Albert Shaw/ sequestrador/ the grabber (telefone preto) (não romântico)(parte2)

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Continuação...

1 ano depois...

Estava me sentindo sonolenta a caminho do colégio.

Minha mãe cantava no carro e escutava músicas ridículas

Quando finalmente a aula acabou eu pude tirar um cochilo na biblioteca. Eu não queria voltar para casa naquele momento

Na verdade, eu faria qualquer coisa para não voltar nunca mais...

Meu pai estava cada vez mais abusivo com a minha mãe e comigo e ela não me deixava revidar, apenas pedindo para aguentar calada. Porra! Eu matei um sequestrador e minha mãe acha que eu não consigo lidar com o meu pai?!

Senti uma mão no meu ombro e apenas quis ignorar, mas quando senti um chacoalhão no meu ombro me vi obrigada a reclamar

- o que?!- me virei para encontrar um homem me olhando com um sorriso simpático e leve

Eu me senti mal por ter gritado, não o conhecia e ainda gritei com ele em uma biblioteca

Ele me mostrou um papel escrito: sou mudo, sinto muito te atrapalhar, mas poderia me dizer onde é a sala do diretor?

Acenei com a cabeça e ele alargou o sorriso

- você me entende?- apontei para meu ouvido e ele acenou com a cabeça- vem, te levo até lá- me levantei e ele andou ao meu lado. A sala da diretoria era muito longe para eu apenas dizer o caminho, ele não conseguiria pegar todas as informações e eu não duvidaria que o pobre coitado encontraria outro estressadinho como eu depois dessa semana de prova

Quando estávamos quase chegando comecei a olhar ao redor com receio, peguei essa mania depois de ser sequestrada. O homem repetiu meu movimento olhando ao redor

- fica tranquilo, é só um... Receio- olhei em seus olhos e me vi presa neles por algum motivo. Eram lindos, azuis e brilhantes, mas seu olhar apesar de brilhante parecia perdido, como se ele tivesse sofrido muito ou algo assim. Mas também eram familiares, muito familiares...

E foi quando eu parei para imagina-lo com o cabelo cumprido que a ficha caiu

Puta merda...

Ele notou o pânico nos meus olhos e provavelmente por isso ele deu passos para frente enquanto eu os dava para trás

- você devia estar morto- minha voz estava trêmula

- gostou tanto assim do título de assassina de sequestrador e agora não consegue ficar próxima de um?- sua voz marcante falou e todo resquício de dúvida virou pavor

- se tá na minha frente eu não matei ninguém- joguei minha mochila em nossa frente e quando ele olhou para ela eu corri

Eu sabia que ele era mais rápido e forte do que eu, teria que ganhar na estratégia

A escola tinha várias colunas que a sustentavam e eu as aproveitei para ir fazendo curvas para diminuir sua velocidade. Claro que isso consequentemente diminuía a minha, mas eu corria mais rápido em curvas do que um cara muito bem conservado na casa dos 50

Assim que passei pela porta da diretoria tentei trancar a porta, o lugar estava vazio

Onde estão as pessoas que reclamam da falta de uniforme nessas horas? Se eu tirar o meu aparece uma?

Assim que ia trancar ele deu um chute extremamente forte na porta e eu me senti tonta pela batida da porta na minha cabeça

Corri para perto da mesa enquanto ele entrava e escondi uma caneta na manga da roupa

- não se aproxima!- estávamos de lados opostos de uma mesa. Peguei um telefone fixo na mão e ele correu para um lado e eu para o outro

- ligando para a mamãe?- ele zombou e me olhou agora posicionado onde eu estava

- ligando para o diabo para dizer que ele esqueceu um filho pra trás, mas eu mesma devolvo- joguei o telefone na direção dele e acertei seu nariz ganhando um gemido de dor como recompensa

Arriscadamente tentei pegar o telefone de volta, mas ele rapidamente pegou meus pulsos e me puxou até me pôr por cima da mesa

Quando ele me pegou pela gola do uniforme eu peguei a caneta na manga da roupa e enfiei em seu olho

Um cara nojento de olhos lindos, mas ainda sim um cara nojento...

Ele gritou de dor e eu apenas corri enquanto ele colocava a mão sobre o olho

Não estava na hora de ser heroína, eu estava satisfeita em ser a vitima viva nesse momento

Continuei correndo até que um telefone foi jogado a minha frente, mas antes que eu pudesse caçoar ou até mesmo notar o telefone ali pisei acidentalmente nele e torci o tornozelo, assim caindo no chão a centímetros de onde a briga iniciou, notando então minha bolsa no chão

- você vai pagar por isso- ele estava praticamente rosnando enquanto se aproximava de mim

Eu levantei mancando e fui o mais rápido possível até minha bolsa, quando eu a peguei ele me pegou também

Me virei jogando a bolsa nele e ele andou para trás cambaleando

- isso foi pelo Griffin e os outros meninos!- ele riu quando gritei e eu senti a raiva me tomar

Enfiei o dedo no seu olho e chutei seu joelho o derrubando no chão

- seu desgraçado, filho da puta!- eu me abaixei ao seu lado e segurando seu ombro no lugar empurrei sua cabeça para o lado, mas minha mão estava em contato com sua boca e ele aproveitou isso para abrir a boca e morder meu dedo. Assim que gritei de dor ele subiu em cima de mim

Aproveitando nossa grande diferença de altura eu coloquei meus braços juntos e apertados contra o peito e coloquei meus pés em sua cintura para me impulsionar para cima

Assim que deslizei entre seus braços com sua própria ajuda chutei seu rosto

- ria no inferno- falei entre dentes nos virando e rapidamente quebrando seu pescoço usando as duas mãos

Eu estava ofegante, era como se eu estivesse fora do meu corpo. Suada, cansada e ofegante. Duas mãos me puxando para trás me trouxe de volta ao agora

- tirem ela daqui- um policial apareceu no meu campo de visão e no abraço eu senti o cheiro da minha mãe

- filha- a abracei com ela chorando muito

- vocês mentiram!- os policiais e minha mãe me olharam assustados- disseram que ele estava morto... Então o que é isso? Alma perturbada?!- minha mãe colocou as mãos sobre meus ombros

- apenas estávamos mantendo a paz- um dos políciais se aproximou

- deixando um cara solto por aí? Se eu não tivesse matado ele...- minha voz começou a embargar pelas lágrimas- ele teria matado...- minha mãe me abraçou chorando

- como deixaram isso acontecer!- minha mãe perguntou indignada

- estávamos tentando- eu o interrompi

- eu tenho 14 anos! E preciso fazer o seu trabalho porque é incompetente e não consegue?!

- vamos nos acalmar- outro policial tentou entervir

E esse é um trecho de um longo processo...

Espero que tenham gostado 😘

imagines de todos os meus crushs | Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora