Leoa!

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Jorge narrando

Filhos criados desgosto dobrado.

No último mês eu só tive decepção tanto com o Júnior que é meu filho biológico, e agora com Denis que eu considero como meu próprio filho. Sempre o tive em alta conta, sei que ele é um garoto de ouro.

Menino bom e obediente, aprende rápido as coisas e tudo caminhava bem até a mãe dele aquela nordestina, do cão se enfiar nos meus planos.

Ela colocou em sua cabeça que ele precisava fazer o Enem e que precisa de uma faculdade, eu não sou idiota sei do potencial do Denis. E sei que se ele fizer uma faculdade ele vai me deixar, com a experiência de Denis e um diploma de faculdade esse menino vai longe.

Júnior meu primogênito nunca esteve pronto para assumir os negócios, não sozinho. Então eu preciso manter Denis por perto, sempre ali debaixo das minhas asas, para quando eu me aposentar ou partir, ele ser o homem dos negócios por trás de Júnior.

Júnior é quem vai assinar o cheque mas é Denis quem vai fazer o serviço pesado, e se depender somente de Denis, tudo dará certo. Já deixei as coisas encaminhada mas aí, aquela maluca da mãe dele colocou na cabeça, que o filho tem que ter diploma.

Idiota coisa de pobre soberbo e metido a rico, pobre metido a besta, eu não posso deixar isso acontecer.

Por isso eu estou disposto a convence-la a mudar de ideia, se eu o convenci então também a convencerei.

-filho que tal irmos falar com sua mãe agora?

Perguntei terminando o almoço,notei que ele ficou apreensivo

-nao sei se é um bom dia...

-nao seja tolo rapaz

Ri

-voce já é um homem feito, não pode viver com medo de sua mãe pra sempre.

-nao é medo...

Ele disse largando o garfo sobre o prato

-é respeito, eu....

-tudo bem filho.

Cortei sua fala deprimente

-só vamos lá acabar logo com isso

Me levantei paguei a conta e seguimos para a casa de Denis, quanto antes a chata entender que eu sei o que é melhor para o Denis,melhor será para mi.

Denis foi o caminho todo nervoso

-entre tio Jorge fica à vontade a minha mãe ela já deve estar chegando...

Ele abriu a porta e me deu passagem, entrei e me sentei no sofá, olhei em volta vendo que a casa era bem simples, mas limpinha.

-o sr. quer uma água, um café?

Reparei o quanto a casa era organizada mas de uma humildade realmente interessante.

Não tive tempo de responder sua pergunta, logo vejo Ema, uma mulher muito bonita por sinal.

Negra, cabelos lisos na altura do ombro, pretos como a noite,seu corpo bem marcado em um vestido florido simples.

Ela não usava maquiagem mas sua pele, era firme e brilhosa. Ela veio em nossa direção; com algumas sacolas em mãos.

-filho chegou mais cedo ?

Quando seu olhar cruzou o meu, notei uma certa indiferença. Ela nem despistou levantou o queixo e me lançou um olhar desafiador.

Pelo visto tudo que se fala de Ema não são apenas boatos.

-olhe só temos visita

Ela disse com ironia.

Garoto de programaWhere stories live. Discover now