𝐿 𝑢 𝑐 𝑘 - 𝓡𝓲𝓬𝓱𝓪𝓻𝓵𝓲𝓼𝓸𝓷

CHPT11

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RICHARLISON.

Já faz alguns meses desde que eu voltei para a Europa.

E Laura aceitou vir, mas não junto comigo.

Depois de termos brigado muito por conta disso e termos ficado alguns dias sem nos falar, ela finalmente resolveu que viria morar comigo, mas só depois de arrumar um trabalho.

Eu discuti mais um pouco com ela sobre isso. Convenhamos, eu sustento a minha família inteira sozinho, ela poderia viver tranquilamente aqui e não faria diferença nenhuma.

- Eu não sei porquê você é tão teimosa. Qualquer uma teria aceitado sem nem pensar duas vezes. - Eu acabei falando em uma das nossas brigas.

- Eu não sou qualquer uma! - Ela pareceu um pouco ofendida. - Eu não vou embora de mãos abanando e viver às suas custas, se um dia você se cansar de mim eu vou acabar em um país estranho, sem dinheiro e sem família! - ela retrucou.

Foi minha vez de ficar ofendido.

- De onde foi que tu tirou essa ideia? - Eu estava com raiva agora.

- Richarlison, depois da copa do mundo uma quantidade infinita de mulheres passou a cobiçar você. Todas muito bonitas, muito ricas e muito mais interessantes do que eu. - Ela cruzou os braços. - É só uma questão de tempo até você se arrepender de ter começado a me namorar. Todos os seus colegas de time tem esse tipo de atitude.

- Mas que caralho? - Andei até ela e a segurei pelos braços para que olhasse na minha direção. - Eu não tô nem aí se a própria rainha da Inglaterra veio me seguir. EU escolhi VOCÊ, e você apenas. - A chacoalhei um pouco na vã esperança de que essa ideia estúpida saísse de sua mente.

Ela ficou parada por uns segundos só olhando pra minha cara.

- De onde saiu toda essa insegurança sobre a gente? Você sempre foi tão confiante, o que aconteceu? - Eu desfiz o aperto em seus braços e segurei seu rosto a obrigando a olhar para mim.

Os olhos dela se encheram de lágrimas.

- Eu não sei, isso é uma mudança muito grande pra mim. Pra você foi fácil ir embora, mas pra mim... Eu sempre fui muito apegada a minha família e a minha rotina. - Ela começou a chorar. - E tem tanta gente falando de mim por aí, no meu trabalho também.  Ninguém acha que eu sou boa o suficiente pra você. Como eu não acreditaria? Eu sou só uma pessoa comum, não tenho nada de especial, não tenho nenhum talento, mal tenho amigos, porque eu me daria ao luxo de pensar que você iria querer viver comigo?

Isso foi de partir o coração. Eu não sabia que ela estava sendo alvo de tanto hate assim, dentro da minha bolha todos gostavam dela, mas acho que eu não ia atrás o suficiente para ver os comentários ruins.

-Olha só meu amor, tu não deve dar ouvidos pra o que as pessoas falam, elas não vivem com a gente, elas não viram o que passamos, não sabem o que nós sentimos. - Comecei a falar bem baixinho com ela, suas mãos seguraram meus pulsos enquanto eu ainda segurava seu rosto na mesma posição. - Eu te amei desde o primeiro momento que eu te vi, sofri quando achei que não te veria mais e cada vez que tivemos que nos despedir eu sofri de novo como se fosse a primeira vez. - Dei um beijo de leve em sua bochecha.

Ela parou de chorar naquele momento, mas os olhos ainda estavam úmidos e agora estavam levemente arregalados, ela estava prestando muita atenção no que eu falava.

- Eu entendo que você não quer ficar longe da sua família aqui, mas eu vou ser a sua família também, eu quero te fazer feliz, amor. Eu quero te levar embora comigo pra mostrar pra todo mundo que eu consegui, eu venci demais na vida! - Disse me gabando e ela finalmente deu uma risada. - Eu amo você, muito mesmo, sabia? Não me importa se todas as mulheres da face da terra estiverem na minha porta, eu sempre vou escolher você, independente de qualquer coisa.