cap 18

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Capítulo 18: Diga Adeus

ANY GABRIELLY

Um dia inteiro se passou e o Noah ainda não me ligou.

Eu não consigo me controlar desde que eu encontrei a caixa da Tiffany´s com o anel.

Embora eu esteja constantemente temendo pela ida dele, a felicidade que sinto porque ele finalmente vai me propor não me permite ficar triste.

Mal posso esperar pela sua volta.

- Ah, meu querido bebê… ele dorme com tanta paz… a sua mãe vai te dar tudo que precisar. Você vai ter tudo que eu não tive. Os seus pais te amam muito. E eles sempre estarão aqui por você. Você nunca vai ficar sozinho.

- A-ham… estou interrompendo? – eu não notei que o Arthur havia entrado.

- Eu não escutei você entrando.

- Quem está sozinho?

- Sozinho?

- Sim, ouvi você dizer isso.

- Você ouviu errado.

- Eu não queria ouvir escondido. Eu pensei que ele estivesse dormindo e não bati na porta.

- Estranho. Você sempre bate quando ele está dormindo. Nada nunca te impediu.

- Tudo bem, talvez, dessa vez, eu só quisesse entrar e te ver em uma situação dessas.

- Que situação?

- Exatamente essa. Você ao lado do seu filho, falando com ele gentilmente, embora ele esteja dormindo. Eu queria ter essa cena gravada na minha memória, quando eu for embora.

- Quando você for embora?

- Sim. Eu estou indo hoje. O meu voo é essa tarde.

- Mas, por que tão de repente?

- Não é de repente. Eu te disse que estaria partindo em breve.

- Eu não pensei que seria tão cedo. Eu não quero que você vá.

- Eu vim aqui me despedir.

Eu não quero dizer adeus para ele. Eu não quero que ele vá embora. Nós nos conectamos. A presença dele significa muito para mim. Eu pensei que ele estaria aqui para sempre.

- Eu já arrumei a bagagem. Só me resta me despedir de você e do Noazinho – ele está se aproximando do berço. Ele se inclina para baixo e beija o Noah na testa. Calafrios dolorosos percorrem o meu corpo – Eu vou sentir muitas saudades dele. Quero dizer, vou sentir saudades de vocês dois.

- Nós também vamos sentir muitas saudades suas – eu estou lutando contra as lágrimas.

- Você pode deixá-lo por um segundo e vir comigo, rapidinho?

- Claro. Vamos lá!

Nós estamos a caminho. Arthur não se segura, ele pega a minha mão com firmeza. Eu não quero soltar, sabendo que essa pode ser a última vez que vou estar segurando sua mão.

[…]

Uau! Eu nunca vi essa parte da casa.

- Eu sabia que não… quando eu era pequeno, eu pedi ao meu pai um cavalo. Ele não aceitou, no início, porque a minha mãe era contra a ideia. Ela tinha medo de que eu caísse do cavalo e que algo de ruim pudesse acontecer comigo. Então, eu sentei e conversei com o meu pai. Eu só tinha oito anos. Eles estavam brigando muito na época. Eu disse a ele que eu queria ter um cavalo, para que tivesse uma companhia quando eles se separassem. Eu tinha medo de que eu fosse ficar sozinho. Assim como você estava quando conversava com o Noazinho.

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