STRANI AMORI

⌖ Capítulo 5 ⌖

Serkan Bolat

Quando Erdem entra na minha sala agitado falando que Eda Yildiz estava agora mesmo em uma assembleia aqui na Base, com todos os membros da famiglia, eu não pude acreditar.

Como ela conseguiu escapar da minha casa e principalmente de que forma ela entrou neste lugar?

- Que merda de equipe incompetente é essa? - grito já me dirigindo à porta - Me explica como alguém tão facilmente consegue invadir nossa Base com mais de cem homens em prontidão lá fora?

- Sinto muito senhor - o segurança fala de cabeça baixa - A senhorita Melek acaba de chegar no salão de festas, só temos essa explicação para a invasão da mulher no perímetro. Todos os homens estão reunidos no auditório principal aguardando a sentença da senhorita.

- E você onde estava para impedir isso Erdem?! - falo exaltado para o pior homem da minha equipe.

- Tomando café senhor Capo - ele responde tranquilo - O tiramisu está um crime de tão bom.

Engin tenta não rir dentro da sala, eu tenho que aguentar muita coisa.

- Crime é o que vou cometer se você não sair imediatamente da minha frente Erdem!

Porra, essa mulher só me traz problema!

Saio correndo a tempo de interromper o "julgamento" de Eda, e meu sangue ferve ao vê-la de joelhos e com Alptekin ameaçadoramente colocando uma arma na sua cabeça.

- O que está acontecendo aqui? - esbravejo trazendo toda a atenção para mim - Eu arrancarei a cabeça de quem ousar tocar um dedo na minha noiva novamente!

Consigo ver o espanto no rosto da policial, apesar de ter centenas de homens prontos para matá-la, ela não demonstrou estar com medo. Eda possui um controle absurdo das emoções, então foi divertido pega-lá de surpresa.

Dou alguns passos para dentro da sala e miro minha arma para a cara do meu tio, enquanto ajudo a morena a se levantar do chão.

- Pensei que havia ficado claro meu aviso de que não quero que tome atitudes pelas minhas costas - falo olhando para o rosto arrogante do velho - Escutem todos, se acontecer novamente uma reunião da máfia sem meu conhecimento ou consentimento, eu acabo com cada um de vocês. Eu sou a porra do Capo e Alptekin Bolat não dá ordens nesse lugar. Fui claro?

Todos em coro respondem um "sim Capo", mas meu tio não se dá por vencido.

- Essa mulher tentou te matar Serkan, porque ela ainda está viva? - ele fala olhando para Eda com repulsa - Como pode anunciar um noivado com a vadia de uma policial?

Não contenho minha raiva e acerto um soco em seu nariz fazendo escorrer sangue dele.

- Você quebrou meu nariz seu desgraçado - o homem fala em meio a dor.

- Não tolero falta de respeito com minha noiva - digo segurando a mão trêmula da morena - Com certeza a mulher de todos aqui presentes já quis algum dia atirar em vocês, a minha é apenas um pouco mais espirituosa e impulsiva, não teria como ser diferente para assumir o papel de minha esposa.

Falo e todos riem concordando com minhas palavras.

- Acredito que todos entenderam que questionar minhas atitudes e incitar um motim será caracterizado como traição e eu não costumo deixar traidores vivos.

Os homens ficam em silêncio, sem nem ao menos respirar até que eu saia da sala arrastando Eda pelo braço e com um Engin ainda surpreso atrás de nós.