Capítulo 04 "Recrutas"

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Oooiii gente!! quanto tempo! 🤣🤣🤣 querendo voltar hein! Vamos ver se consigo! Saudade de vcs e dessa história linda e dramática! Vcs estavam com saudade?
Boa leitura! ❤
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O uber parou na frente da entrada da Vila em que Cibele e Vladmir moravam, às 3:05h da manhã. Os dois saíram em silêncio após o rapaz fazer um pix e pagar a corrida. Quase não se falaram durante a viagem, cada um imerso em seus próprios pensamentos. 

      Ao chegarem na porta da casa da moça, se despediram timidamente, eles se sentiam enganando um ao outro. Tanto Vladmir quanto Cibele sabiam que os acontecimentos dessa noite eram uma grande loucura e, cada um a sua maneira, se sentia culpado.

       A moça entrou em casa e Vladmir seguiu seu caminho. Ao passar pela porta, Cibele levou um baita susto ao ver seu pai sentado em uma poltrona no escuro.

Cibele: "Meu Deus!" - colocou uma mão no peito - "Quase me matou do coração, papis!", sorriu.

       O homem acendeu o abajur e a luz fraca iluminou um pouco o local. 

Virgílio: "Isso são horas, mocinha?", disse fingindo estar bravo.

       Ela revirou os olhos, caminhou até ele e sentou em seu colo.

Cibele: "Papis, não sou mais criança." - deu um beijo na bochecha do pai - "E eu estava com o Vlad, sabe que ele cuida muito bem de mim."

       O homem tentou sustentar a falsa expressão de bravo, mas os carinhos da filha conseguiram acabar com isso.

Cibele: "E foi uma noite ótima, se quer saber!", disse com ar de mistério e levantou.

Virgílio: "Não me diga que finalmente você e o Vlad..."

Cibele: "Não!" - interrompeu - "Claro que não!", disse com a voz alterada.

       Virgílio levantou uma sobrancelha, ele sabia que havia algo mais, conhecia muito bem sua filha.

Cibele: "Olha papis, não é nada disso, tá? A noite só..." - lembrou-se dos lábios de Jonathan junto aos seus - "...foi legal."

Virgílio: "Sei... E esse "legal", tem nome?", disse cruzando os braços.

Cibele: "Papis!"

Virgílio: "Ok, ok!" - levantou as mãos em sinal de rendição - "Não vou perguntar mais." - foi até ela e deu um beijo em sua testa - "Boa noite, princesa.", acariciou o rosto da filha.

Cibele: "Boa noite, papis." - o abraçou - "A sua bênção."

Virgílio: "Deus te abençoe."

       A relação de Cibele com o pai era linda. Ela era a garotinha do papai e ele era o herói da filha. Virgílio era um dos maiores advogados criminalistas do Rio de Janeiro e possuía uma grande firma de advocacia localizada em Copacabana. Mas por mais que com sua filha fosse um homem bom e amável, Virgílio não era assim. Era ambicioso, cruel e manipulador. Tinha conchavos políticos, subornava juízes, ameaçava jurados e réus, tudo para manipular as coisas a seu favor. 

        Seu casamento com Loretta, mãe de Cibele, estava acabado há muitos anos, mas mantinham as aparências porque era bom para os negócios. Ele tinha inúmeras amantes enquanto a esposa usava viagens e compras como válvula de escape.

         Loretta odiava a vila em que moravam, achava muito "pobre" para o estilo de vida deles e na verdade, eles tinham dinheiro para comprar até aquela vila toda se quisessem. Mas como Cibele amava aquele lugar, - principalmente Vladmir - Virgílio nunca aceitou os reclames da mulher, fazia a vontade da filha.

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⏰ Last updated: Oct 26, 2022 ⏰

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