Capítulo 4: Segredo.

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Olá, meus amores.

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Harry narrando:

Eu lembro como se fosse ontem quando levei a mordida, o lobisomem era alto, forte e tinha até um sorriso gentil embora pudesse ser assustador ao me morder, eu tinha ganhado a mordida no meu nono aniversário, receber essa dádiva doeu e fez com que o meu sangue esquentasse como se estivesse injetando veneno ou ácido, pela primeira vez não aguentei a dor e gritei durante todo o tempo da transformação, eu senti que iria morrer, era isso, eu tinha certeza de que iria morrer de dor. Eu não queria morrer, estava assustado, acho que por causa da minha magia eu não morri.

Pela primeira vez eu tive alguém que realmente se preocupou um pouco comigo, ele me deu comida, me ensinou á lutar e caçar e até me contou algumas coisas sobre o mundo bruxo. Ele foi o primeiro á se importar comigo de verdade, me ajudando e as vezes me ensinando coisas sobre o mundo mágico.

O nome do meu alfa é Fenrir Greyback, ele me mordeu pois viu que eu estava morrendo, ele não ataca qualquer pessoa, ele só morde quando a pessoa pede ou está morrendo, eu tinha nove anos, eu estava morrendo de desnutrição, de hipotermia e desidratação, eu tinha sido colocado para fora de casa por quebrar um vaso caro, tinha sido sem querer, eu tropecei e estava fraco. Eu estava tremendo de frio, pois só estava vestindo uma blusa fina e uma calça, ele sentiu pena de mim, pois eu era um filhote humano e eu não deveria ser tratado como um lixo, eu pedi ajuda, eu implorei para ele fazer alguma coisa. Fenrir me explicou tudo e depois me mordeu.

Fenrir até me levava comida as vezes, mas eu apanhava de tio Válter toda vez que eu aceitava comida dele, não se deve aceitar comida de gente estranha, eu ouvi isso várias vezes, porém as vezes ele falava que seria muito bom se eu morresse envenenado para nunca mais ter que olhar para a minha cara.

Greyback não é alguém ruim, ele só é um pouco rústico, ele não tem costume de transformar crianças, mas como eu estava morrendo, então ele falou que a mordida seria a salvação e uma maldição para mim, ele falou todas as vantagens e desvantagens de ser um lobisomem, a forma como o mundo bruxo me trataria e eu aceitei, eu preferia me tornar um lobo á morrer tão cedo. Eu queria viver. Eu ainda quero viver.

Autora narrando:

Harry conversou um pouco mais com senhora Pomfrey, ela lhe perguntou quando ele tinha sido mordido, ele contou um pouco da história, mas não contou nada sobre o seu alfa, falou que não conhecia o alfa, não queria causar problemas ao homem gentil que o salvou da morte. Fenrir Greyback já tinha problemas o suficiente.

Pomfrey receitou algumas poções ao garoto, elas o ajudariam a obter o peso necessário. Ela também lhe explicou que Dumbledore era o seu guardião mágico, portanto deveria ter ido verificá-lo, mas isso não tinha acontecido, ela lhe perguntou o porquê e Harry não soube responder, sinceramente não dava compreender aquele velho.

Harry sabia que Dumbledore queria que ele fosse um garoto lerdo; que buscasse carinho na primeira pessoa que lhe demonstrasse algum afeto; Dumbledore queria roubar o seu dinheiro e os seus assentos no congresso; ele queria matá-lo envenenado e depois contar ás pessoas que Harry havia morrido de câncer mágico; Harry sabia que Dumbledore queria manipulá-lo, como tinha manipulado Tom Riddle. Dumbledore queria poder.

Mas dessa vez não daria certo.

Harry seria mais esperto.

Ele já sabia legilimência e oclumência.

Era inteligente o suficiente.

Ele salvaria a sua vida, teria mais tempo com os gêmeos e dessa vez ele seria realmente feliz.

Tudo ficaria bem, certo?

.

.

.

Fred olhou para o seu irmão com um olhar vago, parecia estar lembrando de algo, sua cabeça doía um pouco desde que ele tinha visto Harry, George não estava em um estado diferente.

As lembranças eram estranhas e vagas, assim como vinham e iam embora rapidamente, deixando uma série de perguntas sem respostas. Ele ignorava por ter certeza de que eram besteiras, ele sabia que estava imaginando, ele nunca teve uma vida anterior com Harry Potter. Nenhum dos gêmeos teve, certo?

George estava quieto, apenas pensando e Fred sabia no que o seu irmão gêmeo estava pensando. Harry. Tudo os levava á pensar em Harry.

Fred e George se focaram em seus livros após alguns segundos, decidindo fazer algumas pegadinha e parar de pensar nisso. Por enquanto não haviam muito o que pudessem fazer, reencarnação não existia, isso era um fato para eles, era complicado, precisavam ficar ocupados.

Porém os ruivos ficariam de olho naquele sonserino, Harry era alguém especial, não porque ele era o-menino-que-sobreviveu, mas sim, porque ele era Harry.

Mais tarde naquele mesmo dia eles olhavam ao redor, procurando por um baixinho moreno de olhos verdes, porém não o achavam em canto algum, onde Harry estava?

Não o acharam em lugar algum, parecia que Harry tinha sumido da escola, mas perceberam que não tinham procurado na enfermaria, foram até lá, vendo-o sair dali com um sorrisinho em seu rosto.

— Harry, você está bem? — Fred perguntou preocupado, se aproximando lentamente do sonserino moreno, será que Harry estava bem?

— Estou ótimo! — Harry sorriu ao responder — Apenas cuidando da minha saúde, precisei vim á enfermaria para falar com Madame Pomfrey sobre um problema.

Harry olhou ao redor, parecendo estar agitado, ele olhou para os dois ruivos com um olhar avaliativo.

Se eu contar um segredo, vocês prometem não contar á ninguém? — Harry perguntou, sabia que os ruivos não iriam contar, Fred e George eram confiáveis e leais.

— Claro, prometemos não contar nada á ninguém — Fred e George responderam rapidamente em uníssono.

Eu sou um lobisomem — Harry respondeu baixinho, os gêmeos ficaram parados, os olhando com um olhar avaliativo e inteligente!

— Maneiro! — Responderam juntos em uma exclamação animada, prometendo não contar á ninguém.

Vocês não tem medo de mim? — Harry perguntou curioso e de forma hesitante após alguns minutos de silêncio, o que eles estavam pensando?

— Com certeza não — Fred sorriu divertido.

— Como ter medo... — George começou.

—... Quando você é tão fofo? — Fred e George pareciam relaxados mesmo com esse segredo, eles não fugiram e nem mesmo gritaram aterrorizados "Lobisomem!", isso era bom.

Bem, Harry era mesmo adorável!

Harry riu, os gêmeos sempre lhe deixavam com o coração quentinho e feliz, eles eram engraçados e divertidos, esse era um dos motivos de Harry para amá-los, eles realmente o faziam feliz. Harry realmente sentia saudades deles.





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Até o próximo capítulo, meus amores.

Segunda Chance.Where stories live. Discover now