual tocava no andar acima.
— É o telefone. — Diz ele. — Você tá ouvindo? Eu vou lá ver quem é, depois vou pegar o seu refri, e aí eu vou voltar e explicar tudo. — Ele passa as mãos pela bochecha e Lyah, as apertando. A mesma logo quis recuar, mas não o fez, já que ele se levantou e foi em direção à porta, e fecha a mesma.
Finney não demora a se virar para Lyah, que estava encolhida e com uma ferida em sua testa.
— Agora é a nossa vez. — Ela sussurra para o mesmo, que parecia tão assustado quanto ela. Ele limpa o sangue que escorria da testa da mesma com a manga de sua camisa, e se levanta, andando pelo local ali.
Lyah não sabia o que Grabber havia feito com ela, só sabia que não tinha forças, não conseguia se levantar ou sequer se mexer, só queria dormir e torcer para que isso fosse apenas um maldito sonho do qual ela acordaria.
Ela vê Finney indo em direção à uma parede, parede essa que havia um telefone.
— Não tem linha. — Ele diz frustrado, se sentando no colchão ali.
— A gente vai sair, eu... eu vou te ajudar a achar uma saída, só que... não agora. — Ela diz, sentindo seu corpo pesar.
— O que ele fez com você? — Finney pergunta notando que havia algo de errado com a garota, e se aproximando da mesma, que aos poucos ia caindo deitada no colchão. Ela só da ombros e se deita por fim. Não tinha forças para fazer nada agora, muito menos falar, e Finn se encontrava no mesmo estado.
Ele se deita ao lado da mesma, se permitindo ali dormirem.
