727 palavras.
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22 de outubro de 2022.
Era sábado.
Incrivelmente, fazia mais de uma semana que havia contado para minha mãe que sou lésbica e namorava Gabriela, tudo tinha sido ok. Como já era assumida, resolvi pedir para ir à casa da Gabi e minha mãe cedeu sem problemas.
Dias de sábado eu ia para a escola durante as manhãs para meu treino na robótica, então chegaria na casa da minha namorada pelas 15h.
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Já havia almoçado, o clima estava bem quente, troquei meu uniforme por uma camisa confortável e parti para a casa de Gabi, estava ansiosa porque, pelo que entendi, Gabriela pretendia me beijar BEIJAR naquele dia. Ela me lançou algumas indiretas via WhatsApp, confesso, também estava doida para beijar ela de verdade.
Cheguei na casa dela e fui recebida muito bem. Sua irmã mais nova me deu um beijo na bochecha, seu irmão me falou um "oi" bem tímido e sua mãe, minha sogra, foi bem simpática ao me receber.
Estava tudo bem, fomos ao quarto de Gabriela, era onde ficamos da última vez que fui em sua casa.
Conversamos bastante, colocamos música, estava um clima muito bom e divertido, eu diria.
Até ela me perguntar:
-Quer sentar no chão?
- Pode ser!
Nos sentamos, estava confortável, tudo era muito confortável ao lado dela. Minha playlist começou a tocar "Home", não consigo me lembrar exatamente qual versão era, mas a música era boa. Conversamos um pouco até que nos beijamos, normal, apenas um selinho, que de repente se estendeu a um beijo BEIJO. Não falamos nada antes, só aconteceu.
Ca-ra-lho.
Não conseguia acreditar. Gabriela estava realmente me beijando e eu estava beijando ela. Era tão bom sentir seu corpo grudado no meu, era como se fossemos somente uma pessoa.
Nos separamos, por um momento, pela falta de fôlego, ouvi um "foi" saindo de sua boca e como resposta juntei novamente nossos lábios para mais um beijo longo.
Quando nos separamos novamente, eu soltei uma risada tímida e ela também. Era cômico, percebemos que seu celular havia gravado nosso primeiro beijo. Voltamos a nos beijar, só vinhamos a parar quando nos faltava ar.
A partir dali, seguimos conversando, ouvindo músicas e obviamente nos beijando muito, quando digo muito, quero dizer muito mesmo.
Era muito bom, me arrependi de não ter a beijado assim antes. Era tão bom, bom mesmo.
Descobri que se a beijasse com minha mão em seu cabelo ela arrepiava, era engraçado.
Nos levantamos e fomos ficar deitadas em sua cama, apenas gosto de ficar perto dela e admirar o quão bonita e maravilhosa ela é. Gosto também de dizer que a admiro muito, de verdade, ela é tão linda. A cada música, nos beijávamos mais, era realmente muito confortável estar com ela ali, e podia dizer, por sua pupila exageradamente dilatada, que ela não estava odiando.
Houve uma hora que saímos de seu quarto, fomos comer uma rosca que seu pai tinha levado para nós. Eu comi um pedaço da de canela, estava muito boa, inclusive. Passou um pouco fomos de volta para seu quarto. Nessa hora, já tinha anoitecido e nem percebemos. Gabi escovou os dentes e por um post que vi no Twitter, surgiu-me a ideia de vermos Felca, o meu YouTuber favorito.
Vimos o vídeo, abraçadas, com as pernas incrivelmente entrelaçadas. Estava divertido, mas através de indiretas que ela me jogava, começamos a nos beijar de novo!
Era tão bom que nem parecia que eu também eram os primeiros beijos de língua dela.
Para ser sincera, estava meio nervosa, às vezes minha boca parecia literalmente travar.
Gostava daquilo.
Gostava de ter ela ali e ver seu sorriso descaradamente malicioso quando beijava seu pescoço.
Gostava de quando ela me fazia arrepiar.
Deus! Essa mulher me tem nas mãos.
Mudamos de lado várias vezes e, a esse ponto, meu celular já estava desligado, sem o Felca falando de fundo, apenas uma música que coloquei, meio desajeitada. A cada música que tocava, nos beijávamos mais e mais.
Era realmente muito gostoso beijar Gabriela, não parecia real, era muito perfeito. Ver seu sorriso toda vez que eu a empurrava para mais perto, caralho! Era incrível.
Estava muito bem, muito bem mesmo, poder a beijar era mágico. Se pudesse pedir algo agora, seria estar beijando ela nesse exato momento, não fanficando descaradamente sobre isso (literalmente).
Puta que pariu. Eu amo muito ela.
