Doente, Momo-chan?

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[...]

Depois de belos dez minutos discutindo se Nayeon iria para sua casa ou se dormiria ali na casa de Momo, a Im optou por ir embora. E chegou a estranhar se a insistência da Hirai para que ficasse era só preocupação mesmo. Parecia mais outra coisa.

Horas mais tarde, os sintomas de Momo começaram. Era mais do que óbvio que ela pegaria um resfriado, preferiu ficar parada e encharcada conversando com Nayeon do que ir logo se secar. 

E ali, deitada na cama, com um cobertor grosso em cima dela, uma caixinha de lenços do lado, tossindo e espirrando, a única coisa que passava pela cabeça de Momo era: É um ótimo motivo para Nayeon voltar.

Pegou o celular e iniciou uma conversa com ela, e um sorriso enorme brotou em seu rosto quando antes mesmo de pedir a Nayeon para que voltasse, a coreana rapidamente se ofereceu. Ela é mesmo um máximo.

Momo bloqueou a tela e se encostou na cabeceira da cama. Já era oito da noite, Yoshi estava ocupado jogando na sala, e não precisava ficar olhando ele toda hora. A japonesa fechou os olhos deixando suas pálpebras descansarem um pouco. Até ouvir aquela voz.

— Momoring!

— Aqui!

Quando abriu os olhos ela já estava ali, parada na porta. De mochila nas costas, e...Meias amarelas?

Nayeon riu do ponto de interrogação estampado na cara de Momo olhando para seus pés.

— Já molhei demais a sua casa hoje. Daí tirei as botas na porta. — Explicou. Ela jogou a mochila na cama, e tirou o moletom e a calça que usava, revelando o pijama de abelhas por baixo.

— Eu não creio que você já tava pronta pra deitar. — Momo aproveitou a distração da coreana para a observar de cima a baixo. Tem como ser mais fofa que isso?

— Pronta não. Eu já estava deitada. No sofá. — Nayeon guardou as roupas, e tirou uma sacola cheia de remédios de dentro da bolsa. Em seguida fechou e colocou no chão, sentando no meio da cama. — Agora eu tô pronta de novo. Pronta pra cuidar da minha Momoring. 

Tem sim. Ela sempre tem como ser mais fofa.

Nayeon se posicionou de pernas de índio bem do lado de Momo. Esticou a mão direita até a testa da japonesa. 

— Quente igual panela depois de meia hora de almoço pronto. — A coreana tirou a mão vendo o bico que Momo fazia. 

— Então não preciso enfiar nenhum termômetro na boca né?

— Deveria. Pena que no meu kit remédio não tem termômetro. — Olhou de relance pra sacola e pegou o xarope. — Agora você vai tomar e ficar bem quietinha pra melhorar. — Nayeon ordenou em tom cuidadoso. 

— Eu...Não tenho direito a uma sopinha? — Momo perguntou em meio a tosses carregadas. 

Tá aí um detalhe em que Nayeon não pensou. E estava com preguiça de levantar e fazer. Na verdade, ela não sabe fazer. Burra, a sopa de pacotinho moscando no armário e você nem pra trazer pra pelo menos não parecer tão imprestável!

— Não pensei nisso. Desculpa. — Sorriu amarelo. — Tem umas lá em casa, eu posso buscar! — Levantou de supetão da cama.

— Sua tonta, não precisa. — A japonesa segurou seu braço. — Deita aqui comigo. 

Antes mesmo que Nayeon se deitasse na cama, outra voz invadiu o ambiente.

— Doente, Momo-chan? — As duas olharam para a porta, onde Sana se encostou. Elas nem perceberam em qual momento ela tinha chegado.

Uma Troca de Favores [NaMo]Où les histoires vivent. Découvrez maintenant