ESCOLA DE SEMI DEUSES

O REENCONTRO

Após algumas horas em seu quarto, Helena já estava ficando entediada, não tinha nada para fazer e a curiosidade de conhecer mais aquela escola a estava atormentado.
Ao mesmo tempo Helena só pensava em ir embora, ela já sentia falta de suas amigas ali ela estava sozinha e perdida, se sentia uma completa estranha.

Tudo parecia muito louco ela ainda tentava encaixar as peças, como assim existem semi deuses, na verdade como assim existem deuses. Por que ela tem poderes e por que nunca escutou falar sobre isso?

Ela queria muito ir embora, o mais importante ela queria muito ir falar com a mãe dela.

- A minha mãe me deve explicações, eu preciso ir embora.
Exclama consigo mesmo Helena, procurando seu celular, foi aí que ela percebeu que já não estava mais com ele.
Então Helena decidi sair do quarto, ela ia procurar o tal diretor, além de ser sequestrado estava sem comunicação com o mundo, isso realmente estava se tornando assustador.
Milhões de coisas se passaram em sua cabeça. Helena tinha uma imaginação
completamente fértil.
Então coisas como:
- será que isso aqui é um prostibulo,
- será que eu realmente vou perder um rim?
- Será que eu fui presa?
- Por que uma escola teria tanta segurança  ou falta de comunicação?
Não paravam de passar pela sua cabeça.

Helena então decide sair do quarto, ela já não aguentava mais esperar.
Já não era mais a curiosidade que a movia, mas sim o medo!
Helena sai pelo corredor olhando por todos os lados, de cima a baixo, de frente para traz.
Não havia ninguém, como não havia ninguém naqueles corredores no meio da tarde.

Respiração ofegante, coração acelerado, medo tomando conta, ela já não sabia se procurava o diretor em busca de respostas ou se simplesmente saia correndo dali.

Foi quando ela ouviu um barulho vindo de suas costas, ela não sabia se era uma pessoa ou se era algo, a única coisa que passava por sua cabeça é que ela ia morrer ali.
Então ela sai correndo em direção as escadas, olhando para traz.
O problema dela estar olhando para traz, é que ela não conseguia ver se tinha alguma coisa na sua frente, dito isso foi assim que ela deu de cara com Jason.
Jason andando distraído e Helena correndo olhando para trás, não perceberam que um estava na frente do outro, o que resultou em uma trombada fortíssima.
Jason só foi empurrado para traz, enquanto Helena é jogada alguns metros.

- olha por onde anda garota- diz Jason extremamente irritado.
Helena jogada no chão olha para aquele homem enorme perto dela. Ele era moreno, cabelos escuros, físico malhado, extremante forte, também dono de uma beleza extraordinária. Mas em seu rosto havia uma enorme cicatriz. Braços tatuados, usava uma regata preta acompanhada de uma calça de moletom preta e um tênis curiosamente branquíssimo.
Helena rapidamente se levanta e diz:
- fica longe, ou eu vou ser obrigada a te bater, aonde fica a saída?
Jason olha para Helena minúscula e da uma risadinha.
- me bater? Você? Tá brincando né? - Você é nova por aqui certo?
Diz Jason enquanto olhava para Helena com atenção, curiosamente Jason era uma figura autoritária, ele ensinava a arte das batalhas, ensinava raciocínio rápido de luta, e o principal que era lutar.
O seu semblante era rústico, rosto fechado e falava com tom de superioridade.
Jason olhou para Helena de cima a baixo. Enquanto Helena deu um passo à frente e perguntou.

- Todos vocês aqui tem essa cara de malvado? -Pergunta Helena
- Faz parte do trabalho parecer malvadão. -responde Jason.
- Malvadão? Você parece um pitbull pronto pro ataque.  -diz Helena ironicamente.
- Relaxa, eu só mordo se pedirem -fala Jason com tom de sedução.
- Você é a garota do Perseu certo?
- Eu não sou garota de ninguém, eu nem sei direito quem é esse Perseu, mas levando em consideração que ele me sequestrou acho que você deve tá falando de mim.
- Ótimo, eu estava indo pegar um casaco pra ir comer alguma coisa. Você gostaria de ir junto?
- A comida aqui é envenenada? Por que olha eu não duvido de mais nada. - eu preciso achar esse Perseu pra poder ir embora. -diz Helena.
- Embora? Mas já? Você acabou de chegar, Perseu ainda esta na missão, a qual foi. Vamo lá? - diz Jason seriamente.
- Tudo bem! Mas só se você me prometer levar ao Perseu quando ele chegar.
- Combinado.
Jason então entra no seu dormitório pega seu casaco e vai caminhando em direção as escadas.
- Você não vem? - pergunta Jason
- Tudo bem, mas se você se aproximar muito eu juro que vou gritar tão alto que até os teus deuses vão ouvir.
Jason ri, e continua andando em direção ao refeitório.
O caminho até o refeitório foi um completo silêncio, Helena olha em todos os cômodos que via com o intuito de achar uma saída.
Jason era como um montanha sólida, ele não falava nada, não olhava para os lados e mantinha sua cara fechada.
Após 5 min andando por aqueles enormes corredores.
Jason para em frente a uma porta gigantesca e diz:
- as damas primeiro- abrindo aquela porta enorme.
- Uau - diz Helena.
Para a surpresa de Helena de traz daquelas portas havia umas 500 pessoas sentadas comendo, o eco de suas vozes se tornavam mais altos a medida que ela se aproximava.
Os olhos de Helena brilhavam ao ver todas aquelas pessoas sentadas juntas, ali tinham crianças, adolescentes e alguns adultos. Notava- se que eram separadas por idade, assim como as classes.
No canto direito tinha um buffer enorme que tinha comida das mais variedades.
No canto esquerdo tinha uma máquina que saia a bebida que a pessoa quisesse.
Aquilo não era nada antiquado, Helena reparava cada detalhe e armazenava em sua memória, quanto mais ela observava, mais perguntas vinham a sua cabeça.
- você tá famosa ein- diz Jason em tom de ironia
Foi aí que Helena percebeu que todo mundo naquele salão estava olhando para ela e falando alguma coisa com a pessoa do lado.