primeiro de agosto

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O sol reflete pela vidraça da janela, é agosto e faz poucas horas desde que você adentrou na sala.
me ajeito na cadeira e evito a procura cotidiana dos seus olhos.
ouço sua risada.
e é quase impossível não olhar.
não encontro mais os teus olhos mas mantenho-me hipnotizada pois tudo em você ainda me encanta.
você ainda é a minha mágica.

árvores balançam,
o sol escaldante esquenta a minha pele.
se eu fechar bem os olhos consigo te imaginar sentado numa grama com seus olhos cravados em mim.
(malditos olhos)
Há um livro em minhas mãos mas nesse instante eu trocaria toda e qualquer literatura do mundo por um eu te amo seu.

abaixo a cabeça na carteira,
talvez catalizar a agonia incessante da perda no vazio, faça com que ela suma por hora.
sinto sua falta.

agosto promete apenas te ver perdido nas minhas memórias. mas sigo vivendo pela esperança de tudo. por quê ainda penso que você pode ser meu.

- escrever poesia quando a saudade me enlaça é meu refúgio. e escrever sobre você já virou hábito.

memórias de estações jamais vividasWhere stories live. Discover now