capítulo doze - letter

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CAPÍTULO DOZE - LETTER
(Sem revisão, pode conter erros)

🐝

— Eu prometi a mim mesmo desde aquele dia que nunca mais me aproximaria de você. — Chris praticamente sussurrou.

— Que dia, Christopher? — perguntei, sem entender.

— Qual é, Yuna… — ele riu. — Não pode fingir que não aconteceu por muito tempo.

Me ajeitei na mesa, e ele automaticamente fez o mesmo.

— Eu realmente não sei do que está falando! — exclamo.

Não há nada que eu lembre de ter feito.

— Então quer dizer que não lembra da carta que você jogou fora e do telefonema que não quis atender?

— Que carta, Chris? Eu realmente não sei! — minha mente entrou em um turbilhão de pensamentos.

— Eu te escrevi uma carta, no último ano que estudamos juntos. Eu soube que nunca mais a veria, tentei despejar tudo que sentia… — Chris parecia ter flashbacks. — Lembro de ter deixado ela em sua mochila durante uma aula de educação física. Você nunca me respondeu.

— Christopher, eu nunca respondi porque eu nunca tive acesso a isso! — levanto da mesa.

Senti um leve aperto.

Eu nunca soube dessa carta. Na época era impossível para mim pensar que ele faria qualquer coisa. Seria como ele só tivesse pena de mim, ou me tratasse apenas como amiga.

— Ah sim… — ele riu.

— Você não acredita em mim? — franzi o cenho. — Como você poderia desconfiar disso? Se eu tivesse recebido essa carta, poderia apostar que haveria uma resposta.

— Então quer dizer o quê? Ela sumiu da sua mochila com um truque de mágica?

— Não sei, Christopher, como eu poderia saber agora? Eu nem me recordo desse dia, nem mesmo consigo lembrar se alguém mexeu em minhas coisas. — respondi, eu estava um pouco ofendida pela falta de confiança, mas eu conseguia entender que se tivesse acontecido comigo talvez eu nem quisesse mais olhar para ele. — O que isso importa agora? Nós literalmente acabamos de nos expôr um para o outro.

— Eu passei anos achando que havia sido desprezado. — Chris se apoia contra a mesa, no lugar que eu estava, e depois esconde o rosto. — Mas esse é o menor dos problemas, de qualquer maneira…

— Por favor, não me diga que tem mais alguma coisa que eu tenha feito e não sei. — resmunguei.

— Não… — Chris me puxa pela cintura, me colocando entre suas pernas. — Só… lamento não poder ter isso.

Eu estava confusa.

Era claro que eu sentia alguma coisa por Chris, e talvez tudo tenha se tornado ainda mais forte depois do que ele me disse no cinema.

Talvez o que ele falou tenha me deixado em uma zona segura para me permitir aceitar os fatos.

Mas agora está falando como se não pudesse continuar com o que começou.

— Por que eu sinto que está me escondendo alguma coisa? — murmurei.

— Não é nada que tenha que se preocupar, mas… — ele me puxa um pouco mais para perto, e eu só conseguia sentir vontade de beijá-lo novamente tendo sua boca assim tão perto. — Talvez seja melhor que ninguém saiba do que aconteceu aqui hoje.

LAST CHANCE | bang chan (HIATUS TEMPORÁRIO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora