Acordar, lavar o rosto, tomar um café, não parecem tarefas difíceis de concluir.
Mas quando existe um nuvem dentro de si, tudo se torna difícil de concluir.
Minha mente esta rodeada de decisões que podem me levar ao topo ou ao poço.
Quando se luta pela vida e contra a vida, tudo se torna um caos.
Nunca sabemos quando haverá um momento de estabilidade.
Nos últimos meses minha mente me prega peças.
Meu coração já não suporta tanta dor, e se ele não suporta, se torna indiferente.
Amar uma pessoa já não é fácil... mas e se amar?
Parece que toda vez que estou prestes a surtar, vem um grito insano dentro de mim.
Vem uma raiva que me consome por inteira, e sou consumida pelo ódio.
Aquela sensação de desespero e de estar fora do seu próprio corpo, como se não tivesse controle da situação, mas não temos.
As vezes, tenho vontade de sair como uma borboleta, voando por aí e sem rumo, mas me lembro que se eu fosse uma borboleta, eu me sabotaria mais ainda.
Por que a liberdade não me assusta, mas as aparências me destroçam.
Imagina ser uma borboleta, sair voando, mas não suprir metades das expectativas?
Eu teria pavor.
Preencher meu pulmão com a fumaça da nicotina, me parece a única opção.
Para que eu não me mate, com minha própria fumaça, só que tão tóxica, que não só me afeta, mas sim a todos que eu toco.
