primavera

1.6K 82 5
                                    

cw: somnophilia, sexo, violência, sangue (pouco), dub-con

Isso se passa um dia antes do Dottore se revelar na missão do Arconte.

...

Aether voltou mais cedo da cafeteria na cidade de Sumeru, deixando Paimon e seus novos colegas em uma conversa animada e muita comida. A noite estava fria e o ar carregava o mesmo cheiro de seiva e madeira úmida de sempre, felizmente seus aposentos ficavam em uma parte silenciosa da cidade e por isso ele caiu em um sono cheio de sonhos rapidamente.

Foi tão real que por um tempo ele duvidou que estivesse dormindo, mas a possibilidade se tornou nula a partir da consideração dos seus reflexos muito bem treinados. Se isso realmente tivesse acontecido fora do seu reino dos sonhos, ele teria acordado imediatamente.

Começou com a sensação na garganta, dedos longos apertaram seu pescoço magro e mesmo com o ar escapando dos seus pulmões, seu corpo se recusava a se mover. Quando pontos negros começaram a surgir na sua visão, a mão afrouxou, ainda apertada e pronta pra outra sessão de asfixia, mas leve o suficiente para que o loiro pudesse respirar.

Enquanto buscava goles de ar, soluçando e respirando desesperadamente, outra mão apertou o cós da sua calça e unhas estranhamente afiadas arranharam seu baixo ventre. Sua roupa de baixo foi lentamente eliminada por essa mão animada e as pontas úmidas dos dedos tocaram a silhueta do pau ainda distenso do viajante.

Como se lembrasse de algo, a mão repousando no pescoço voltou a apertar e seu corpo agiu sozinho, arqueando fora do seu controle enquanto engasgava na garganta apertada e dolorida. Surpreendentemente, quando o aperto se foi seu pau estava tão duro que repousava meio levantado contra a coxa.

Ouviu-se um suspiro e então uma risada sádica e meio selvagem, como se a pessoa ali em pé não acreditasse nos próprios olhos; Aether também não acreditou em si mesmo. Nunca antes seu corpo teve uma reação tão absurda.

A mão no pescoço se foi e suas coxas foram separadas e levantadas na noite fria. Um vento vindo da janela bem aberta entrou e um calafrio atravessou seu corpo fora-a-fora. Sua visão foi prejudicada quando um torço firme e bem vestido ficou contra a luz vinda da janela.

A mão ignorou completamente seu pau e dedos unidos pressionaram a entrada ansiosa de Aether, piscando vergonhosamente. Dois dedos entraram com uma facilidade absurda e cada espaço dentro dele se preencheu da fricção dolorosa e fácil. Durou alguns minutos, o suficiente para que Aether, ainda mole e desossado, aceitasse sua posição.

Seus olhos cativaram um sorriso de dentes afiados no limite da sua visão e subitamente Aether se sentia tão excitado que mal conseguia pensar.

Sem os dedos, sua bunda levantada enfrentou uma solidão dolorosa.

No limite das suas ações, uma lamentação deixou seus lábios e a mão apoiando sua coxa apertou consideravelmente. A pessoa mudou um pouco de posição, ajoelhando-se entre as pernas do loiro enquanto se curvava sobre ele, uma das mãos ainda abaixada enquanto a outra deixou a coxa e voltou para o pescoço, apertando a garganta até que o rosto de Aether estava roxo e seus olhos correram fora das órbitas.

"Exatamente quem permitiu que você resmungasse?" a voz meio rouca, grave e possessiva arranhou seus ouvidos, ao mesmo tempo que algo pressionou sua entrada, a circunferência dura abriu espaço dentro de Aether até que não houvesse nada entre os dois, a invasão foi tão dolorosa que mesmo através da pressão insuportável no cérebro de Aether, ele ainda sentiu vividamente.

Por um tempo ele experimentou somente um movimento contínuo e agressivo, o pênis entrava e saía através da sua escuridão. Foi assim por dezenas de minutos através do seu desmaio e quando a visão clareou novamente ele não pôde deixar de gemer dolorido e excitado. Um dedo foi pressionado junto a sua entrada inchada, esticando ainda mais. Aether não conseguia parar os resmungos da sua garganta rouca e dolorida, sem conseguir formular nenhuma frase, como se estivesse bêbado e incapaz.

"Tão barulhento..." Seu tom era de reclamação mas o sorriso afiado permanecia no seu rosto. Ele se abaixou e seus dentes afiados morderam a garganta de Aether. Sangue escorreu no espaço entre os dois corpos e o loiro soluçou com sofrimento, torturado pela superestimulação.

Seu pau se esvaziou entre os dois e o outro se afastou, segurando seu maxilar com firmeza. Pela primeira vez Aether conseguiu ter uma visão clara da outra pessoa. Uma expressão de satisfação brincava nos seus olhos e um tapa pesado caiu no rosto do rapaz, Aether não teve tempo de pensar até que outro veio na outra bochecha.

Sangue escorreu no canto dos lábios.

"Você conseguiu arruinar minha roupa." Ele rosnou, uma mancha de porra umedeceu na camisa e o viajante não teve tempo de se importar. Seu corpo quase dobrou ao meio quando o homem voltou a se mexer, mais descontrolado e agressivo, até que ele esvaziou todo seu desejo dentro de Aether. A substância vazou pras suas coxas, tão cheio que ele sentiu que podia vomitar.

Aether observou silenciosamente o homem se afastar, enquanto suas pálpebras pesavam numa exaustão nunca antes sentida. Na noite fresca, Dottore se vestiu calmante, tirou a camisa suja (permanecendo somente com o colete abaixo das roupas) e com um estalar de dedos o tecido queimou no ar, soprando cinzas pelo quarto silencioso. Ele saiu pela janela que entrou e sumiu no que sobrou daquela noite.

O loiro dormia pacificamente, perfeitamente vestido e coberto. Nada fora do normal aconteceu naquela noite e a única evidência daquele sonho foi o cheiro suave de queimado no ar e uma exaustão mortífera no dia seguinte.

experimento - dottother/+18Where stories live. Discover now