MANJIRO SANO/MIKEY E S/N (Concluído)

cap 40

Ela só podia estar tirando uma com a minha cara, não é possível que a vagabunda seria tão burra ao ponto de pensar que eu poderia considerar aquela ideia de merda. Ela só poderia estar louca.

Sem que pudesse me conter, soltei uma risada alta e um tanto quanto escandalosa.

-Não sabia que além de vadia você era engraçada também.

-Você é tão bobinho, pequeno sano. Celeste se aproximou de mim, dedilhando suas unhas pintadas em um tom avermelhado por todo meu abdômen até chegar em meu ombro, onde repousou sua mão ali. Não entendo por que você não está me levando a sério. -disse de um jeito manhoso, fazendo-me conter a minha vontade de revirar os olhos. -Pelo visto você não se importa com o seu casamento com a vadia da s/n. Gosto disso mais do que imagina, docinho. - sussurrou em meu ouvido.

-Como levar a sério uma vadia tão estúpida como você? - disse ignorando as duas últimas coisas, afastando sua mão de mim. -Você deveria ter pensado em algo melhor do que vir me ameaçar com algumas montagens ruins achando que eu iria aceitar sua proposta. Você quase me fode contando o nosso plano para o jacob e agora acha que eu vou te pôr na minha gangue só para te ajudar a subir na vida do crime? -soltei outra risada debochada.

-Sabe que tudo só aconteceu por culpa exclusivamente sua. Se vocês não tivessem me deixado de lado eu não teria me aliado ao jacob. - Ela me olhou com aquele sorrisinho maldito ainda fixo em seu rosto.

Estava louco pra meter a mão na cara daquela vadia e fazê-la sorrir com pelo menos uns cinco dentes fora da boca.

-Nós não brincamos de assaltar ou de matar alguém, a porra é séria. Sabe que se entrar no dia seguinte estará com uma bala alojada no meio da testa, no mínimo. Pensando assim, a ideia me parece tentadora.

-Está me subestimando, Mikey? Você não sabe do que eu sou capaz.

-Não tem o que subestimar, está claro que você não passa de uma vadia burra que veio me propor algo impensável. Sabe que eu posso te apagar agora mesmo, né? -Celeste ergueu uma sobrancelha, com aquele ar superior que já estava me dando nos nervos.

-Sempre subestimando o poder feminino, pequeno mikey. -ela deu alguns passos se aproximando lentamente de mim, fazendo-me ficar em alerta. -Está vendo aquilo ali? -ela apontou para o topo de uma árvore onde, pela pouca luz, dava para ver perfeitamente a silhueta de uma pessoa que segurava, o que julguei ser uma arma, uma tracking point rifle para ser mais exato.

-Vai me provar que não é burra querendo me matar? -Ri debochado. -Sabe que estará assinado sua sentença de morte, porque tem gente que não deixará isso barato, sabe disso não sabe?

-Pelo visto você quem não sabe das coisas. -foi a vez de Celeste ri debochada. -Eu estava pensando. -ela se afastou, passando a andar de um lado para o outro. -Eu não sabia se as fotos seria um presente a altura, então, depois de muito tempo pensando eu cheguei a conclusão que seria melhor eu vir preparada para se por um acaso, a aniversariante não gostasse do meu presente. -ela soltou uma gargalhada sarcástica. - A mira daquele cara não é ninguém mais, ninguém menos que a primeira dama do crime. -engoli a seco.  s/n s/s. -sussurrou em meu ouvido. Bufei impaciente, passando a mão no rosto de forma nervosa contendo minha vontade de voar no pescoço daquela vadia e torturá-la até vê-la implorar pela morte.

Mas tudo o que eu precisava era ser racional, eu realmente não sabia do que a Celeste era capaz, e aos poucos ela estava me provando o quão errado eu estava sobre ela.

- Eu preciso pensar. Enquanto isso, dê o fora daqui antes que alguém te veja. -respondi por fim.

- Garoto inteligente. -Celeste deu um leve tapa em meu peito se afastando. -Tudo bem, gatinho. Te dou uma semana. Eu estou em um lugar aqui perto, mas irei voltar pra tokyo amanhã cedo, caso precise de mim sei que irá saber onde me achar. - Suas palavras carregadas de segundas intenções foram jogadas no ar, mas eu não precisava de mais nenhuma vadia na minha vida, tão pouco uma que está louca para me ver a sete palmos da terra. Ela piscou me dando as costa, andando até sumir em meio o breu da noite.