𝒖𝒏𝒊𝒄𝒐 • 620 𝒘𝒐𝒓𝒅𝒔

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- Ei, Cau. O que aconteceu meu bem? - Porchay me pergunta pela quinta vez no dia.

- Nada não, não precisa se preocupar - digo e tento um sorriso que deve ter se parecido mais com uma careta se levado em consideração a cara que Chay faz.

- Macau Theerapanyakul, se você não me contar agora que merda aconteceu com você, eu juro que me viro e saio por aquela maldita porta - ele dizia irritadiço.

- Tudo bem, digamos que eu tive um sonho onde eu tinha tudo o que eu queria, mas não é como você imagina e, para ser honesto, parecia-se mais com um pesadelo. Eu achei que podia voar, então pulei da cobertura da casa principal,mas ninguém chorou, eles sequer perceberam - digo com lágrimas presas em meus olhos feito represas prestes a se romperem.

" Eu vi toda a minha família parada ali e eu sei que é idiota, mas eu meio que pensei que eles iriam se importar, tsk, fui tolo ao pensar que mesmo em um sonho, meu pai faria algo além de me olhar com desgosto e rir de escanário." Neste momento, as lágrimas já corriam feito rios, criando novas estradas por meu rosto, enquanto os soluços me causavam leves tremores. " Mas, quando eu finalmente acordei, eu vi você parado nos pés de minha cama e acho que nunca me senti tão aliviado em estar apenas sonhando."

- Eu, Cau! Enquanto eu estiver aqui, ninguém jamais vai te machucar, eu não quero que pense que eu estou mentindo, pois não estou e ninguém encostará no meu bem mais precioso - diz olhando em meus olhos.

- Acho que se eu não fosse tão repugnante e pudesse dar o mínimo de orgulho para o meu pai, isso não estaria acontecendo - digo com pesar e decepcionado comigo mesmo - Por que você ainda insiste? Nem meu pai me aguenta mais e é questão de tempo até você não aguentar também.

- Aishii, se eu pudesse ao menos mudar a maneira como você se vê, você saberia por que continuo aqui. Você nem sequer se perguntaria essas coisas horríveis, não se desgaste tanto pelo seu pai meu amor, afinal, ele não te merece - diz com um olhar sereno.

- No sonho, eu até tentei gritar, mas minha cabeça já estava submersa. Meu pai me chamou de fraco, como Se eu não fosse apenas a droga do filho dele. Pode até ter sido um pesadelo, mas eu realmente sentia a presença dele ali - digo enquanto divago em pensamentos distantes.

- Mas como você está se sentindo em relação a isso? Você quer um tempo sozinho ou prefere que eu fique? - pergunta incerto.

- Bom, parece que ontem foi a um ano, mas eu não quero contar para Vegas e correr o risco de decepciona-lo também. Me pego pensando, se eu soubesse de tudo o que aconteceria em minha vida após meu pai descobrir que eu sou gay, eu teria feito diferente, Hm? Se ele soubesse o quanto as palavras dele me afetaram, ele teria feito diferente? Mas, em resposta a sua segunda pergunta, por favor, não me deixe sozinho - praticamente imploro.

- Ei, Cau! - coloca sua mão esquerda sobre meu ombro e por uma fração de segundos meu olhar é direcionado à sua mão - Eu já disse uma vez e direi de novo, eu não te deixarei sozinho, nem agora e nem nunca, até porquê, você é a razão por eu aguentar essa vida de irmão de mafioso dia após dia, por você eu percorreria esse planeta inteiro apenas de havaianas, pois você Macau, é meu Começo, Meio e Fim e eu não consigo sequer me imaginar sem você - diz com tanta calma enquanto seca minhas lágrimas que eu consigo me acalmar brevemente. Mas, Porra, como eu amo esse garoto.

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𝒆𝒗𝒆𝒓𝒚𝒕𝒉𝒊𝒏𝒈 𝒊 𝒘𝒂𝒏𝒕𝒆𝒅 •𝑴𝒂𝒄𝒂𝒖𝒄𝒉𝒂𝒚Where stories live. Discover now