𝗖𝗵𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗪𝗶𝘁𝗵 𝗬𝗼𝘂 𝗋𝗈𝖻𝖻𝗒 𝗄𝖾𝖾𝗇𝖾

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐔𝐌

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐔𝐌
a chegada de s/n

"Ladies and Gentlemans, sejam bem vindos a Los Angeles!"

Eram umas cinco da tarde quando meu avião havia pousado em Los Angeles, acho que nunca senti tanta falta desse lugar como senti nesses últimos anos. Talvez pelo fato de terem se passado cinco anos desde a minha partida ao Brasil para meu intercâmbio.

Durante esses cinco anos, convivi com uma host family muito dócil e carinhosa, me levaram em diversos pontos turísticos, fora as comemorações incríveis dos feriados brasileiros para aprimorar meu conhecimento sobre a região.
A única coisa horrível disso tudo, é que não consegui ver as cores vivas que eles falaram que o Brasil tinha, e isso é algo que eu deveria explicar: De alguma forma, todos nós nascemos vendo apenas preto e branco até encontrarmos nossas almas gêmeas, e como vocês devem perceber, eu sou uma das que não encontraram a alma gêmea ainda.
Porém, mesmo com tudo isso, tenho que deixar registrado: O Brasil é um país incrível!
Sem sombra de dúvidas, ele é um lugar que deixou uma marca gigante em mim.

Com meu intercâmbio sendo finalizado esse ano, voltar pra casa foi a primeira e única coisa que eu pensei. Tanta saudade dos meus pais, e dos meus irmãos, que é incontável a quantidade de vezes que eu menciono isso.

A voz da aeromoça soava pelas caixas de som escondidas no avião, dizendo que o avião acabara de pousar, e que o descargue das malas aconteceria em breve.
Logo saio do avião e já pego meu telefone, que não para de chegar mensagens de meu pai e minha mãe perguntando se já tinha chegado, se já estava no aeroporto, e se já podiam vir me buscar, dava para ver a ansiedade dos dois.

Na última visita minha família não pode vir, soube que aconteceram alguns problemas com um certo dojo rival ao do meu pai, e Samantha saiu machucada nessa confusão, e graças a esse incidente, eles não puderam ir me visitar, e com isso se completava quatro meses que não nos víamos, e é compreensível tanta ansiedade.

Assim que pego minhas malas, já ligo para meu pai, que de imediato já atende minha ligação.

— Já chegou querida? — A voz de meu pai era a própria definição de ansiedade e preocupação.

— Cheguei sim pai, pode ficar despreocupado! — Digo tentando passar tranquilidade a ele.

— Quer que eu vá te buscar? Você deve estar cansada. — Ele diz, mas eu recuso.

— Não pai, tudo bem, eu posso pegar um táxi até em casa, logo eu chego aí! — Digo levando minha mala até o táxi parado na entrada do aeroporto — Espero que meu quarto ainda esteja aí— Brinco ouvindo a risada de minha mãe ao telefone.

— Não se preocupe querida, seu quarto está do jeitinho que você deixou! — Minha mãe tomou o celular de meu pai para me responder —...Bem, exceto pela bagunça e pela decoração infantil, imaginei que você iria querer algumas coisas novas, então levei sua irmã para me ajudar a escolher algumas coisas para você…

— Confio no seu bom gosto mãe, bom, vejo vocês mais tarde, tenho que entrar no táxi agora! — Me despeço dos dois, e por fim entro no táxi respirando fundo.

— Pra onde moça? — O motorista pergunta.

— West Valley…

Continua…