Capítulo 76

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— Aí credo, tchau. - ela diz saindo

— Acredita em mim, não aconteceu nada. - ele diz vindo até mim

— Não quero falar com você. Por favor, se afaste. - digo subindo as escadas

Vejo as horas, já sai 08:10 p.m. ligo para Elizabeth, e pergunto se teria como adiantar a viagem para Nova Iorque amanhã. Ela me confirma. Peço uma mala para minha madrinha, ela me entrega. Junto as roupas que tinha no guarda-roupa. Preparo tudo na mala que eu necessito, o restante busco amanhã no apartamento, antes de ir para o aeroporto.

— Tem certeza disso? - minha madrinha diz entrando

— Tenho certeza de mais nada. Mas, preciso de um tempo. - digo

— Podemos conversar? - Fernando diz entrando

— A gente não tem mais o que conversar. - digo ríspida

— Me perdoa, está tudo confuso na minha cabeça. Você mudou tanto, questão da minha mãe. Desculpa gritar com você, sair para beber. - ele diz

— Que questão da sua mãe? - questiono

— Mãe, ela precisa saber. - ele diz olhando pro lado

— Senta aqui.- ela diz

Sento

— Então, não é coisa séria. Estou apenas com um pequeno nódulo na mama, mas já comecei a tratar. E logo estarei curada. - ela diz

— Porque senhora não me disse? - pego na mão dela

— Ô, minha linda. Você já está se preocupando com tanta coisa, não quero te preocupar mais. Pedi o Fernando que não te contasse. - ela diz

— Eu não posso ir e deixar a senhora aqui. - digo

— Pode e vai, isso é uma oportunidade ótima, e eu estou bem. Estou reagindo muito bem, e vamos conversar pelo celular. - ela diz

Começo a chorar

— Fernando, nos deixe a sos por favor. - ela diz

Fernando sai do quarto, e ela me abraça.

— Não posso perder a senhora também. - digo abraçando ela

— E não vai. - ela diz

— Agora, vou chamar o Fernando e você vai contar a ele antes de ir. - ela diz levantando

— Tá bom. - digo e ela sai

— Está me chamando ? - ele diz entrando pela porta

— Olha, antes de ir preciso de contar algo. Se dependesse de mim, eu nem contaria. Mas, você tem esse direito. - digo

— Você está me assustando. - ele diz arregalando os olhos

— Eu estou grávida! - digo

Ele fica calado.

— Não vai falar nada!? - pergunto

— Não sei o que falar, você está de quantos meses? Quando você descobriu? - ele pergunta

— Eu estou de 3 meses e descobri tem 1 mês. - digo

— E porque você não me contou? - ele questiona

— Porque eu não queria que você destruísse sua vida por causa de mim ou do bebê, você começou trilhar seu futuro agora, não queria ser um impedimento na sua vida. - digo chorando

— Jamais diga isso, você nunca será impedimento e muito menos um filho nosso. - ele diz me abraçando

— Você mesmo falou que não estava no momento. - digo

— Realmente não estamos. Mas, não foi você que fez sozinha, foi a gente. E nós dois vamos cuidar. E eu estou super feliz por saber que irei construir uma família com você. - ele diz me abraçando

É, mas não esqueci o que houve. Então, só queria te contar mesmo porque você tem direito de saber. Agora se puder sair, amanhã eu acordo cedo e preciso dormir. - digo me soltando dele

— Por favor, não vá! Me deixa te acompanhar nesse momento. Confia em mim, eu jamais faria algo que te machucasse. - ele diz

— Essas semanas foram muito agitadas, passei bastante estresse e com isso hoje tive sangramento, fui na médica e ela falou que a gravidez é risco. Tenho que me cuidar e não passar estresse, e não consigo conviver no momento perto da Luiza. - digo

— Você hoje o que? - ele diz apavorado

— Foi por causa de mim? Me perdoa!!! - ele diz vindo até mim

— Fernando, por favor. Eu quero ficar sozinha. - digo a ele

— Tudo bem. Mas, qualquer coisa me chama. Eu te amo muito e vou te provar que não fiz nada. - ele diz me dando um beijo na testa e se afastando

Deito na cama e desabo em choro. Durmo que nem vejo. Acordo com os raios solares entrando pela janela. Escuto algumas vozes lá em baixo, vou ao banheiro e vejo o quanto meus olhos estão inchados. Escovo os dentes, faço um coque e desço.

— Bom dia, bela adormecida. Como você está?- Bruna diz vindo até mim

— Bom dia. Olha para os meus olhos que você terá a resposta. - digo

— Aí credo, coloca um sorriso no rosto. Hoje você irá conhecer Nova Iorque, Time Square. Ai que chique. - ela diz me puxando até o balcão

— Bom dia, madrinha. - digo olhando para os lados

— Bom dia, minha querida. Ele saiu cedo e até agora não voltou. - ela diz me olhando

— Nem percebi que ele não estava. - digo sentando

— Sei. - ela ri - Fiz um café da manhã bem caprichado para você.

— Muito obrigada, mas estou sem fome. - digo balançando a cabeça

— Você precisa comer um pouco, pelo bebê. - ela diz

— É, agora meu foco é 100% ele. - digo e pego uma fruta

— Você vai hoje que horário? - Bruna pergunta

O filho da minha madrinha Onde histórias criam vida. Descubra agora