Arthur Shelby

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Arthur Shelby from Peaky Blinders.

Um bafo de ar quente atingiu meu rosto quando adentrei a plataforma de trem da cidade em que cresci.

Retornar não estava sendo tão fácil como eu havia imaginado.
Um nó de emoções estava preso em minha garganta e eu mal conseguia respirar direito.

Ao longe avistei a cabeleira de Polly.
Pelo cigarro em suas mãos, tive certeza de que ela estava tão ansiosa quanto eu.

Me aproximei dela rapidamente e me anunciei.

A mais velha virou surpresa e me puxou para um abraço extremamente apertado.

"Querida, quanto tempo!"

"Poll, que saudades" disse com emoção escorrendo de minhas palavras.

"Não tinha certeza se viria..." me analisou

"Eu não perderia o retorno deles por nada." afirmei convicta

E como se fosse uma permissão ao destino - após minha fala, o trem despontou na plataforma e foi parando aos poucos.

Muitas mulheres - mães, filhas, esposas, amantes - se aproximavam dos compartimentos na espera de seus amados que há muito saíram para guerrear sem a certeza de um retorno... até hoje.

Polly tomou minha mão e me arrastou para mais perto.
Assistimos uma massa de rapazes desembarcarem e caçarem suas companhias com os olhos.

Quando ergui meu pescoço e me virei pro lado esquerdo, vi aqueles olhos azuis brilhando para mim e correndo em minha direção

"S/n... Céus, como é bom ver você" John se joga em meus braços quase nos levando ao chão.

Dou risada de sua empolgação e o aperto em meu peito.

"Johnny Boy, já não é mais um menino" brinco, apertando suas bochechas quando ele se afasta minimamente.

Ele ri brilhante com lágrimas embaçando suas vistas.
Polly o tira de mim para recepciona-lo no momento em que o outro irmão alcança meu ponto de visão.

"Tommy!" Cumprimento satisfeita, feliz em rever meu melhor amigo.

"S/n!" Ele suspira e me cobre com seus braços. Sinto-o tremular é acaricio seus ombros.

"Senti sua falta" confessa baixo.

"Oh Tommy, eu senti mais!" afirmo e me afasto sorrindo, secando as lágrimas de seu rosto e sentindo meu coração apertar ao não identificar mais aquele Tommy em seu olhar.

Antes que eu possa dizer mais alguma coisa, sinto braços fortes me levantarem do chão e me girarem no ar.

Meu instinto é entrar em desespero, mas quando o cheiro dele adentra minhas narinas - puro êxtase me consome.

Arthur estava bem.

Rio como uma criança brincando com seus pais no parque em uma tarde de domingo.

Arthur me coloca no chão e me vira em sua direção, rapidamente se inclinando para aproximar nossos lábios.

"Arth, espera!" Peço erguendo as mãos

Seus olhos brilham no meu dedo anelar esquerdo - mais especificamente no anel dourado que o revestia.

Sua feição se tornou impassível e ele intensificou seu olhar nos meus, buscando alguma resposta.

"Precisamos conversar." pedi

Arthur e eu éramos apenas crianças que se amavam e ansiavam pelo futuro juntas; quando a guerra veio e assolou todo e quaisquer desejo que existia em nossos pobres corações.

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