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― Tio Vegas ― Olivia abraçou o Theerapanyakul assim que entrou na sala.

― E aí princesa, tudo bem? ― bagunçou os cabelos dela, ela olhou para o mais velho sorrindo.

― O senhor tá bem? O papai disse que a Annie bateu no senhor, desculpa tá? ― ela pediu e Vegas olhou para Pete completamente confuso.

― Não precisa pedir desculpas ― Vegas voltou a olhar para a menina ― Você não fez nada, querida.

― Eu vou dormir na Yuna hoje ― contou já mudando de assunto e Vegas riu ― Sabia?

― Não, mas fico feliz, ela estava bem triste porque você não ia mais dormir lá ― contou indo para o sofá e Olivia sentou ao lado dele.

― Amor, você quer alguma coisa? ― Pete perguntou e Vegas negou ― Eu vou pegar sua vitamina, Olivia.

― Tá papai ― falou e Pete saiu da sala ― Tio, agora o papai te chama de amor?

― Sim, eu tive um avanço, você percebeu? ― perguntou e ela riu ― Agora sou o amor da vida dele, lógico que depois de você, princesa.

― Eu sei ― ela disse ― O papai também te dá beijinho?

― Sim.

― Ele te faz dormir?

― Ah, não ― disse rindo ― Isso é só com você.

― Pede pra ele te fazer dormir, tio, é bom ― falou ― Ele canta baixinho, a voz do papai é bonita.

― Olha que eu vou pedir mesmo ― falou e Pete entrou na sala ― Agora shh que ele voltou.

― O que vocês já estão conversando aí?

― Nada, só que eu sou boiolinha por você.

― O que é boiolinha?

― Vegas!

[...]

Os dois estavam sentados meio que deitados no sofá, Olivia tinha ido dormir na casa de Yuna e os dois aproveitaram para ficarem ali juntinhos passando um tempo, os dias haviam passado e nada de Annie, ela compareceu a delegacia e depôs sobre a agressão, mas ela não estava aparecendo e nem ligando para Olivia, e não que isso fosse ruim, na verdade era muito bom e deixava Pete mais calmo em relação a tudo.

― Eu estava pensando que nas férias de final de ano poderíamos viajar ― Vegas disse fazendo carinhos nos cabelos do namorado ― Eu, você e a Olivia.

― Achei que você iria querer apenas nós dois ― Pete disse surpreso.

― Por quê? A Oli vai sem problema algum.

― Às vezes eu fico pensando que ter uma filha atrapalhe o nosso relacionamento, eu até comentei isso na terapia, mesmo que você esteja ciente que ela é minha prioridade, eu não sei explicar, às vezes eu fico com receio achando que você pode achar tudo chato.

― Bonitão, eu tenho 37 anos, eu não sou um cara qualquer que não entende as coisas, eu sei ― falou ― Eu sei que sou o segundo na sua vida, eu sei que tudo que tem haver com a Olivia é sua prioridade, eu sei, e eu não acho tudo chato, eu entrei na sua vida e preciso me adequar a ela se quero ficar com você.

― Você não existe ― agarrou o corpo do ex soldado ― E você quer viajar para qual lugar?

― Não sei, ela já foi a praia?

― Não, eu quase nunca saí com ela para viajar assim, se eu não me engano fomos uma vez, mas ela era pequena demais para brincar ― Pete disse ― Mas como vai ser final do ano, acho que seria bom um lugar mais frio, podemos ir para o interior, tem a minha família lá e eu posso te apresentar a eles.

― Já vou ser apresentado assim? ― perguntou rindo ― Podemos ver com calma, bonitão.

― Sabe o que eu queria? ― Pete perguntou e Vegas resmungou ― Você não vai rir, hein.

― Pete, se você me pedir para gemer e me vestir de gatinho, eu faço ― falou e Pete riu.

― Não é isso, mas já sei o que pedir futuramente ― falou levantando o rosto e olhando para Vegas ― Eu quero um beijo, na verdade não um, eu quero muitos.

― Você me deixa louco ― Vegas se ajeitou e aproximou o rosto do mais novo, logo unindo seus lábios aos dele.

Os dois ficaram se beijando no sofá, Vegas quase deitado por cima de Pete aproveitando aqueles lábios e Pete tocando as costas firmes do mais velho, eles sabiam que não passariam daquilo, mas era bom, era gostoso ter um momento deles assim, de beijos, carinhos...

― Você acha que eu sou carente? ― Pete perguntou e Vegas beijou a ponta do seu nariz ― Vee, faz cócegas.

― Não acho que você seja carente ― falou ― Isso ainda é sobre a Annie ter dito?

― Sim, eu ainda estou com isso na cabeça.

― Você não é carente, você só gosta de carinho e eu gosto de lhe dar carinho e irei continuar até você dizer chega ― falou e Pete sorriu ― Annie te chamava assim porque não sabia o que era ser carinhosa, e na cabeça dela você querer carinho significava que era carente, mas não, você apenas gosta de ser cuidado e ter atenção, e eu estou disposto a te dar o que você quiser.

― Você me mima demais, Vee.

― Eu mimo mesmo, um partidão como você, é claro que eu vou mimar, nunca nessa vida do caralho eu perderia a chance de mimar você, bonitão ― falou e começou a deixar beijos pelo rosto de Pete ― Lindo, homem incrível que eu acho que amo.

― Você acha?

― É cedo pra dizer que te amo? Porque eu não sei muito bem como isso funciona.

― Você me ama?

― É, eu amo ― falou e Pete riu ― Viu? Eu não sei como funciona essa merda, você tá rindo de mim.

― Porque você é uma graça, não é da situação em si ― falou e beijou os lábios do namorado ― Se você me ama, eu fico feliz com isso.

― Ah bonitão, você me desarma legal, eu acho que levaria um tiro por você.

― Vegas!

― Falando em tiro, deixa eu te contar a fofoca da semana.

― É sobre o Porchay e o Kim?

― Como você sabe?

― Porchay me contou e ele disse que eu não deveria acreditar na sua versão ― falou sorrindo ― E eu acho que não devo mesmo.

― Que horrível, nosso relacionamento agora acredita no Porchay? Você me magoou!

Pete riu agarrando o Theerapanyakul pelo pescoço e o puxando para mais um beijo. 

Nova Fase • vegaspete•Where stories live. Discover now