Prólogo

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(Ponto de vista da Thammylly)

Cinco meses. Cinco meses desde que saímos daquele lugar horrível, e voltamos a viver nossa vida de forma normal. Cinco meses desde que Mark, Bianca e Rafa se foram. Ou melhor, só a Bianca e o Rafa, pois eu ainda desconfio muito da suposta morte do Mark. Pelo o que a Sun me disse, ele se explodiu com uma granada, e então todos do nosso grupo, menos ele e a Bianca, voltaram para as frontrooms.

Depois de alguns dias da nossa volta para as Frontrooms, Sun me entregou uma carta que ela disse que havia encontrado em um dos bolsos de sua blusa, e que por estar com meu nome, ela não leu. Eu demorei um pouco pra ler a carta, e eu sinceramente não sei o motivo. Quando eu li, eu acabei só lendo em partes, e a parte que eu li eu contei para Sun.

E bem, aqui estamos. Estou no meu quarto mexendo em meu celular a procura de algo pra fazer, quando de repente escuto a voz de Susan, minha irmã mais nova, na sala. Ela está falando com alguém no telefone, e ele está no viva-voz. Não dei muita importância, já que ela costumava conversar com alguns amigos por chamada de voz. Decido ir à cozinha pegar um copo de água, mas quando passo pela sala, acabo escutando a seguinte conversa:

ㅡ Então, a Thammylly te disse mais alguma coisa sobre a carta do Mark? ㅡ Eu pude ouvir a voz de Sun no celular de Susan.

ㅡ Não...eu tentei procurar a carta novamente, mas não encontrei. ㅡ Susan responde, com um tom de voz triste. ㅡ Desculpe, Sun...

ㅡ Está tudo bem, não tem problema. Mais cedo ou mais tarde, iremos encontrar respostas.

ㅡ Entendi...

ㅡ Preciso ir, quer continuar a chamada depois?

ㅡ Pode ser, eu acho. Até logo, Sun.

ㅡ Até.

E aparentemente a ligação é encerrada. Aproveito que Susan desligou para me aproximar e perguntar o que tinha acontecido. Ela está mexendo em seu celular, como de costume. Parece estar bem entretida com algo, então provavelmente não deve ter notado minha presença.

ㅡ Eu só vou perguntar uma vez. ㅡ Eu afirmo, fazendo Susan dar um pulinho de susto. ㅡ O que você está escondendo?

ㅡ T-Thammylly! O que houve? ㅡ Ela pergunta, tentando disfarçar.

ㅡ Eu sabia que você estava escondendo algo, você sempre age estranho quando faz isso.

ㅡ Do que está falando, Thammylly?

Solto um suspiro. Quando Susan finge que não está escondendo nada, é pra valer.

ㅡ Sobre o que você e a Sun estavam falando no telefone?

Os olhos de Susan se arregalam.

ㅡ V-você ouviu?!

ㅡ Estava no viva-voz, não tinha como não ouvir. Agora me diga: O que você e a Sun estão planejando?

ㅡ Droga...não estamos planejando nada! ㅡ Susan dá um sorriso nervoso.

ㅡ Não queria ter que apelar, mas não tenho escolha. ㅡ Faço uma pausa. ㅡ Um...dois...

ㅡ Ok, eu conto! Bom...A Sun tinha me pedido ajuda pra encontrar a carta que ela entregou pra você, e eu aceitei ajudar.

ㅡ Por que fez isso sem me avisar?

ㅡ Achei que você poderia ficar brava...

ㅡ Eu não iria ficar brava. Mas não posso negar que estou levemente chateada com você nesse momento por não ter me avisado.

ㅡ Me desculpe...

ㅡ Está tudo bem, não precisa se preocupar. Só não repita mais isso, ok? ㅡ Coloco minha mão na cabeça de Susan e logo levo-a para seus cachos, começando a mexer neles logo em seguida.

ㅡ Obrigada, Thammylly! ㅡ Susan coloca seus braços em volta do meu corpo e me abraça. Eu logo retribuo o abraço e dou um sorriso leve.

☄︎

Depois da conversa que tive com Susan na sala, decido voltar para meu quarto à procura da carta. Das cartas, pra falar a verdade. Procuro em todos os cantos do meu quarto, até olhar em uma das minhas gavetas e avistar diversos papéis, e entre eles alguns envelopes e origamis.

Eu tenho o costume de fazer presentes à mão. Não é bem com a intenção de entregar, mas talvez eu entregue alguns deles pra Violet. Seria difícil encontrar as duas cartas no meio de todos esses envelopes e origamis...

Começo a olhar cada um dos papéis da gaveta, vez ou outra me distraindo com alguns deles. Até que, depois de uns bons 10 minutos sentada no chão lendo os papéis, eu finalmente encontrei as cartas que estava procurando.

ㅡ Aí estão vocês. ㅡ Murmuro, encarando os dois envelopes, um deles perfeitamente velado e o outro já aberto.

Separo os envelopes que precisava, guardo os papéis restantes de volta em seu devido lugar, pego os envelopes e me sento na minha cama para lê-los. O envelope velado é de Morgan, e eu fico com um certo receio em abrí-lo, mas decido dar uma olhada.

"Senhorita Thammylly...

Sei que isso pode soar bem repentino, mas aí estão os papéis do The End. Me desculpe por não ter os entregado de primeira, espero que você consiga seguir as coordenadas que estão aí.

Bom, irá parecer bem estranho, mas mesmo depois de tudo, eu ainda te amo. Eu realmente amo você, porém as coisas estão uma bagunça atualmente, e não tem como nós resolvermos essa situação. Nosso relacionamento sempre significou muito pra mim, e quando aquilo aconteceu, eu fiquei tão devastada que nem sei descrever. Acho que fiquei com um pouquinho de raiva também, e por causa disso fiz coisas bem erradas. Me perdoe por essas ações, juro que não irão se repetir.

E mais uma coisa...Ela está voltando.

Eu consegui essa informação há um tempinho atrás, e acabei não conseguindo te avisar. De acordo com o que alguns auxiliares me disseram, ela está com raiva, e provavelmente vai querer vingança por estar presa nos Backrooms.

Eu espero de todo o coração que ela não tente fazer nada contra você e com ninguém, porque perdemos muitos auxiliares da última vez. Achei melhor te passar as informações por essa carta, e pretendo procurar mais coisas sobre o retorno dela. Torço pra que as coisas dêem certo, e que ninguém precise se sacrificar.

Com amor, Morgan."

Assim que termino de ler a carta, meus olhos se arregalam em horror e eu acabo deixando a carta cair de minhas mãos devido ao choque repentino. Como assim Ela está voltando? O que Morgan quis dizer com isso? Se for quem eu estou pensando, talvez o assunto das backrooms precise ser trazido à tona novamente. Mas ambas as coisas podem causar consequências graves, levando à mais um possível conflito nas backrooms.

Pego a carta e a releio pelo menos umas duas vezes, só pra garantir. Essa carta é de quando ainda estávamos nas Backrooms, então se Ela já estava voltando naquela época, sabe-se lá o que está fazendo nas backrooms agora. Mas independente do que seja, eu preciso pará-la. Nós precisamos pará-la, ou as coisas sairão do nosso controle novamente. Se ela conseguir escapar das Backrooms, não sei o que será dessa realidade. Portanto, acho que matá-la é a única opção que temos.

Suspiro e coloco a carta de volta em seu envelope. Mais uma batalha está vindo pela frente, e ela será mais difícil que a anterior.

💌nota da autora💌

Oi gente! Tudo bem com vocês?

Bom, depois de muito tempo, eu finalmente trouxe a continuação de última chance pra vocês! Espero de coração que vocês gostem desse novo livro!

Lembrando: para quem caiu aqui de paraquedas ou não se recorda muito bem da história, eu recomendo dar uma lida (ou relida) em "última chance", um dos livros publicados aqui no meu perfil. Garanto que essa duologia de livros será legal, e que vocês irão gostar! 😁

Só isso! Nos vemos no próximo capítulo! <3

Última lutaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora