cinquenta e quatro

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Termino de tomar banho, e me visto. Pego a pistola e boto na cintura.
Beatriz:já vai?-diz e vem até mim.
Eu: vou-digo e a beijo.
Vou em direção a porta e saio. Subo na moto e vou em direção a boca.
VT:voltou né, rolinha baleada-diz e ri.
Menor K:chegou, cherozinho-diz e me cheira.
Eu:sai pra lá fresco-digo e empurro ele.
TH:vocês são tabacudo mesmo viu-diz e ri.
De Repente, escuto fogos.
Menor K: invasão-diz e já pega o fuzil ao lado.
WM: invasão, Grego-diz no raidinho. Filho da puta, tá pensando que sou surdo.
Eu:de quem porra?-digo pelo raidinho. E já vou carregando o pente.
WM:morro da barreira-não acredito que é aquele cuzão.
Eu:quero agilidade ai-digo pelo raidinho.
VT: simbora -diz e pega o fuzil.
Pego o meu e vou saindo da boca indo pelos becos.
Já comecei de cara com dois pivete, meti bala. Quero nem saber.
VT:ooooh, Ewerton, porra-olhei pra trás -espera cacete -veio correndo-olha o que eu tenho.
Eu:que porra é essa Virto? Não acredito que esse Muleke fez isso não.
VT:um dedo pow, tá vendo não?-balançou pra cima de mim.
Vou nem falar nada. De doido tô querendo distância!
Sai deixando ele pra trás. E adiantou de porra nenhuma, porque ele veio atrás.
Eu: cuidado porra-empurrei ele pro beco.
VT:aí, cachorraa-diz e ri.
Eu:cala-quando o verme passou meti bala.
VT:eita porra -chutou o corpo de leve.
Eu:fica ligado, karalho-sai olhando prós lado.

[...]

Favela venceu menor.
Saio quase ninguém machucado, e deu tudo certo.
Eu:sai porra, Virto eu vou meter esse dedo  no teu cu, filho da puta -agora inventou que vai colecionar dedo.
VT:o que tu tem contra meu dedo pow?-so senti aquela porra cai em mim.
O desgraçado tinha jogado o dedo em cima de mim.
Eu: Filho da puta  -taquei o dedo longe.
VT:pra que essa agressividade, viado?-diz e vai buscar o dedo.
Eu: desaparece com essa merda daqui-digo e vou empurrando ele.
VT:tá calma-diz e sai.
Eu:o Menor K -digo e ele vem em seguida-vai ver se tá tudo bem com mia mulher -digo e ele assenti.
_______

Isadora:Tai seu filho -diz assim que entro na salinha.
E Karalho o muleke era mia cara, voti.
Eu:quem mandou trazer ele aqui?
Isadora:desde quando preciso de permissão?
Eu:não enche que hoje tou sem paciência-digo e me sento.
Isadora:se fosse a água com salsicha lá, você não tava assim né?
Eu:veio pra falar do menino? Ou da minha mulher?-ela revira os olhos
Isadora:vi deixar o menino com você -diz e bota a bolsa dele em cima da mesa.
Eu:tá drogada?-digo e nego-esse menino ele ainda mama.
Isadora:não me importa-diz e bota ele nos meus braços.
Eu:você é muito louca mesmo-digo e nego.
Isadora:tchazinho-diz e da tchau-veio buscar ele daqui a uns dias-diz e sai.

Eu:viu aí? A mãe que você tem-digo e ele apenas ri.

[...]

A Fiel Do Dono Do Morro Where stories live. Discover now