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[Quarto horário da tarde]

[Erik]

A melhor coisa do mundo para mim é entrar no escritório de Charles quando nós dois temos horários vagos.

— Ainda carente? — ele me perguntou quando me sentei ao seu lado no sofá e o abracei pela cintura.

— Sim.

Eu o ouvi rir brevemente e senti sua mão fazendo carinho no meu cabelo.

— Odiei essa blusa de gola alta. — eu comentei olhando diretamente para o pedaço de pano.

— A culpa é sua que eu tô usando ela. — ele resmungou enquanto eu pensava no que fazer.

No momento seguinte eu abaixei a gola e comecei a beijar o seu pescoço, Charles começou apertar os lábios, evitando arfar.

— Erik, pare... — ele sussurra com dificuldade.

— Vamos lá, Charlie, eu sei que você não quer que eu pare. — eu lhe sussurrei tirando meus lábios da pele do seu pescoço ainda marcado.

Charles não me respondeu nada e eu voltei ao meu trabalho. Mas a posição estava começando a fazer meu próprio pescoço doer, então eu o puxo para o meu colo em um movimento repentino, o que assusta Charlie.

— Desculpe, meu querido Charles... — eu disse sorrindo e ela apenas revira os olhos — Vou fazer você revirar os olhos por causa de outra coisa.

— Erik, não podemos. Não aqui. Não agora. — ele me diz e eu suspiro irritado.

— Apenas algumas marcas em seu pescoço, por favor. — eu lhe imploro apertando sua cintura com os meus braços.

— Já tenho o suficiente. E você deve parar com o seu fetiche por chupões no meu pescoço.

Não liguei para o que ele disse e voltar a beijar seu pescoço, eu não demoro para sentir suas mãos nos meus cabelos, eu não conseguia ver, mas eu sabia que ele estava, novamente, apertando seus lábios.

“Nem mesmo um arfar, Charlie?” eu pensei, sabendo que ele iria ler a minha mente de um modo que ele não conseguia controlar.

No mesmo momento que ele leu o meu pensamento (eu sempre sei quando ele faz isso) eu ouvi o som que eu havia lhe pedido.

— E-Erik... Alguém... Está vindo... — ele diz com certa dificuldade depois de mais alguns minutos naquilo.

Tiro meus lábios daquela parte de seu corpo já com raiva dessa pessoa e ele levanta novamente o pano para cobrir seu pescoço enquanto eu ajeito o meu cabelo antes de eu coloca-lo novamente ao meu lado no sofá. Nem pude ver o que fiz.

No exato momento em que eu me levantei para fingir que iria servir água para mim e para o meu marido, aporta se abriu e Raven e Hank entraram.

— Vocês não estavam fazendo nada suspeito né rapazes? — Raven nos pergunta com um sorriso malicioso no rosto. Hank estava quieto mas sorria.

— Não. — eu e Charles respondemos juntos. O que claramente nos denunciou.

— O que vocês querem? — eu perguntei e seus sorrisos mudaram um pouco — Mein Gott, vocês só sorriem assim quando vão fazer ou já fizeram merda.

— Vamos jogar um joguinho! — Raven diz alegremente de um jeito psicopata.

— Mata-mata? — eu pergunto finalmente colocando água em um copo.

Por enquanto não, esse é diferente. — Hank finalmente fala e o seu ênfase no “por enquanto” me deu mais medo.

Olhei para Charlie na esperança de conseguir uma resposta, mas ele olhava para a irmã com o medo quase escrito em sua testa.

Oᴜʀ Mᴀʀʀɪᴀɢᴇ - ᶜʰᵉʳⁱᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora