Geekä assustou-se com Ryan caindo do seu lado naquele lugar estranho e deu um grito ensurdecedor, Physik pôde ouvir do outro lado, mas não fazia ideia de como tirar alguém daquele local, eram todos parte de um teste, em algo que nem mesmo ela sabia o que realmente estava fazendo.
Peterson e Dedda chegaram rapidamente no local, e, encontraram a mulher tentando fugir pela caverna dos fundos, mas Dedda intimidou a mulher e a levou para junto de Peterson e a guarda nacional.
— Exigimos uma explicação sobre o ocorrido senhora Physik Quarks Dulce! — ordenou Dedda olhando profundamente em seus olhos.
— Era uma invenção legal, eu estava testando, mas eu não sei como tirá-los e até meu filho está lá! — respondeu a mulher genuinamente.
Enquanto isso, do outro lado Geekä observou que os adolescentes desaparecidos estavam em um canto observando ela sendo uma super pesquisadora com semblantes felizes, mas o garoto lhe cutucou, e ela se afastou de perto dele, que logo disse:
— Veja “Gee”, nessa dimensão nós nos amamos e formamos um belo par!
— Eca Ryan! Acho que esta dimensão nos mostra aquilo que desejamos em uma informação paralela, é tudo contrário a realidade também. — falou Geekä com repugnância.
— Como sabe disso garota esperta? — pergunta um Ryan encantado.
— Bom! Notei que vejo algo distinto de você, algo que eu sonho, mas sendo real nessa dimensão, aquelas pessoas estão felizes, mas para estarem naquela direção elas se voltam para a nossa direção. — respondeu Geekä humildemente para evitar problemas com aquele charlatão.
— Então vamos sair daqui indo para aquela direção! — falou ele apontando para o outro lado da dimensão.
Geekä ficou observando o lugar circular com um brilho intenso e enjoativo, ela queria sair logo daquele lugar, mas precisava ajudar as pessoas que provavelmente eram Lyvi, Ada, Augusto e Taylor.
— Ryan, eu quero muito sair daqui, mas precisamos levar essas pessoas. Aproveitando que nessa dimensão nós combinamos perfeitamente, pelo menos na sua cabeça, então você vai ajudar-me a tirar essa galera daqui. — disse Geekä olhando ele de forma charmosa e irônica.
— Certo! O que eu devo fazer? — questiona ele sem raciocinar.
— Simples, tu vais andar de costas em direção à saída, vai chegar neles, acordá-los do transe e explicar que nada nessa dimensão é real. — falou Geekä em um tom bastante sarcástico.
— Eu não vou fazer isso sua odiável, vamos sair só nós dois! — grita Ryan.
— Não! Só farei isso se ajudar-me a tirá-los daqui! Você tem sorte por esse lugar não ser um Buraco Negro, apenas um universo paralelo artificial, se não estaríamos esticando eternamente. — argumenta Geekä manipulando a mente do garoto.
— Mas o que vamos fazer? — lamenta um Ryan de postura caída.
— A menos que rompa as muralhas da sua arrogância, e ajude-me a tirar os outros daqui, vamos tornar-nos em rearranjo de átomos, pois não passamos de Quarks, e seremos só mais uma energia para essa dimensão. — fala Geekä como uma criança provocando seu coleguinha irritante.
Pensando na morte, Ryan aos poucos começa a fazer o que a menina havia lhe pedido para fazer, e logo chegou perto dos quatro despertando cada um com um forte tapa, e desajeitado explicou-lhes que o lugar deles não era ali, mas Ada e Taylor insistiam em ficar naquele lugar que, segundo eles — era fantástico. Geekä notando a situação delicada, foi até eles o mais rápido possível, as luzes eram fortes, mas ela estava superando os limites do seu estresse.
— Por que vocês dois preferem o universo paralelo à outra realidade que também pode ser paralela, mas de fato é sua realidade? — pergunta Geekä em um tom doce e gentil.
— Aqui tenho a aceitação de minha pessoa naturalmente. — responde Taylor de forma breve e objetiva sem ao menos olhar em Geekä.
— Aqui eu sou feliz, ninguém faz bullying ou me agride. — diz Ada olhando a garota fixamente.
Geekä desvia seu olhar para o nada demonstrando compreensão em um sentimento de desespero, preocupação e perda de causa, lidar com seres humanos era mais complexo que combater os Malwares que Ryan implantava em seu computador.
— Eu sei que a realidade não é fácil, e que podemos tornar-nos vilões querendo ser príncipes irônicos, a teoria é fácil no papel, e bastante complexa na concretização, mas eu acho que podemos ser felizes no mundo real. Peço desculpas por fazer bullying com vocês na dimensão de Enseada, mas precisamos sair daqui, prometo ser um “ good guy” a partir de hoje. — fala Ryan em uma aparente sensibilização.
Juntos Ryan e Geekä foram instruindo eles a saírem daquele local, e foram por último, e ao chegarem, Dedda e Peterson abraçara-os, e os jovens desaparecidos com a baleia jubarte foram para os seus devidos lugares.
Physik perdeu seu diploma de física por violar os direitos humanos e a bioética, sua invenção interessante foi destruída, mas Ryan sentiu-se impune, por isso pediu a ajuda de Geekä para tornar-se um alguém mais bondoso, altruísta e caridoso, firmando verdadeiros laços de amizade com ela e Hanna.
— Sabe Geekä, fico feliz que esteja saindo e fazendo amizades, mas não acho que suas dificuldades para interagir com outros adolescentes e ter habilidades para falar com adultos charlatões como eu e Dedda sejam limitações, fico feliz se sentir-se a vontade sendo você mesma, livre das imposições sociais, porquê cada ser humano é único, insubstituível, todos com habilidades para contribuir com cada ser humano seja aqui ou em um universo paralelo como o de Physik. — fala Carter à Geekä andando ao lado dela pela praia de Enseada tranquilamente.
— Obrigada tio! Amo você e a Dedda, e sinto-me como uma gaivota a voar livremente em meu próprio ser introvertido e feliz, multidões podem me sobrecarregar, mas eu amo os humanos e seus comportamentos peculiares, por isso decidi que a lógica não é meu único lugar, ano que vem vou cursar antropologia. — fala a garota reflexivamente.
Peterson sente-se feliz com a naturalidade da sobrinha, e respira fundo, ela havia se desenvolvido bem, e resolveu a investigação que era para ele e Dedda, mas com sua ingenuidade nem percebera seu grande feito.

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UMA QUESTÃO DE BURACO NEGRO
Short StoryO sumiço de quatro adolescentes na pequena cidade de Enseada parou a economia turística do local, e vem assustando as pessoas na cidade, afastando-as das ruas. E os detetives Joany Dedda e Carter Peterson têm poucas informações para encontrá-los, ma...