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David: acho que posso me acostumar com isso! - desviei o olhar da pista e olhei pra ele.

Analu: não precisa dizer isso só pra mim agradar - dei um beijo nele. — a gente vive em mundos diferentes, isso é fato.

Ele ficou calado.

Analu: vamo?

David: já?

Analu: esse baile já deu pra mim. - concordou.

Peguei pela mão dele e guiei ele até as escadas, fiz sinal com a cabeça pros vapor que tava na segurança.

Desci as escadas com ele, os vapor foram abrindo caminho.

David: eles devem te considerar muito né? - fingir não ouvir.

Me afastei com ele da multidão e depois liberem os vapor.

Analu: que tal a gente ir um pouco pra minha casa, uhum?

Ele olhou pro relógio.

David: caralho! - puxei o braço e vi as horas.

O plantão dele começaria em alguns minutos.

David: desculpa gatinha. - me puxou pra ele.

Analu: tudo bem, só vou te desculpar porquê tu tá indo cuidar das crianças.

David: sim senhora - riu. — agora me dá meu beijo, preciso ir.

Analu: só vai querer o beijo? - ergui a sobrancelha.

A mão dele desceu ainda mais pra minha cintura e apertou.

David: eu quero outras coisas também, mas por agora quero o beijo mesmo - gargalhei.

Segurei o rosto dele e o beijei.

Analu: quer que eu deixe você? - sussurrei entre o beijo.

David: não precisa - se afastou. — eu deixei o carro na entrada do morro.

Analu: então vou pelo menos te levar até no pé do morro - concordou.

Fui até onde minha moto tava estacionada e subir, esperei ele subir também, liguei e fui.

[...]

Me encostei na bancada da cozinha, e tomei meu cafezinho na maior tranquilidade, a casa tava no maior silêncio, para alegria da minha dor de cabeça.

Foram uns 15 minutos assim, até escutar alguém bater na porta.

Nem se quer esperaram eu mandar entrar ou ir abrir a porta, já foram entrando.

Sair da cozinha com minha xícara de café na mão pra ver quem era o invasor.

Analu: privacidade eu não tenho mais né?

Júlia: nossa, tu tá com uma cara péssima - fez uma cara nada bonita.

Jasmine: cuidado pro vento não bater nessa tua cara e ficar assim pra sempre - riu. — Luizinho te larga na hora, mermã.

Júlia: comédia.

Analu: sim, o que vocês duas tão querendo na minha casa uma hora dessa?

Jasmine: bichinha já são 16hrs da tarde!

Analu: E, mona?

Jasmine: Aham mermã, me conte aí, aquele bofe de ontem não trabalha lá naquele hospital que o gl tava internado?

Concordei.

Júlia: e tu ia contar isso pra gente quando?

A porta da frente abriu.

Rayane: porquê vocês não me esperaram bando de rapariga?

Júlia: tu não desgrudava do pescoço do Vh.

Deu ombros.

Rayane: vocês já começaram?

Analu: começar o quê?

Rayane: mermã não se faça de doida, a gente tá querendo saber do boyzinho novo. - se jogou no sofá.

Analu: era só o que me faltava - rir. — as bonita não tem suas vidas pra cuidar não?

As três não disseram nada, apenas ficaram me olhando.

Bufei.

Elas não iam sair do meu pé até eu contar o que elas queriam saber.

Analu: a gente tá se conhecendo melhor e sim ele trabalha no hospital no qual o Miguel tava internado - dei as costas pra elas e voltei pra cozinha.

Júlia: E?

Analu: e o quê, Júlia? - botei a xícara dentro da pia

Júlia: só tem isso pra contar pra nós?

Rayane: conheceu ele como e quando?

Analu: no hospital e no dia que o gl acordou - respirei fundo. — ele me deu apoio quando aquilo tudo caiu sobre mim, mas depois que o gl saiu do hospital a gente nunca mais tinha se visto.

Jasmine: e como foi que ele reapareceu na tua vida, minha amada? - riu.

Analu: engraçadinha... em uma das minha volta as shopping, encontrei ele, a gente almoço e aí, vocês já sabem.

Rayane: sim, com certeza. - riu. — mas, deixa eu te dizer, tu observou quem não tirou o olho de cima de ti a noite toda?

Júlia: aham, eu também vi essa palhaçada.

Analu: quem?

Jasmine: quem? Tu ainda pergunta? - olhei pra ela óbvia. — o gl né lerda.

Murmurei "hum".

Júlia: mana, como é que tu tá à respeito disso?

Analu: tô vivendo né Júlia, não vou dizer que tô bem, se eu dizer isso, vou tá mentindo, mas também não vou ficar nessa, preciso me distrair um o pouco.

Concordaram.

Analu 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora