Capítulo 2

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Amores, espero que gostem desse capítulo... quando chegar a hora da música, deem um click aí em cima, no clipe, fechem os olhos e imaginem...

Não se esqueçam dos comentários e das estrelinhas! Ambos são muito importantes para mim!

Bj bj bj da Kacauzinha

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Depois de cantarmos parabéns para os meninos e de mil e uma fotos, chegou a hora de ir embora. Relutei em deixar todos, mas eles tinham suas casas para voltar e suas mulheres para mimar. Então fui para minha casa também.

Chegando, tomei um banho, a bagunça e o barulho da festa ainda estavam em meus ouvidos, contrastando com o silêncio do ambiente. Eu precisava de conforto e carinho, alguém que se importasse realmente comigo e que fosse uma boa companhia. Só consegui pensar na Anne. Se os caras imaginassem uma coisa dessas, eu seria zuado pelo resto dos meus dias. Respirando fundo, liguei o note. Eu precisava dela hoje à noite.

Entrando na rede social, a luzinha dela estava verde. Suspirei, mandando uma mensagem.

"Boa noite, Anne."

Logo veio a resposta.

"Boa noite, Leãozinho. Como você está?"

"Indo. Como foi seu dia?"

"Tudo certo, mas você não me parece bem." Ela sempre parecia perceber meu estado de espírito, somente com algumas palavras minhas.

"Estou me sentindo sozinho, nesse apartamento enorme..." Desabafei.

"Bem, eu estou aqui pra você." E colocou uma carinha feliz.

Essa carinha feliz, me fez imaginar que ela estava fazendo exatamente essa carinha e isso já me fez sorrir.

Conversamos um pouco por ali e era como se ela estivesse ao meu lado, uma coisa meio louca de se entender. Com Anne, eu podia ser eu mesmo, contar meus segredos, minhas conquistas, fossem elas no trabalho ou com as mulheres mesmo, ela ria e se divertia comigo. Me incentivava ou me puxava a orelha e eu adorava tudo isso. Se era possível ter amizade com uma mulher? Bem, há anos eu e Anne éramos amigos virtuais. Eu me preocupava com ela e ela comigo. Uma amizade gostosa.

"Pimentinha, que bom ter você em minha vida." Mandei mensagem de voz, algumas horas mais tarde. "Vou dormir, amanhã entro cedo no trabalho. Bons sonhos."

"Ok, beijos Leãozinho. Ah, não some. Eu me preocupo."

"Pode deixar. Beijos e até mais. Amanhã à noite eu entro de novo."

Desliguei o note. Acho que se fosse para ter uma mulher comigo todos os dias seria a Anne. Com ela eu conversava horas, sem ao menos perceber o tempo passar. Coloquei o note no chão e pensando nela, dormi.

Acordei suado, no meio da noite. Que sonho filho da pu.ta! Eu e Anne tran.sando como animais, eu ouvia seus ge.midos ainda, meu pa.u duro estava latejando. Não tive alternativa, a não ser bater uma pensando nela.

Ca.ralho, como isso? A pu.nheta mais deliciosa da minha vida, imaginando a Anne, gordinha montada em mim. Deus! Me limpei com a camiseta e joguei no chão. Isso não era certo. Não com Anne. Ela estava acima disso tudo. Ou não?

Fiquei tão perturbado com isso que não consegui mais dormir. Liguei o note e reli algumas de nossas conversas. Quente como o inferno! Como eu nunca percebi? Será que ela me queria? Não, eu não posso pensar nela assim. Arranquei a cueca e fui tomar um banho. Gelado!

Fui mais cedo para o hospital, faria uma hora por lá e pegaria alguma daquelas enfermeiras que viviam me dando bola, eu precisava de se.xo real, depois daquele sonho maldito.

Chegando à sala de descanso dos enfermeiros, a Dani estava por ali, sentada num sofá, com uma xícara de café nas mãos. Ignorando todos os sofás disponíveis, me sentei ao lado dela, meu corpo enorme tomando todo o espaço restante, ficando encostado da coxa aos ombros dela. Então abri meus braços, estendendo um por trás dela, no encosto do sofá.

"Ei, como foi a noite?" Perguntei, puxando papo.

"Uma correria daquelas, estou estressada!" Ela respondeu. "E exausta." Suspirou.

"Encoste aqui." Ofereci meu peito.

Ela sorriu e se recostou em mim. Comecei a acariciar seus cabelos e fui descendo, acariciando seu braço, massageando até que ela soltou um ge.mido leve. Com a outra mão, elevei seu rosto, pelo queixo, para que me olhasse. Encarei aqueles olhos lindos e cheguei perto.

Bingo! Ela entreabriu os lábios, pedindo para ser beijada. Encostei minha boca na dela e a beijei, acariciando seu corpo todo. Ela estava entregue e não se opôs a uma carícia mais ousada, quando minha mão escorregou para dentro de sua calça. A puxei para cima de mim e ela se encaixou em meu corpo, enfiando as mãos em meus cabelos, aprofundando o beijo. Ela era pequeninha e me levantei, com ela em meu colo, levando-a para um dos quartos de descanso. Realizei meu sonho, mas com a Dani. Chupei, acariciei e fo.di aquela bo.cetinha com vontade e a fiz go.zar diversas vezes até que eu estivesse satisfeito.

A limpei e lhe dei um beijo de adeus. Juntei as camisinhas descartadas e fui para o vestiário, tomei um banho e coloquei meu uniforme. Agora sim, eu estava pronto para mais um dia de trabalho. Mas a sombra de Anne ainda estava em minha mente.

Eu adorava meu trabalho na oncologia. Por vezes angustiante, mas a parte da oncologia infantil era realmente gratificante, ainda mais quando fazíamos recreação com as crianças. A faculdade de educação física era muito útil ali. Adorava ver a felicidade naqueles rostinhos tão sofridos.

O câncer é uma doença ingrata e, na minha opinião, as crianças não deviam passar por isso, um dos motivos pelo qual escolhi ser enfermeiro pediátrico e também da oncologia.

Aquelas pestinhas me adoravam e toda vez que eu ia aplicar a medicação, o sorriso em seus rostos aparecia, pois se lembravam das brincadeiras da hora da recreação. Com meu tamanho e com a minha cabeleira, eu era inconfundível e sempre fazia jus ao apelido que Anne me deu, de leãozinho e deixava a juba solta durante a hora da brincadeira. Anne novamente, rondando minha cabeça. Suspirei e entrei no centro de enfermagem da oncologia, verificando o quadro e as fichas.

Tentaria não pensar mais nela e ficaria uns dias sem falar com ela também. Quem sabe com essa distância, ela saísse da minha cabeça.

Assim, meti a cara no trabalho e me dediquei aos pacientes.

À noite quando cheguei em casa, o silêncio me envolveu e minha mão coçou para pegar o note e falar com ela. Aquilo tinha se tornado um vício e eu nem havia percebido.

Passei a mão pela minha barba que estava comprida demais. Prendi meus cabelos num coque, peguei uma cerveja, meu violão e fui para a rede, na sacada. Bem longe do note e de Anne.

Comecei a dedilhar as cordas do violão e quando percebi estava tocando a música tema de Game of Trones... Eu estava mesmo pra baixo... Terminei a cerveja e toquei mais algumas, observando o céu estrelado. O balanço da rede e a cerveja, me deixaram sonolento. Me levantei bocejando e me larguei na cama, do jeito que estava.

Indomável - Kacau Tiamo ( Degustação )Onde histórias criam vida. Descubra agora