Capítulo 33 - Luna

15 6 0
                                    

Eu odiava DRs, mas Enrico era perito em perguntas e respostas e nossa... ele adorava essas conversas.

Discutir relação, era algo que eu achava desnecessário, até entrar pra essa família, especialmente até me envolver com Enrico.

Eles discutem tudo. Reformulando, eles conversam tudo, de tudo e sobre qualquer coisa, qualquer assunto.

Eles estão sempre, colocando os pingos nos "is" como diz Helena.

Nessa família, não pode haver mal-entendidos ou desconfianças. Entre nós tudo deve ser as claras.

É claro que eu acho isso ótimo, mas nesse momento... no momento em que me encontro no colo dele, com ele todo duro, minha calcinha molhada e sem temer ou pensar em nada... definitivamente não é esse o momento, que eu escolheria pra conversar seja lá sobre o que for, nem mesmo sobre a merda fodida que é minha cabeça.

Tentei novamente avançar sobre ele. Beija-lo, persuadi-lo... quem sabe, talvez ele mudasse de ideia.

_ Lu... o respeito de uma relação, que é o que eu acho que é o que temos, precisa vir dos dois lados. Se você fala não, eu paro e te respeito. Quando eu digo não, espero reciprocidade de você.

Carvalho... Ele tem bons argumentos e eu estou errada, simples assim.

Frustrada, coloco minha cabeça dentro do seu pescoço e me deixo ficar lá sentindo seu cheiro, enquanto ele sobe e desce suas mãos em minhas costas num carinho lento e quente, que ao invés de me desanimar, me deixa mais cheia de vontade.

Decidida a levar essa coisa de DR a sério, tiro as mãos dele das minhas costas e me sento ao seu lado no sofá.

Assim que saio do seu colo, ele puxa a almofada e joga sobre o colo, tentando esconder sua obvia ereção.

_ Não vou pedir desculpas, por ter te beijado, mas vou pedir por ter desrespeitado seus limites.

_ Não quero que se desculpe, quero que entenda. – Fala.

_ Eu entendo, mas não posso deixar de me sentir frustrada. – Paro e penso em como deve ser para ele, toda essa situação. _ É assim que se sente, todas as vezes que te paro.

_ Você raramente me para. Geralmente quem para sou eu. E eu não me sinto frustrado por você parar, afinal o corpo é seu e só você pode dizer o seu momento. Eu não quero que você continue só pra me agradar. Ou continue, mesmo cheia de dúvidas. Ou dê um passo e se arrependa depois. – Ele faz uma pausa, olhando pra mim. _ Eu aprecio cada pequeno momento que passamos juntos, mesmo que tenhamos que parar. Mas sim, na maioria das vezes, me sinto cheio de desejos acumulados e isso sim, as vezes pode ser um pouco frustrante.

_ Agora não sei o que conversar com você. Quer dizer, tem muitas coisas, mas minha mente está focada só em uma.

_ Lu... eu quero muito você, mas eu quero que você queira isso, tanto quanto eu e quero que não sinta culpa, vergonhas ou arrependimentos.

_ Eu não estava pensando em nenhum desses itens agora pouco.

_ E no que estava pensando Lu.

Sinto meu rosto ficar quente.

Posto apostar que estou vermelha e agora totalmente sem graça. As coisas que estavam pensando tenho vergonha de dizer pra mim mesma.

_ Lu... nosso combinado era conversar sobre tudo. Se não podemos falar sobre sexo, não devemos fazer sexo.

Odeio quando ele tem razão e na maioria das vezes ele tem, mas não vou admitir isso em voz alta, ainda não.

_ Okay. – Respiro fundo, quem está na merda, não se importa com mais um pouco de bosta. _ Estava pensando em como me sinto quente quando estamos juntos, estava lembrando de como foi bom me tocar ouvindo sua voz e seus comandos. Estava imaginando como seria fazer tudo o que falamos, todos esses dias ao vivo e em cores.

Mulheres Poderosas IV - LunaWhere stories live. Discover now