Cap. 31 ALYSSA

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Enquanto era conduzida para a delegacia, não parava de pensar porque não denunciei Tom quando tive a chance!

A primeira vez que percebi o interesse dele por mim e decidi dar uma chance, acreditei que o amava, mas era apenas a carência por ele ter me ajudado.

Tom foi o único que acreditou em mim, ele me ajudou a sair do buraco em que meus pais me jogaram.

— Saia do carro! — o policial ordena, segurando meu braço com força.

Sou conduzida para dentro sob olhares duros e comentários maldosos, baixo a cabeça e sigo em frente rezando para que aquele pesadelo acabe logo.

— Sente-se ali — ele diz, retirando as algemas para prendê-las na mesa, como se eu fosse uma criminosa perigosa — Você tem direito a um telefonema. Quer fazê-lo agora?

Balanço a cabeça em negativa.

Hunter logo estará aqui, ele é o único que pode me ajudar. Damon vai cuidar do meu irmão, tenho certeza.

Ah, meu Damon... ele não merece passar por isso, ter seu nome arrastado na lama por conta de uma namorada criminosa.

Escondo o rosto entre as mãos sentindo o peso das algemas.

— Alyssa Campanella? Sou o investigador Rodriguez, estou a frente do seu caso — levanto a cabeça, encontrando um homem baixinho, cabelos escuros, jeans surrados, carregando uma pasta nas mãos — Quero ouvir a sua versão da história.

Respiro fundo, mantendo o silêncio.

— Essa é a sua chance de se defender — uma mulher entra na sala, os dois trocam olhares quando não esboço reação — Sua situação é grave — ela continua, passando os olhos pela ficha que já deve ter lido várias vezes — Se eu fosse você, colaboraria.

— Falarei apenas na presença do meu advogado! — exclamo calmamente.

Os dois saem da sala, não sei quanto tempo se passou até que Chris entra e faz sinal para que eu fique quieta.

— Você tem vinte minutos — o investigador fala rispidamente, ele fecha a porta com força.

— Alyssa, você está bem? — Chris encara minhas mãos algemadas — Não tinha necessidade disso, é arbitrário.

Tento sorrir, mas não consigo.

— Damon mandou você, não foi?

Chris se aproxima e puxa uma cadeira sentando em seguida.

— Ele está desesperado, no lugar dele também estaria! O que aconteceu?!

— Agradeço sua ajuda, mas só falarei com meu irmão — ele franze a testa, confuso — Entenda Chris, Hunter sabe o que fazer, não vou falar nada até ele chegar.

— Alyssa... está sendo boba, eu posso ajudar você.

Aperto os olhos para não chorar.

— Ninguém pode, Chris! Ninguém pode me ajudar! — ele faz menção de tocar minhas mãos, o desencorajo — Tom nunca vai parar, ele não vai me deixar em paz!

— Não pode ceder a ele, sabe disso! — Chris puxa uma respiração, indignado — Damon não vai parar até Tom estar preso ou morto. Não peça para ele ficar fora disso, é perda de tempo.

— Nunca deveria ter voltado! Achei que conseguiria lidar com ele sozinha, mas não posso e não quero arrastar vocês comigo.

Chris arregala os olhos entendendo minhas palavras.

— Alyssa, pense bem no que está falando, Damon vai até o inferno para achar você, e nós apoiaremos tudo.

Feito a cabeça na mesa para que ele não veja minhas lágrimas, aquela família é tão especial e incrível. Não mereço estar entre eles.

|CONCLUÍDO| Condenada | Os Hard IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora