desespero

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Os raios de sol começam a me incomodar, abro meus olhos sonolentos.
Pego meu celular na mesinha de cabeceira, e vejo o grupo de WhatsApp da escola:

- Sem aula, então vou sair para trabalhar mais cedo, se eu quiser ganhar um dinheiro extra

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- Sem aula, então vou sair para trabalhar mais cedo, se eu quiser ganhar um dinheiro extra. - Falo pra mim mesma.
Me Levanto com preguiça, mas sigo pro banheiro para me arrumar.
Depois de algum tempo desço as escadas e vejo meu pai assistindo televisão como sempre.
- Bom dia papai!
- Bom dia. - Ele fala, curto e grosso como de costume.
Sirvo o café, e após comer, saio de casa.
Chego na cafeteria e sinto uma tensão vinda dos meus colegas.
- Adryan, que clima é esse aqui? - Pergunto.
- A Sophia sumiu, temos certeza que ela está morta agora. - Adryan fala em tom de melancolia.
Vou para o vestiário, onde eu ficaria sozinha, me ajoelhei sob um banco, e chorei.
Isso não pode ter acontecido, a Sophia era a pessoa mais doce que eu já conheci, ela não merecia ter um fim tão cruel.
Em pouco tempo, enxuguei as lágrimas e me levantei,
Tenho que continuar mesmo com essa angústia.
Estava limpando uma mesa quando aquele mesmo homem de capuz entrou na cafeteria, e se sentou na cadeira mais afastada do resto dos clientes.
Vou até ele.
- Olá senhor! Espero que esteja tendo um ótimo dia! O que vai querer? - Falo a frase básica de atendimento.
O homem aponta para um café no cardápio.
- Algo a mais? - Pergunto, esperando que ele responda.
O homem balança a cabeça negativamente, e eu me retiro.
- Que cara estranho. - Adryan fala encarando o homem.
- É bizarro, acredita que ele não trocou nenhuma palavra cmg? Nem responder as perguntas básicas. - Falo.
Adryan solta um olhar de desprezo pro homem e sai.
Faço o café do tal, e levo até sua mesa.
- Aqui está senhor, algo mais?
Ele balança a cabeça negativamente.
Eu saio da mesa dele e vou pra cozinha ver se alguns pedidos já estão prontos.
Quando volto, percebo que o homem já não está mais lá, e que na mesa dele está apenas o dinheiro do pagamento, uma gorjeta e o copo de café vazio.
Enquanto eu limpava a mesa escuto o noticiário da tv.
- Mais um corpo encontrado, a vítima foi encontrada neste hotel abandonado, perto da fronteira da cidade.
O corpo estava repleto de perfurações, desta vez de arma, que não sabemos qual ainda.
O diário dela estava aberto, com os mesmos desenhos de costume.
Uma caveira e olhos perturbadores, porém, desta vez, o desenho de coração estava perfurado de balas, e com uma arma ao lado.
Depois voltamos com mais notícias.
- Disse a repórter.
Eu não posso deixar que esse monstro machuque mais ninguém que eu amo.
Após um dia de trabalho bem ruim, já que a imagem daquele homem não sai da minha cabeça, pego as minhas coisas e sigo para casa, estava escuro, já eram 20:00h da noite.
No caminho para casa acabei encontrando David na frente do cinema, então fui até ele.
- Dave! Eai cara, como você tá? - Pergunto.
- Mel!, eu tô bem, parece que alguém já se libertou do presídio que é o trabalho.
- Já sim - dou um pequeno sorriso.
- que tal assistirmos aquele filme que eu falei ontem? Eu pago. - David oferece.
- Proposta irrecusável, vamos nessa! - Sorrio animada.
Assistimos um filme incrível de terror, comemos pipoca e conversamos bastante, quando olhei no relógio já iam dar 23:00h.
- Desculpa Dave, o papo tá ótimo, mas eu tenho que ir pra casa, meu pai vai ficar preocupado.
- Eu te levo em casa. - Dave oferece, e eu aceito de bom grado.
Conversamos durante todo o percurso até minha casa, quando finalmente chegamos Dave me abraça e segue seu caminho para sua casa.
Abro lentamente a porta de casa para não acordar meu pai.
- AI MEU DEUS, ISSO NÃO PODE TER ACONTECIDO, SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA? - Eu caio em prantos desesperada.

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