explode.

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[Ya our bodies are weak
And we're tired of hurting
Will we ever get to the other side
Don't know but I swear I'll die trying
Can't say yes
Can't say no
This thing's out of my control
It's hard to explain it.]

{point of view; jake}

Apertei minhas têmporas e tentei forçar minha mente a se concentrar nos novos algoritmos que criei. Mas, pela milésima vez seguida, eu falhei.

O relógio apitou às nove da manhã, indicando o horário que Julie normalmente acordava. Respirei fundo e me esgueirei para fora da cama, descendo as escadas e indo em direção a cozinha.

Preparei uma banana gratinada com aveia pra ela e uma xícara de chá de camomila pra mim. Deixei a xícara esfriando em cima da bancada e organizei a bandeja, tentando regular minha respiração enquanto caminhava até o quarto.

— Posso entrar? — Indaguei após dar breves batidas na madeira, logo ouvindo sua confirmação do outro lado.

Abri a porta e evitei ao máximo transparecer minha chateação no meu rosto, mas quando apoiei a bandeja sobre seu colo e ergui a cabeça na sua direção, seus olhos curiosos me trouxeram as lembranças da noite anterior.

As risadas.

O toque dele em seu ombro.

O maldito flerte.

Meu estômago embrulhou e me vi impelido a me afastar rapidamente, olhando pra qualquer outro lugar que não fosse o seu rosto.

— Obrigada. — Murmurou e eu apenas assenti, girando nos calcanhares afim de sair do cômodo o mais rápido possível. — Está tudo bem com você? — A pergunta repentina me fez travar no meio do caminho. Sua voz doce parecia cheia de preocupação e aquilo me atingiu como um soco na cara.

— Está sim. Qualquer coisa me chame. — Concluí sem me virar, em seguida saindo do quarto.

Meu coração parecia afim de quebrar minha caixa torácica com a força que pulsava, enchendo-me de uma energia descontrolada. Eu sabia o quanto aquela atitude era imatura, mas não conseguia evitar. Não sabia lidar com aquele sentimento esmagador em meu peito. Não sabia como reagir às dezenas de perguntas que nublavam minha mente.

Por que ela conseguia ficar tão bem ao lado dele?

Será que ela algum dia conseguiria ficar à vontade comigo?

Por que ela me encarou antes de retribuir o flerte dele?

O que diabos aquilo tudo quis dizer?

Me joguei de volta na cadeira de frente para o computador e bufei, enfiando o rosto entre as mãos. A ansiedade percorria minhas veias, mas era impossível ignorar uma nova onda de raiva que nublava minha mente com dezenas de perguntas sem respostas.

Não notei quanto tempo havia ficado naquela posição, perdido em meus pensamentos perturbados. Mas fui pego de surpresa quando meu telefone vibrou freneticamente sobre a madeira, indicando novas mensagens chegando.

Franzi o cenho e arrastei as rodas da cadeira até a mesa, estendo o braço para pegar o aparelho. Meus instintos se eriçaram ao notar o nome que brilhava na tela; Dustin.

Haviam três arquivos codificados e, em seguida, uma única mensagem.

Temos problemas.

{...}

Tudo havia acontecido muito rápido.

Em um momento eu estava me martirizando pelas questões não resolvidas com Julie e, no segundo seguinte, eu estava evitando que um hacker desconhecido invadisse as redes do FBI.

Where Are You?Onde histórias criam vida. Descubra agora