16. Oya o que?

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NOTAS INICIAIS: então quero dizer que esse capítulo pode apresentar algum gatilho sobre disforia. Confesso que eu fiz isso aqui pq ja passei por algumas coisas não legais sobre meu peso... o que é um saco, mas não se preocupem o capítulo não trás nada de grave:) só é um pequeno aviso.





両面宿儺

⚜️📿⚜️

Não havia nada nesse mundo que me fizesse levantar da cama esta manhã. Mas o frio do vazio me atingiu quando me vi sozinha. Por breves segundos me senti usada, mas as coisas mudaram de figura quando vi a porta do banheiro aberta e o som de água caindo.

Me levantei e fui até o banheiro vendo uma camada de vapor no ar, o box de vidro fosco marcava a silhueta que eu conhecia bem

- Tem espaço para mais um? - perguntei.

Ele se virou e abriu a porta me mostrando toda sua gloria. Nu. Molhado. Eu faria o que esse homem quisesse agora.

[...]

Ao me sentar ao lado de Sukuna na mesa do café recebi olhares curiosos de todos.

- Que foi gente? - perguntei enquanto mordia uma torrada doce.

- Desde quando estão de bem? - Nobara perguntou.

- Não se mete, fedelha. - respondeu Ryomen.

- Não fala assim com ela, amor!

- Tsc.

- Nós conversamos e estamos quase bem.

- Como assim quase? - ele se virou para mim meio desesperado.

- Ainda preciso da minha carta de alforria, gatinho.

- Tsc.

- Mas conversamos melhor outra hora. Agora só quero comer.

- Tsc.

Todo mundo voltou a comer, mas ficavam entrelaçando olhares e isso era até engraçado. O clima pareceu melhorar quando Maki apareceu se sentando ao lado de Nobara, elas deram um beijinho de bom dia.

Mais tarde Sukuna me avisou que iria sair. Tinha algumas coisas para resolver e eu entendia que ele era um homem ocupado, mas o que me deixou feliz foi quando ele havia me dito sobre eu poder sair na companhia de alguém. Obviamente chamei Nobara. Eu sabia que ela seria como uma guarda costas, mas ainda era melhor do que nada.

- Então me diga... - começou Nobara - você e Sukuna estão mesmo de boas, não é?

- Ah, sim. Tivemos uma briga, mas ja foi tudo esclarecido. Ele ainda é um grande idiota para mim, mas eu o amo. Fazer o que não é?

- Bom, fico feliz que estejam bem.

Estávamos olhando vitrines com roupas elegantes e muito caras, coisa que eu teria de trabalhar pelo menos seis meses para pagar. Como iria acontecer aquele tal evento que o Ryomen iria me apresentar como sua companheira eu teria de ter uma roupa decente. Nobara estava mesmo animada em me ajudar a escolher alguma coisa que seja apresentável.

- Vem. - ela segurou meu braço - vamos entrar aqui!

Por Deus!

A loja era com um estilo clean, haviam manequins mais bonitos que eu!

As roupas eram de alta costura, o tecido mais fino e delicado que já tinha visto. Não querendo ter síndrome de vira-lata, mas aquele lugar não me fazia sentir pertencente. As atendentes me olharam de cima a baixo, talvez pelo meu jeans surrado e minha camiseta de banda. Eu deveria ter me vestido melhor para vir aqui...

- Arn, com licença - começou uma mulher muito magra, com cabelo impecável assim como a maquiagem.

- Ah sim, sim. - começou Nobara - Precisamos de roupas para um evento especial.

- Para as duas? - ela falou meio enojada.

- Para esta moça bonita aqui. - segurou meus ombros me empurrando para frente.

- Sinto muito, mas não acho que teríamos algo do seu tamanho, querida.

Fiquei constrangida. Eu sempre soube que, por ser estrangeira, haveria certos impasses entre eu e a cultura da super magreza daqui do Japão. Mas ver essa mulher tão magra me olhando de cima a baixo julgando minhas curvas... Argh!

- Como é? - perguntei.

- Não temos nada para alguém que se veste desse jeito - apontou para minhas roupas - Talvez consiga alguma coisa num brechó.

Olhei para Nobara que tinha um olhar trêmulo de raiva.

- Vamos embora, No... - a chamei, mas foi em vão.

- Tenha paciência viu?! Nós queremos o melhor, vamos. - ela se sentou.

- Como eu disse, as coisas aqui são realmente caras e... - foi interrompida.

- Não perguntei o preço. - disse minha amiga - Disse que quero o melhor e agora ou terá de se ver com Oyabun e até onde sabemos ele não é exatamente paciente.

Nobara carregava um olhar malicioso, quase lunático. Ela tirou uma arma da cintura e colocou em cima da mesa ao lado das taças de champanhe. As mulheres que estavam para nos atender estremeceram. Quando ela ajustou a manga do casaco mostrando parte das tatuagens foi quando todas se ajoelharam e pediram perdão.

Fiquei perdida ali.

O que diabos estava acontecendo?

Olhei para minha amiga em busca de respostas.

- O que? - ela se fez de desentendida.

- Por aqui senhora. - a moça, antes arrogante, agora tremia.

- Quem é o Oyabun? - perguntei a Nobara que riu negando com a cabeça.

- Você vai descobrir.

Dei de ombros e segui a moça até uma área onde tinha muitas roupas bonitas, brilhando e elegantes... Uau... Sou mesmo muito fodida!

Depois de provar, beber champanhe e comer um chocolate delicioso eu escolhi um vestido vermelho na altura dos meus joelhos. Ele era justo e marcava minha cintura. Os sapatos eram num tom neutro, mas muito elegante e confortável.

Esperou que o Suna goste.

⚜️📿⚜️

両面宿儺

Akai Ito - Sukuna x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora