"uma garota nova em uma escola cheia de adolescentes problemáticos, vai dar mal "
Elena Girmore, uma linda jovem que tem um futuro brilhante pela frente, se muda para um colégio interno, onde tem que lidar com novas pessoas, uns mais gentis e outros...
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Cachinhos alaranjados _____
Eu tinha esquecido de falar, as aulas começam segunda feira da semana que vem e ainda era terça, então tinha tempo pra ler pelo menos uns 2/3 livros inteiros antes dos estudos invadirem minha cabeça novamente.
Depois do almoço eu sai andando e parei em um dos corredores que tinha janelas enormes e meio que um banquinho pra ficar sentado.
Peguei meus fones, me sentei a beira da janela e comecei a ler um livro novo que eu comprei antes de vir pra cá.
Um tempo depois concentrada na leitura uma mão passou em frente ao meu rosto, me fazendo tirar os fones e ver quem era...Mason.
- você de novo? - perguntei irritada.
- não, sua mãe
- que bom - falei sorrindo ironicamente.
- besta...tá fazendo?
- montando uma árvore de natal, não está vendo? - novamente meu sorriso irônico apareceu.
- não, acho que ela deve ter caído da janela, igual seu humor
- digo o mesmo
- uh, oque temos aqui - ele pegou meu livro, me fazendo ficar irritada.
- me devolve - levantei da janela vendo o garoto se afastando com o livro ainda em suas mãos.
- " e ele estava incomodando a lilet", que merda de livro é esse? - ele franziu a testa lendo o livro.
- me devolve - tentei pegar mas o garoto era mais alto que eu.
- você tem um péssimo gosto para livro - ele disse e abaixou a mão, devolvendo meu livro.
- babaca - irritada peguei o livro e meu fone que estava ainda na janela e ia sair andando.
- você não falou muito no almoço - ele entrou na minha frente.
- problema meu - falei desviando para o outro lado.
- sou curioso, quero saber mais de você - ele diz num tom irônico.
- vai a merda cachinhos alaranjados
- por que cachinhos alaranjados?! - ele pareceu indignado.
- não está óbvio, Thames?
- não
- fica aí pensando então, tenho mais oque fazer - entrei rapidamente no corredor de dormitórios indo para o meu.
- LOUCA - o grito dele ecoou pelo corredor todo.
Apenas ignorei e entrei no meu quarto novo.
...
- é matemática - madeleine estava a meia hora falando dos meu horários enquanto eu estava deitada ignorando tudo, apenas fazendo minha leitura.
- legal
- olha...quer dar uma volta?
Olhei para ela e pensei seriamente em falar " não, me deixa em paz" mas minha boca disse outra coisa.
- claro, por que não
Me levantei da cama e fui com ela andar pelos corredores.
- aqui é bem vazio - falei enquanto caminhavamos.
- o pessoal não é de ficar muito nos corredores, preferem ficar nos dormitórios ou estudando
- entendi
- você tem algum irmão?
-...sim
- sério? Que legal, eu tenho três irmãos...
- uau
- sabe o mason?
- sim
- eu considero ele meu 4° irmão
- hmm
- ele sempre esteve ao meu lado me ajudando e me apoiando
- que bom
- você e seu irmão são próximos?
-...não
- entendi...se preferir não falar sobre eu entendo
- desculpe, não sou muito de falar sobre o Jason
- nome bonito o dele
- sim.
-...uh, você pode me esperar aqui rapidinho? Vou ali no refeitório pegar algo para comermos
- ok
Assim que madeleine saiu comecei a pensar " mas que porra foi essa?" Eu não pedia desculpas nem pros meus pais e eu pedi pra ela?...é, a maddy é encantadora.
- olha lá, se não é a livro estranho - ouvi uma voz ao meu lado, que já estava familiar.
- olha se não é o cachinhos alaranjados
- não gosto desse apelido
- problema seu...mas por que livro estranho?
- problema meu - ele falou debochando e fazendo biquinho.
Levantei a sombrancelhas em sinal de indignação.
- roubando meus argumentos cachinhos?
- não é seu
- oque você quer?
- ué eu também estudo aqui, tenho direito de ficar aonde eu quiser até por que sou mason Thames (ib: gab Thames)
- convencido
- sou mesmo
- cheguei elen...OI mase! - maddy saiu correndo e foi em direção a mason para abraça-lo
- oi maddy - a expressão dele mudou surpreendente para uma mais amável.
Os dois se abraçaram e eu senti que era hora de me retirar, acho que eles iam começar a conversar e não tô afim de viver aquela cena que todo filho vive quando a mãe encontra uma amiga na rua e começa a conversar e só termina horas depois.
Sai andando tranquilamente pelo corredor, sabia aonde iria parar? Não, mas sigo plena.
Até que passando em frente uma sala eu ouvi um som de violão sendo tocado, oque despertou curiosidade em mim.
