CAPÍTULO ÚNICO

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Chris me olhava como quem já sabia o que eu ia dizer. Ele me lia de uma maneira profunda e extremamente detalhista, como ninguém no mundo fazia. Sempre foi assim.

Ali, parada em sua porta, com o silêncio pairando sobre nós, a vida passava como um filme em minha retina. A nossa vida. A nossa história.

Por um instante senti medo, mas um medo bom. Um medo de quem sabia que finalmente estaria dizendo sim para o que sempre ansiou em ter. Para o que sempre esteve ali, da mesma forma que ele estava agora, parado naquela porta apenas esperando que eu tivesse coragem para entrar e fixar morada. Morada nele.

Evans era minha casa, meu refúgio. O homem da minha vida. E agora eu estava pronta pra assumir isso, em todos os sentidos da palavra.

Segundos, minutos, talvez horas haviam se passado desde o momento em que começamos a nos encarar. Não sabia dizer. O tempo deixou de importar no minuto em que meus pés me guiaram em sua direção e sua boca se juntou à minha. Tantas palavras foram ditas naquele gesto, o beijo tinha gosto de sim. Gosto de certeza.

A porta se fecha atrás de nós e suas mãos apertam minha cintura pressionando nossos quadris um contra o outro. Seguro seu rosto com firmeza enquanto nosso beijo se desenrola urgente e desesperado. Evans começa a me empurrar, nos apressando em direção ao seu quarto e no caminho sinto minhas costas contra a parede do corredor em conjunto com suas mãos atrevidas explorando meu corpo. A destra toca meu seio por cima da blusa, mais como uma carícia, antes de alcançá-lo por baixo dela. Seus lábios deixam os meus e partem avidamente para meu pescoço, como se não encostassem em minha pele há meses. De olhos fechados e respiração acelerada, sorrio com sua ansiedade. Entramos no quarto desajeitadamente sem nos separar por um segundo sequer, era como se toda a saudade sentida estivesse vindo à tona de uma só vez. Nossas roupas desaparecem como num passe de mágica, a urgência é nítida dos dois lados.

- Apressada, huh? - Chris sussurra contra minha boca seguido de uma risada debochada.

Nossas pernas se misturam no caminho até a cama, tropeçando vez ou outra. Empurro Evans fazendo suas costas caírem sobre o colchão, conecto nossos lábios novamente e trocamos as posições com rapidez, sem que eu tivesse tempo de reclamar. Seu corpo se acomoda acima do meu e inesperadamente ele se apoia nas mãos me fitando profundamente.

- Eu não preciso me preocupar com você tendo um súbito surto de consciência e culpa e decidindo que vai embora de novo, preciso? - Chris pergunta e consigo sentir o peso de suas palavras.

- Somos somente nós agora, nada mais. Pode confiar dessa vez. - respondo tentando soar o mais verdadeira possível, porque dessa vez era realmente verdade. Tudo que importava éramos nós. - Eu amo você, Christopher Robert Evans, e quero viver esse amor pelo resto de nossas vidas.

- Bom. - ele faz uma pausa. - Porque eu também amo você, Scarlett Ingrid Johansson.

Evans captura meus lábios como se eles abrigassem seu último sopro de vida. Respiro com dificuldade sentindo seus dedos tocarem minha intimidade, brincando com o clitóris vagarosamente. Sua boca se separa da minha trilhando beijos pelo pescoço e clavícula, parando brevemente em meu seio direito deixando um chupão que provavelmente renderia uma bela marca no outro dia.

- Você não tem ideia do que você faz comigo. - sussurrou.

Podia sentir meu coração batendo forte no peito, minha mente em branco enquanto me derretia em seu toque que descia cada vez mais. Não conseguia nem lembrar meu próprio nome. Gritei involuntariamente quando o primeiro beijo suave foi dado, minhas costas arquearam com força e minhas mãos agarraram seu cabelo o incentivando a continuar. Mordi o lábio a ponto de tirar um pouco de sangue na minha débil tentativa de conter os sons que ameaçavam escapar. O que ele fazia com a boca deveria ser ilegal.

- Puta merda, não pare, por favor, nunca pare.

- Você tem um gosto tão bom... - murmurou enquanto sua língua se deliciava ao redor do meu clitóris com maestria e dois de seus dedos me preenchiam em movimentos rápidos, fazendo que em poucos segundos o prazer invadisse meu corpo com violência.

Evans não perde tempo e repousa seu corpo sobre mim de novo me beijando profundamente. Sua boca desgruda da minha indo de encontro ao lóbulo da minha orelha, depositando uma mordida ali, logo descendo em direção ao meu pescoço e colo. Sua mão direita aperta meu seio enquanto seus lábios descem e tomam o outro. Em resposta, minhas unhas cravam em seus ombros e um gemido rouco escapa de seus lábios. Enquanto Chris se demorava na região, alternando sua mão e boca entre um seio e outro, vez ou outra voltando ao meu pescoço e depositando alguns chupões na região, eu aproveitava o contato de minha intimidade com sua ereção para me movimentar, provocando um roçar cada vez mais intenso. Troco nossas posições e fricciono seu pau em minha intimidade o posicionando em minha entrada, descendo meu corpo, sendo inteiramente preenchida.

Inicio meus movimentos, rebolando de leve, alternando entre descer e subir, de maneira lenta, mas logo acelerando. Nós dois gemíamos alto, ignorando qualquer outra coisa que não fosse o calor de nossos corpos juntos.
Depois de algum tempo, minhas pernas começam a se cansar e Chris me puxa para si enquanto impulsiona sua cintura contra minha intimidade. Aproveitando a posição, volto aos movimentos de vai e vem, como que em resposta aos dele, sentindo nossos corpos se chocarem com cada vez mais força, enquanto minha intimidade se apertava em torno de seu membro, desencadeando meu segundo orgasmo da noite. Evans me vira, invertendo as posições novamente, e ergue uma de minhas pernas sobre seu ombro, metendo com força por alguns minutos antes de gozar, liberando minha perna e caindo ao meu lado na cama em seguida.

- Senti falta disso - digo rindo assim que os espasmos proporcionados pelo orgasmo passam, acariciando seu rosto com meu polegar, vendo-o fechar os olhos e colocar sua mão sobre a minha.

- Só disso? - ele respondeu dramático, tomando minha mão com a sua e depositando um beijo na palma.

- De tudo. - confessei o olhando fixamente por alguns segundos.

- O que foi? - perguntou curioso.

- Me pergunto porque demorei tanto para ver o que estava bem na minha frente por tanto tempo.

- O destino gosta de brincar com a gente, minha mãe costuma me dizer isso. Acho que resume bem nossa história. - argumentou. - Agora precisamos focar no que realmente importa.

- E o que é?

- Enquanto tivermos um ao outro...

- Tudo vai ficar bem. - completei. - Você sempre diz isso.

- Porque é verdade. - Evans afirmou colocando uma mecha solitária do meu cabelo atrás da orelha.

- Eu te amo. - sussurrei as três palavras novamente, tantas vezes ditas em situações semelhantes àquela. Os dois, emaranhados entre os lençóis, se escondendo do mundo lá fora, se encontrando no mundo que pertencia somente a nós.

- Amo você. - Chris declarou com um sorriso singelo no rosto, me puxando para perto novamente.

Escondo meu rosto em seu pescoço e inspiro profundamente, decorando mais uma vez seu cheiro. Cheiro de casa.

Seríamos para sempre um enraizado de memórias e sentimentos, tão conectados um ao outro, que nada, nem ninguém, teria capacidade de destruir.

Seeing the Reality - ONESHOT 🔞Место, где живут истории. Откройте их для себя