e acabou, como tudo que começa

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quero olhar nos teus olhos e perguntar com expressão de tormento
o que você tem que eu não tenho?
e como que com todos te olhando
retribui o olhar com tanto desdenho?
por que mesmo o vento batendo em nossos rostos
o seu sempre virá mais refrescante
o que te faz tornar tão interessante?
por que eles beijam teus peis
e me querem até saber quem tu és
tive a audiência de provar do teu beijo
e encontrei o motivo deles terem tanto desejo
não é nada de sentimento
mas não nada demais ali
era o mesmo sabor, o mesmo toque, o mesmo movimento
então o que você tem que eu não tenho?
ainda me culpa por ter feito o mesmo com tanta leveza
e dói saber que ele sempre será nossa fraqueza
mas ainda sim eu nunca terei sua beleza :(

se não queria ser meu, o que fez ficar?
foi minha fraqueza ao te olhar?
foi o meu jeito de se apegar?
foi o jeito que eu te fazia gozar?
você não era tão raro assim
que quero te dizer realmente tudo que aconteceu
mas quando respirei você não estava mais aqui
eu quero de volta o pouco do caminho que a gente percorreu
quero andar fora do trilho metrô
e escutar suas buzinas enquanto ouvia teu amor
o te fez ter tanta certeza?
mas me prometer o mundo nunca foi gesto de gentileza
naquela polariod eu via um futuro de um casal
e depois do fim, olhei de volta e percebi o quanto era irreal

você nunca poderá ser meu, não é?
eu tenho essa mania, de sempre querer o que não é meu
e eu realmente acho que não importa o que eu fizesse
porque eu me esforcei mais que o suficiente, e mesmo assim
isso não permitiu com que você quisesse ficar comigo...
talvez o problema realmente não seja eu.
mas não importa, pois mesmo assim eu me culpo.

engula sentimentos, vomite poesias Where stories live. Discover now