Capítulo 10.

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Meu minuto perfeito.

Pov – Louis.

"Nada vai mudar só por abrir os olhos e dar de cara com você." Foi isso que ele me disse, mas acontece que mudou. Mudou absolutamente tudo.

Me sento no refeitório na hora do almoço ainda com isso me martelando a cabeça, nada foi mais íntimo e significativo na minha vida do que aquele momento. Foi como se eu tivesse compreendido tudo, se ele não tivesse tido aquele ataque, não sei o que teria acontecido.

Que Harry está na minha vida para ficar, eu já tinha entendido, mas era só. Eu não sei o que era antes, mas sei o que é agora e não quero acreditar que me deixei cair nessa, como isso foi acontecer comigo. Sempre achei que era imune e então, justo agora que o mundo acabou e que nada mais faz sentido, ele domina minha vida e me deixa... Agora isso, essa certeza, eu amo aquele idiota, maluco e completamente sem freio. Harry é perfeito.

Ele caminha para mim com aquele ar de feliz, que nem o apocalipse consegue tirar dele, acabo por sorrir também. E ele é tão lindo, adoraria simplesmente rouba-lo para longe e acabar com esse desejo que me deixa maluco dia e noite.

Harry não tem medo de viver, não se esconde e sem qualquer medo, me convida para procurar baterias. É tudo que quero nesse momento, ficar um minuto a sós com ele e tirar a prova o que sinto, mas claro que ele tem que dizer alguma idiotice ou não seria ele. Ainda assim, quero ter esse maluco nos braços e me levanto. Harry fica parado e tenho que chama-lo, ainda me provoca quando passa na minha frente e seguimos para sala de armas.

Gosto do jeito que anda, do corpo perfeito e na medida certa para mim, gosto de tudo. Eu devia ter corrido dele no minuto que o vi saindo do bloco de celas e vindo nos agradecer por o termos trazido conosco, mas não fiz e agora não posso mais fugir.

Quando entro na cela, ele está sorrindo e não basta ser lindo, ainda tem que sorrir para mim e ficar corado, me deixando ver aqueles olhos verdes brilhando cheios de vida.

Às vezes Harry me deixa louco de raiva que só posso gritar e brigar, outras me deixa como agora, mudo. Eu apenas o tomo em meus braços, ele está sempre a espera disso e se entrega sem medo, eu o beijo, não vou dizer o que sinto, esse maluco vai tripudiar para sempre, mas vou demonstrar.

Encosto Harry na parede, ele mergulha as mãos delicadas em meus cabelos e aprofundo o beijo, que se dane tudo, nem me importo se vamos ser pegos assim, aos beijos no meio do dia. Minha mão desce pela lateral do seu corpo, aperto sua coxa e o puxo para mim, nos encaixamos tão bem, é sempre assim, ele deixa as mãos passearem por minhas costas, se cola a mim e minha respiração acelera, assim como a dele. Harry geme, deixo seus lábios para sentir o gosto de sua pele e ele faz o mesmo. Volto para os lábios, mais um longo beijo, mas sei que tenho que me controlar, esse não é o lugar e nem a hora, não quando se trata dele.

Me afasto um pouco e meus olhos se perdem nos dele, Harry pisca e me beija de leve, ainda estamos colados, as respirações alteradas.

Queria dizer o quanto é lindo e delicado, mas ele vai me provocar e me calo. Harry toca meu rosto e minha barba, não sei retribuir a isso, então eu o beijo de novo e dessa vez com mais cuidado e carinho, tentando me controlar.

− Acha que alguém pode ter um ataque cardíaco num momento como esse? − Ele me pergunta, eu sabia que viria algo assim, afinal é o Harry. – Sei lá, às vezes parece que vou ter um.

− Você é jovem demais para isso, seu coração é forte, não se preocupe. − Eu respondo e p beijo de novo.

− Adoro procurar bateria, não que já tenhamos achado alguma, mas definitivamente procurar é a melhor parte.

Caminhando Entre os Mortos | larry versionOnde histórias criam vida. Descubra agora