Visões.

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Eu mal dormir, não que Niki tenha se mexido muito, ou roncado, ele é quieto e não faz nada enquanto dormi, mas eu não dormi.

Enquanto todos dormiam, eu foi até o banheiro, apenas molhar meu rosto.

"Sunoo..."

Eu olhei para o espelho, e vi uma coisa estramente estranha, parecia comigo, mas era totalmente ensanguentado e com os olhos pretos e fundos

"Estamos te esperando! O seu povo quer você. Venha para o seu tonho"

Eu virei para trás, espantado e com muito medo.

Eu me vi em um lugar, era cinza, mas tinha nuvens que me chamavam atenção, pareciam lembras...

-- Como é ser uma bichinha sem pai?! - era o garoto que fazia bullying comigo, quando eu tinha um pouco mais de 13 anos.

-- Você É, apenas um garoto chato e depressivo! Corta seus pulsos e me deixa em paz menino! - Diz minha mãe, depois de receber uma carta, que dizia que meu pai não iria voltar.

"Você sabe que eles te odeiam, nunca te amaram ou gostaram de você Sunoo..."

Eu vi quando eu me cortei pela primeira vez, foi uma sensação de angústia, mas depois de alívio.

-- Uma pessoa como você, merece morrer! - disse uma menina, que perdeu de mim na feira de ciências da escola, no 6° ano.

"Mate eles, assim terá paz!"

Eu me via em casa, com minha mãe, ela estava brigando comigo, só que era eu, ali brigando, por alguns dias antes de ela morrer...

-- Você! Nunca sai de casa! - gritava comigo. - Não importa o que esteja acontecendo! Você só sai na primaveira pra um festival estúpido!

-- Nunca será um festival estúpido! - Dizia eu, em lágrimas. - o papai me dizia...

-- Seu pai morreu Sunoo! M-O-R-R-E-U, ele não esta mais com a gente!- aquilo me tocou pior que a primeira vez.

-- Eu espero que você morra, não Você, todos nós!! - Disse e corri para o meu quarto me trancando e me cortando depois de alguns minutos chorando.

"Venha acabar seu sofrimento...."

"Me Aceite!"

Eu saí daquilo, vi Niki batendo um pouco em meu rosto, meu não pôde me conter, e cai em lágrimas.

-- Niki, eu não mereço estar aqui! - ele tentava me acalmar e tirar algumas lágrimas de meus olhos.

-- Você está aqui para salvar pessoas Sunoo! - Logo que ele disse, me abraçou, e eu lhe apertei em desespero.

Quando saímos do abraço, ouvimos um ruídos, ele colocou a mão na minha boca, e fez o sinal de 7,que indicava a regra, não chorar para não chamar o monstro.

Ficamos calados, aproveitamos e fomos nos deitando aos poucos, para fazer o mínimo de barulho possível.

Quando vimos que o barulho e ruídos do monstro pararam, ficamos aliviados.

-- Você está aqui para ajudar e salvar Sunoo, - disse Niki me olhando. - eu não sou bom com palavras, mas espero ajudar com contato físico. - disse sorrindo e falando baixinho.

-- Obrigado mesmo assim! - disse sorrindo também, e olhando para ele. - você pode me explicar como eu tava?

-- Você tava caído no chão, só que tinha os olhos brancos e saindo algumas lágrimas as vezes, - disse ele se sentando. - Eu queria saber o que tinha lá, pode me contar?

-- Claro, - disse também me sentando e ficando rente a parede.

-- Se quiser parar, tudo bem. - disse ele meio nervoso.

-- Eu vi e ouvi algumas coisas que passaram, mas foram muitos trauma, como na primeira vez que me mandaram me matar, e outras coisas pesadas, depois que meu pai sumiu.

-- Sinto muito Sunoo,eu não sabia. - disse Niki triste.

-- Eu escutei umas vozes, mas não lembro o que falavam. - disse mentindo, porque não queria que algo poderia acontecer comigo.

-- É melhor não forçar, - disse ele otimista. - agora vamos tentar dormir, ainda esta cedo.

-- Ok então. - disse me deitando ao seu lado.

Não passou muito tempo, mas eu não dormia.

- Niki? - chamei, mesmo sabendo que não o acordaria assim.

- Oi, Sunoo? - disse com uma voz grossa, pois estaca dormindo ainda, parecia muito bonita para ele.

-- Eu posso segurar a s-sua mão? - disse meio vermelho.

-- Claro! - disse pegando minha mão. - sua mão é bem macia Sunoo.

-- Valeu Niki. - disse sorrindo timidamente.

Ele retribui doce mente com um carinho no meu cabelo.

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petulas da primavera vermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora