CÓDIGO

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Marcones📍

As crianças passavam correndo brincando uma com as outras, estava em época em que a neve iria chegar e todas as crianças estavam parecendo uma bolachinha empacotada, elas davam risos sinceros e alegres enquanto as mães conversam entre si, avia outros casais que passavam olhando sorrindo para as crianças, provavelmente pensando no futuro.

Eu odiava crianças quando estavam muito perto, mas de longe elas eram lindas, gostava de olhar e ver o quão felizes elas eram, seriamente eu estava entrando em depressão sentado naquele banco mas eu também estava com fome só que quando eu levanto para ir até a uma barraquinha que tinha ali na praça eu vi o Pedro na fila.

Marcones - que surpresa - eu vou até ele

Pedro - você não tá trabalhando? - ele me olha surpreso

Marcones - ainda não - eu dou uma risada leve

Pedro - tá aí a muito tempo? - ele me coloca na fila

Marcones - faz um tempinho

Pedro - tava fazendo o que aí?

Marcones - pensando um pouco na vida

Atendente - próximo - o cara da barraquinha nós chama

Marcones - me vê um cachorro quente sem purê e mostarda por favor - eu falo - e você?

Pedro - me vê o mesmo - ele sorri e o cara vai preparar

A gente fica um tempinho esperando e logo os cachorros-quentes ficam prontos, o Pedro paga por nós dois e a gente vai se sentar no banco em que eu estava.

Pedro - o que você está pensando? - ele da uma mordida no pão

Marcones - sobre meu futuro, tenho quase 30 anos e nem sei o que eu quero de verdade - mordo um pedaço do meu

Pedro - mas você já tem um futuro, você tem uma casa incrível, um trabalho ótimo, uma estabilidade financeira - ele me olha

Marcones - eu sei...mas eu queria alguém

Pedro - o Kaike? Gustavo talvez - ele volta a olhar para frente comendo seu cachorro-quente

Marcones - o Gustavo nunca, quero acabar tudo que ele pensa que eu sou para ele, já o Kaike...ele é uma boa pessoa, mas é diferente - eu mordo um pedaço e a batata palha vai toda na minha roupa - merda

Pedro - toma - ele me entrega um guardanapo rindo

Marcones - para de rir - eu me limpo

Pedro - o Kaike é sim uma boa pessoa

Marcones - como tá sua novo escritório? - eu saio do assunto

Pedro - falando nisso, você sabia da existência de um cofre no chão? - ele fala e eu fico confuso

Marcones - cofre?

Pedro - é, ele é mais ou menos desse tamanho aqui - ele mostra com as mãos - ele tá no chão do meu escritório embaixo da mesa escondido pelo azulejo

Marcones - no seu escritório? Mas como você achou isso?

Pedro - o piso tava meio que fora do lugar e aí eu vi o cofre lá

Eu penso um pouco e me vem uma leve lembrança do Gustavo falando com alguém no telefone no escritório dele sobre um confere com algumas coisas escondidas, estava tentando lembrar o número que ele disse mas nada veio na mente, até que eu lembrei que era um código e a senha que ele tinha falado tinha uma outra ordem.

Nessa época eu não era de um cargo muito importante então eu estava do lado de fora da sala ouvindo tudo antes de bater no porta, o Gustavo era inteligente então em nenhum momento da conversa ele falou o nome dessa tal pessoa, mas eu sabia que ele estava falando sofre uma mulher já que ele usava pronomes como "ela" durante a conversar, ele dizia que tinha coisas dela lá dentro e que isso deveria ficar ali escondido.

Marcones - me mostra - eu levanto

Pedro - agora? - ele se levanta junto

Marcones - sim, não tem quase ninguém lá e vai ser mais fácil

Pedro - tá bom - ele limpa a boca e a gente vai meio que correndo até lá

A gente não jogou os cachorros-quentes fora, isso é óbvio, a gente comeu enquanto estava indo até lá. Quando chegamos lá tinha apenas um dos seguranças fazendo a guarda mas ele nem ligou para nós já que de longe ele já sabia quem era a gente, a gente nem pegou o elevador já que eu não tinha paciência para esperar então fomos correndo pelas escadas.

Pedro - vem - ele abre a porta da sua sala e eu entro - tá embaixo da mesa

Marcones - tranca a porta - eu falo enquanto empurro a mesa para longe - qual dos quadrados?

Pedro - esse - ele vem até mim e tira o bloco

Era o mesmo cofre que ele tinha dito para tal pessoa no celular, eu só tinha que lembrar os números, a memória era bem rasa na minha mente já que se fazia muito tempo, eu só precisa saber os números, sabia que tinha alguma coisa a vez com as batidas nas portas, mais nada.

Marcones - qual o código das portas - eu olho para o Pedro

Pedro - eu já tentei - ele fala

Marcones - nome fala o código das portas - eu insisto

Pedro - 2, 1, 3, 2

Com esses números eu fui tentando lembrar como era, fiquei falando os números na minha mente ate o momento que eu tentei o seguinte código, 1,1,2,2,2 e....

Cavalo e seu agroboy possessivo Where stories live. Discover now