ℕ𝕚𝕘𝕙𝕥𝕞𝕒𝕣𝕖 ◇ 𝕊𝕒𝕦𝕝 𝕊𝕚𝕝𝕧𝕒

𝔽𝕚𝕣𝕖𝕡𝕝𝕒𝕔𝕖 𝕚𝕟 𝕥𝕙𝕖 𝕙𝕠𝕥𝕖𝕝 𝕣𝕠𝕠𝕞

•Verena•

- Então....- eu digo cortando o silêncio confortável que se formou entre nós nos últimos minutos desde que começamos a caminhar - O que um Especialista está fazendo a essa hora da noite nas ruas de Magix? -

Ele me olhou com as sobrancelhas erguidas e a boca levemente aberta.

- Como sabe que sou especialista? -

- Foi criada por um, e vivo no meio de vários. É facil reconhecer -

- Então você também é? -

- Pode se dizer isso - Sorrio de canto olhando pra frente.

Um sopro gelado bateu em nós jogando meus cabelos para trás. Um leve arepio subiu por meus braços pela diferença de temperatura do vento com meu corpo quente. Saul me olhou e abriu o zíper de sua jaqueta e começou a tirar ela de seu corpo.

- O que tá fazendo? - pergunto parando de andar.

- Você vai acabar resfriada se continuar a passar frio - disse me estendendo sua jaqueta.

- Eu não sinto frio e nunca fico doente. E é você quem vai passar frio sem sua jaqueta -

- Estou bem agasalhado por baixo. Você não - vendo que eu não ia aceitar, revirou os olhos e colocou em meus ombros. Sua respiração quente na minha nuca me arrepiando de novo.

- Obrigada - digo passando meus braços pelas mangas e segurando sua mão de novo.

Aos poucos fomos ficando cada vez mais a vontade um com o outro, contando coisas sobre nós mesmos e coisas que gostamos ou disgostamos.

- Então você é diretor especialista da famosa Alfea - digo me virando pra ele sem parar de andar - Você tem cara de ser rígido -

- Tenho é? - perguntou segurando um sorriso. Concordo o puxando pra mais perto - O que mais eu pareço? -

- Você parece gostar de perfeisão. Quer um bom trabalho dos seus alunos. Mas acho que todo professor gosta disso -

- Tem razão. Gosto de bons resultados - concordou parando de andar e abraçando a minha cintura, sua mão ainda presa a minha - O que mais? -

- Mesmo sendo rígido, ainda é legal com os alunos. -

Ele concordou com a cabeça olhando fundo nos meus olhos. Seu rosto se aproximou do meu tocando nossos narizes, nossas respirações quentes se misturando. Desço meu olhar para seus lábios rosados e entreabertos. Ele chegou mais perto tentando me beijar mas me afasto um pouco rindo quando ficou frustrado. Dessa vez eu quem tento começar o beijo, e ele se afasta me olhando de modo desafiador. Continuamos nessa provacação mais algumas vezes. Quando ele sorri, sinto um frio na barriga. Quando ele faz uma cara irritada, sinto um arrepio subir minha espinha.

Um bom arrepio.

Aperto sua mão entrelaçada na minha e seu braço quando ele começa a me empurrar pra trás até minhas costas baterem de leve na parede de um prédio. Seu corpo quente e forte me pressionado firmemente contra ela. Sua mão livre subiu por meu corpo até chegar em meu peito, sentindo meu coração acelerado batendo contra sua palma. Subindo mais, segurou meu rosto delicadamente, passando seu polegar no meu lábio inferior. Seus olhos estavam escuros como uma tempestade, cheios de desejo. Ergo meu rosto e puxo seu braço tentando mostrar o que eu quero.