Capítulo trinta e um

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Gwyneth

A ruiva balançava os pés enquanto aguardava os clientes chegarem.

As costas da illyriana começaram a doer de uma hora para outra e a amiga foi substitui-la. Emerie explicou que era devido a mudança de clima, e que Gwyn não precisava se preocupar, mas, ao ouvir a valquíria gritar de dor, isso era impensável. De duas em duas horas a ninfa fazia um chá e obrigava-a a beber.

Quando uma das gêmeas vieram buscá-la, pediu encarecidamente que contasse o porquê da falta exclusivamente para Nestha. As asas eram um tópico sensível para qualquer illyriano, especialmente para Emie.

O sininho da loja tocou, anunciando a entrada de Fydell. Daisy havia passado de manhã e a sacerdotisa solicitou que a menina fosse comprar o remédio. A notícia parecia ter desviado e o macho ficou sabendo.

- Como está Emerie?

- Tá melhorando

O illyriano colocou um pote em cima do balcão. Era uma cerâmica, com uma tampa encaixada; quando abriu, estava cheio até o talo com um pó escuro.

- Embaça a mente. Deixa doidão.

- Obrigada.

A conversa entre os dois continuou de forma formal e responsável. Fyl pediu para ver a amiga, e, pelo que Gwyneth viu, não estava disposto a ir embora.

Os passos dos dois foram silenciosos até o dormitório. Emie estava curvada, calada, com o cobertor até o pescoço. Gwyneth deixou-os sozinhos. A ruiva foi à cozinha pegar um bule cheio de água quente; colocou o líquido na xícara e mexeu-o com a mistura. Ela abafou o chá e foi vê-los.

Fydell fazia carinho no cabelo da morena, que repousava a cabeça no colo dele.

A dupla observou a illyriana beber e esperaram até ela adormecer. Saíram quietos do quarto, encostando a porta.

- Entrei poucas vezes nessa casa. Só quando o pai da Emerie passeava. Não mudou quase nada.

- Quase?

- Tinham menos livros. - o illyriano fechou a boca se balançando - Dai deve estar me esperando.

Fyl colocou as mãos nos bolsos da calça, caminhando preguiçosamente de volta a loja.

Como se fosse coincidência, Azriel atravessou a entrada no mesmo instante que eles chegavam. Os olhos do Encantador desceram e subiram pela estrutura do illyriano, que nem percebeu.

Fydell continuou com um riso bonito, conversando com ela.

- Já chegou um cliente, quer que eu vá embora?

- Antes que vá... - Gwyneth passou pelo balcão e pegou uma caixa de docinhos, entregando-o - Obrigada. Obrigada mesmo! - sorriu largamente.

- Até mais, Ruivinha. - ao se retirar, cumprimentou com a cabeça o macho, que estava com o maxilar trincado.

Os lumes castanhos o seguiram até que o illyriano estivesse na rua.

- Quem é?

- Um amigo.

- O que ele faz aqui?

- Isso é uma loja. - respondeu mais seca do que pensou. - Por que você veio aqui?

- Esperei você aparecer no treino, e como não veio... vim atrás. - os dois ficaram em silêncio - Mor fez uma nova descoberta.

Azriel explicou-a sobre a ligação da Queda das Estrelas e os portais. Gwyn ficou surpresa, porém não estranhou.

Através das suas sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora