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— Mas será que eles vão gostar de mim?– Luka pergunta pela milésima vez enquanto eles estão no carro indo em direção a Puebla.

Depois de todos os acontecimentos da noite anterior, eles acordaram por volta de nove horas e passaram na mansão Colucci para que Luka pudesse trocar de roupas e poder pegar uma mochila pra colocar outra muda.

E Okane aproveitou para conhecer a casa onde Luka viveu durante a vida inteira e pra saber mais a respeito de como ele conseguiu achar o novo testamento e provar a farsa de Gus.

E desde que eles pegaram a estrada, Luka estava perguntando se a família de Okane ia gostar dele. E ele sempre respondia a mesma coisa:

— Luka, eles te amaram! Ou você esqueceu de quando eles vieram visitar a gente? Eles tão doidos pra você ir lá em casa!

Ao passo que o loiro sempre tinha a mesma réplica:

— Mas agora é diferente! A gente vai falar pra eles que a gente casou! E não disse nada pra eles. E se eles ficarem bravos?

— Acredita em mim! Eles não vão ficar bravos com a gente. Podem ficar chocados. Mas não vão ficar bravos. Acredita em mim!– Okane diz.– Ah, e tem a Nelly...

Okane ligou pro pai avisando que estava indo ve-los e levando Luka junto, mas que ele não ia poder se aproximar da cachorrinha pois tinha alergia a pelos.

— Que eu não vou poder fazer carinho porque tenho alergia! Isso é uma droga...Sorte que eu comprei um antialérgico!– O loiro diz sorrindo mostrando a cartela de remédios que tinha comprado quando disse que precisava ir ao banheiro num posto há alguns quilômetros.

— Você é impossível!– Okane diz negando com a cabeça– É melhor você não passar mal. Porque eu não vou te levar pro hospital.

— Como se eu já não tivesse ido parar lá por coisa pior que uma alergia...– Luka resmunga e Okane o olha.

— Tem alguma coisa que eu precise saber antes de continuar casado com você?

— Tem! Se você continuar me estressando, eu paro esse carro agora e você vai andando daqui até Puebla!

— Mas o carro é meu...E eu tô dirigindo!

— Isso não vai me impedir de tirar você dele...– Luka fala com um sorriso tão cínico como se estivesse falando que o dia está bonito. E como Okane não queria discutir com ele, afinal já sabia que iria perder, resolveu deixar pra lá e apenas seguir a viagem

Não demora muito até eles chegarem a Puebla e ao sítio em que Salvador e Estebam viviam. E encontrarem os dois esperando na porta por eles.

— Ah, que bom que chegaram!– Quem fala é Salvador. E pela primeira vez, quando olha o pai  naquela cadeira, Okane não se sente culpado por aquilo.– Luka, como é bom ver você de novo.

— É bom ver o senhor também!– Luka sorri pra ele– E você, Esteban!– e dá um abraço no mais novo.– E eu soube que vocês tem uma cachorrinha! Onde ela tá?

— Mas o Oscar disse...– Esteban ia falar, mas Okane começa fazer sinais pra ele calar a boca– Ah...ela tá lá do outro lado da casa...

— Ótimo! Eu adoraria vê-la!– Luka diz sorrindo e sai andando– Mas preciso que alguém me leve lá...

— Ah, claro! Eu levo.– Okane fala e vai atrás dele, o levando para finalmente conhecer a cadela, que pula feliz no cercado ao ver seu dono se aproximar– Hey, garota! Que saudade de você! Eu trouxe um novo amigo pra você. Ele tá doido pra te conhecer!

Luka abaixa e começa a fazer carinho no animal, que se aninha feliz nas mãos dele. Okane abre o lugar em que ela estava presa e ele prontamente pula em cima do loiro, o lambendo inteiro. Okane começa a rir.

Sálvame| Lukane Where stories live. Discover now