Capítulo 5

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 Se tinha uma coisa que Marcus mais valorizava era a honestidade

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 Se tinha uma coisa que Marcus mais valorizava era a honestidade. Não importava quanto seria terrível ser honesto, ainda sim, era a melhor escolha a ser feita. Ele via isso dentro da própria família. Todos, desde a sua avó até a criança mais nova da família, admitia com honestidade que eram fofoqueiros. Por isso, ele precisava ser honesto consigo mesmo e admitir que Amanda o encantou desde da primeira vez que a viu.

Naquele dia, dois anos atrás, quando foi ver a reforma que sua prima Giovana estava fazendo na antiga e decrépita antiga pousada de Amanda. E para ser sincero, não conseguia lembrar direito do que eles conversaram. Só conseguia recordar da visão que preencheu seus olhos quando a viu. Na época, os cachos eram mais longos e tingidos de loiros nas pontas. Agora, arriscou mais um olhar de canto de olho para a mesa onde ela estava sentada com um homem; os cabelos dela estavam mais curtos, os cachos tocavam suavemente os ombros e pareciam estar na sua cor natural. Pretos e suaves.

Também precisava ser honesto consigo mesmo para admitir que quase não prestou a atenção no que seus amigos estavam falando desde do momento que Amanda entrou no campo de visão dele. Endireitou o corpo e tentou prestar a atenção na conversa, não era nada legal ficar encarando a pobre mulher como um maníaco.

— Edgar, como você se sente em ver sua ex-mulher em um encontro com outro cara? — Renan parecia gostar de provocar os amigos e porque todo mundo estava olhando para uma mesa alguns metros distantes deles, Marcus julgou que não seria mal interpretado se virasse a cabeça para aproveitar a mesma desculpa que os amigos para olhar a mulher em questão. Para Amanda.

— Não vejo problema nenhum. Se eu pude me casar com Giovana, Amanda tem o mesmo direito — Edgar deu de ombros, parecendo mais relaxado toda a vez que falava da esposa. — Eu gosto de Amanda, ela é boa amiga e mãe. Merece ser feliz.

— Eu admiro essa amizade de vocês dois — Renan comentou relaxado. — Se.... coloca um "espero que nunca", Liliana e eu nos divorciasse, eu não seria tão bondoso se a visse com outro cara.

— Isso, levando em conta que você estaria vivo para isso — André achou melhor pontuar.

Renan olhou para o cunhado mais velho.

— Acha que Liliana me mataria se nos separássemos?

— Não — André abriu um pequeno sorriso. — Eu o mataria.

— Eu o ajudaria a esconder o corpo —Thiago sorriu para o irmão.

— Mas isso nunca irá acontecer porque Renan é completamente doido por Liliana — Cauã resolveu ajudar o amigo. — Do mesmo jeito que aposto que Edgar não agiria da mesma maneira se fosse Giovana ali — indicou Amanda com um pequeno gesto de cabeça.

— Eu o mataria antes que pudesse pensar em magoar a minha irmã — Gustavo deu o mesmo sorriso ameaçador de André para Edgar.

Léo assoviou e olhou para Marcus.

— Ainda bem que não temos irmãs. Imagina só a gente ter que sair por aí ameaçando amigos...

— Não acho que ameaças tenham ajudado muito André e Thiago — Marcus indicou Renan e Cauã conversando sobre alguma coisa que se definia como "coisas das irmãs Bodini" — esses dois acabaram se casando com Lili e Elisa do mesmo jeito. Mas, como falamos mais cedo, pode ser que Luísa se torne nossa meia-irmã.

— Verdade e... — Léo se interrompeu ao perceber que o irmão estava muito distraído e curioso, seguiu o olhar dele. — Porque você não para de olhar para a Amanda?

Marcus rapidamente se endireitou na cadeira e deu de ombros, tinha consciência da quantidade de vezes que a olhava.

— Sabem que ele é? O cara que está com ela?

— Por quê? Está interessado nele? — Léo o provocou.

Marcus revirou os olhos.

— Ela só não parece muito à vontade ali.

— E você parece muito interessado — Léo estalou a língua em uma provocação.

— Não foi na minha casa que uma mulher passou a noite, Leozinho — Marcus fez questão de lembrar o episódio de hoje de manhã na porta do apartamento do irmão, diante do próprio apartamento. — Se eu fosse você prendia Yuna por roubo de chocolates.

— Acho que vou procurar outro apartamento — Léo provocou. — Não gosto do meu vizinho de porta. Ele é muito enxerido.

Marcus riu, os olhos vagando rapidamente em direção a Amanda e mesmo de longe pode captar o exato momento que a viu ficar tensa quando uma mulher vagamente familiar se aproximou. Curioso como só um Bodini poderia ser, tentou reconhecer a mulher e prendeu a respiração quando a viu virar o rosto para o acompanhante de Amanda com uma postura acusadora.

— Léo! — Cutucou o braço do irmão.

— Que foi? Para de ficar olhando para Amanda desse jeito, senão terei que prender você e...

— Cale a boca e preste atenção — o fez virar a cabeça para a mesa de Amanda. — Tá vendo o que eu estou vendo?

Ele quase conseguiu apalpar a surpresa do irmão quando disse:

— Yuna.

	— Yuna

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Sonho de Tentações ( Série Bodini)|DEGUSTAÇÃO|Where stories live. Discover now