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Hoje era o dia que tanto Eugene esperou. Começava os clubes e eu, como havia prometido, estava novamente no clube de abelhas do Eugene. Neste momento eu caminhava pelo campus olhando todos os alunos atentos aos seus clubes e lá estava ele, Xavier Thorpe mais concentrado que todos os outros alunos que pude ver e desta vez suas tentativas de acertar o centro do alvo eram certeiras, todas as suas flechas estavam no pequeno círculo de cor vermelha, realmente bom, mas eu com certeza faço melhor.

— Esperando que eu a convide para acertar o alvo? — perguntou ele sem me olhar, percebendo que estava ali.

Voltei para meu caminho e senti seu olhar me seguir, mas não poderia permitir que aquele futuro fosse meu, que um futuro onde eu me apaixono por alguém, isso nunca. Estava próximo da pequena casa de abelhas do Eugene quando o vi conversando com sua versão feminina. Era menina um polegar mais baixa que ele, seus cabelos loiros e ondulados até os ombros, usando um óculos que deixava seus olhos cor de mel maiores. Já estavam vestidos com as roupas de apicultura.

— Wandinha, oi! — Eugene falou após perceber minha presença. — Estava esperando você para começar! — sorriu vindo até mim. — Aqui está sua roupa. — direcionou seu braço para perto de mim com a roupa. — Essa aqui é a Ema, Ema Weens! — apresentou a garota.

— Oi, é um prazer finalmente conhecer a Wandinha Addams! — ela sorriu. Não fez nenhum movimento para tentar me abraçar ou deu sua mão para que eu a apertasse, o que me deixou com um alívio. — Eu sou sobrinha da antiga diretora. — ela falou e pude juntar as peças olhando sua aparência familiar e seu sobrenome.

Apenas a olhei e fui colocar a roupa para começarmos o primeiro dia no clube. Era tedioso ver como eles pareciam estar conectados um no outro, como se Ema fosse mais importante que as abelhas que Eugene tanto cuidava como suas filhas, mas ao mesmo tempo ela parecia tão apaixonada pelas abelhas quanto ele. Não consigo descrever o que meus olhos estão presenciando, mas parecem sua paixão incorrespondido pela Enid não existia mais.

— E assim tem o melhor mel! — Eugene terminou sua grande aula sobre as abelhas, que em momento algum colocou seus olhos sobre mim ou me deu alguma atenção.

— Você é incrível! — Ema falou pegando o pequeno pote de mel e fechando o.

— Wandinha, você não vai tentar fazer? — Eugene finalmente direcionou a palavra para mim.

— Talvez na próxima.

— Então leve um pote para você e outro para Enid! — falou sorridente virando se para pegar mais dois potes.

— Obrigada, Eugene.

— Você é minha amiga, Wandinha! Eu que agradeço! — ele falou me dando o primeiro pote.

Assim que minhas mãos tocaram o pote tudo ao redor ficou escuro e logo me vi em outro lugar. Era uma visão.

Eu estava em Jericho, precisamente no Peregrino, onde vários alunos de Nunca Mais estavam vestidos de acordo com os funcionários do lugar. Andei mais um pouco tentando achar o foco da minha visão e logo estava próximo a Eugene junto com alguém vestido com um enorme manto de capuz onde apenas suas botas eram visíveis e seu rosto coberto por uma máscara da cor preta. A pessoa tocava seu ombro e dizia palavras sussurradas que não consegui idêntica las, mas logo foi embora deixando Eugene paralisado, sozinho, com seus olhos sem vida por trás das lentes do óculos. Ema aparece e tentando conversar, mas, com o silêncio do garoto, sua animação se transforma em angústia rapidamente sacudindo o e gritando por ajuda.

— Wandinha! Wandinha! — a voz de Eugene me trás de volta da minha visão.

— Você desmaia toda vez que tem uma visão? — Ema perguntou confusa e curiosa.

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