capítulo 02

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📍Rio de Janeiro🇧🇷 |  Perigo narrando

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📍Rio de Janeiro🇧🇷 |  Perigo narrando.

Sou Filipe, mais conhecido como Perigo, sou dono da maior comunidade da América Latina, sou cria da Rocinha mermo, faço de tudo por minha favelinha.

Não entrei no crime por opção, minha mãe estava muito doente na época, não tinha como ela trabalhar então nos começamos a passar fome, tudo piorou quando o leite da minha mãe secou e minha irmã ficou sem ter o que comer.

Tínhamos dinheiro nem para comprar comida imagine para comprar fórmula, que é muito caro.

Me lembro que na madrugada a bala cantava e minha mãe com medo dobrava os joelhos e orava para nossa proteção, lembro da barriga roncando, do armário vazio sem nada.

Se eu contar toda minha história de vida vocês choram, deve dia deu achar que minha hora tinha chegado, eu passava fome e frio para não faltar comida e cobertor para minha mãe e irmã.

Entrei no crime menozao tinha uns 10 anos, como aviãozinho entregando droga para os playboys que vinha aqui no morro comprar, com os trocados que eu ganhava dava para comprar comida e as coisinhas da minha irmã, que na época tinha 5 meses.

depois de um ano subir como fogueteiro, fiquei mó cota como fogueteiro até subir para vapor, eu já tinha uns 16 na época, o chefe me conheceu e viu potencial em mim então ele me colocou para treinar com ele todos os dias, depois de um tempo virei segurança particular dele.

Fui pegando cada vez mais confiança, quando o braço direito dele morreu ele me colocou no cargo, eu já tinha uns 22 anos.

Minha vida já estava mudada, estávamos morando em uma casa melhor, não faltava nada para minhas meninas, por elas eu faria tudo novamente.

Quando eu fiz 25 anos fui mandado para uma missão na Itália, mas não fiquei lá por muito tempo já que recebir a mensagem que mataram o chefe e eu teria que chegar lá o mais rápido possível.

Quando eu voltei encontrei o chefe morto, mas ele deixou claro que eu iria assumir seu posto. Desde esse dia eu dou minha vida nesse morro, temos uma ONG para ajudar os moradores que minha irmã gerencia, ela ama aquela ONG mas que tudo.

Hoje moro sozinho na casa principal da favela, não trago ninguém aqui além da minha família, é nessa casa eu pretendo criar meus futuros filhos.

Meu sonho sempre foi ser pai, imagino muito uma pretinha linda correndo na minha sala toda trajada de nike.

Tenho amigos mas não confio totalmente neles, até porque se até Judas traiu jesus por dinheiro, e caim era irmão mas mesmo assim matou abel.

O que eu sou mais próximo é o coringa, ele entrou no crime junto comigo, mas é aquilo né, confio desconfiando.

Por conselhos da minha coroa: falo com todos, ando com poucos e confio somente em Deus.

Agora estou aqui fazendo a contabilidade e fumando um, na maior paz, até minha porta ser aberta.

Fantasma: fala meu parceiroㅡ entra com um sorrisinho cínico no rosto.

Eu: da o papoㅡ mando e ele senta em minha frente.

Fantasma: nada não pô, só vim tirar sua paz mesmoㅡ fala e eu nego sério.

Intimidade é a pior coisa que tem.

Dê dinheiro, mas não intimidade.

Ignoro ele é contínuo com meu trabalho.

Fantasma: pô, tu viu que abriu um bordel aqui na comunidade?ㅡ pergunta e eu concordo.

Aqui tudo passa por mim antes.

Fantasma: pô chefe, bem que a gente poderia ir né?ㅡ pergunta coçando a nuca.

Eu: vai sozin fi , nasceu colado comigo foi?ㅡ pergunto e ele nega.

Fantasma: tu é o único que eu saio cara, confio nesses cuzão pra dá intimidade nãoㅡ fala e eu concordo soltando fumaça pro alto.

Eu: tá bom cara, mais tarde nós desenrola essa paradaㅡ falo e ele saí da sala toda feliz.

Fantasma é novão, entrou no crime por necessidades, ele não tem família é um moleque sozinho.

Considero ele pra caralho, mas é aquilo né, ele não precisa saber.

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