Capítulo 10: Fortaleza

78 6 70
                                    

Oi! ♥ Vocês escutam as músicas que indico? São legais e importantes para o texto! Experimenta ouvir depois, enquanto ta processando! Beijo!

---

Fora mais quatro longos dias ao lado do meu pai, que poderia ter ido embora mais cedo, mas teve febre em um dos dias. Minhas costas já estavam para pedir socorro, mas sempre me condicionava a caminhar na parte de fora do hospital, enquanto eles examinavam meu pai. Claro, que isso resultava comigo, fumando muito mais do que o normal, durante o percurso do mesmo.

Tentava disfarçar nos primeiros dias o cheiro, mas meu pai já traçava comentários sobre. Esperava repressão dele, mas imagino que ele entenda toda minha situação e que eu precisava aliviar de alguma forma. E Bora, não estava ali para isso.

Falando dela, coitada, mal conseguia manter comunicação direta. Estava farta de todo mundo que não fosse meu amado pai. Não respondia Siyeon, Bora e nem mesmo antigos colegas do trabalho que souberam da minha demissão.

Nesta manhã fui acordada por mensagens de preocupação de minha mãe, e outras vindas de Bora, que mais uma vez, estava se segurando muito para não vir visitar minha família.

Diversas vezes tinha que pedir para as pessoas repetirem o que diziam. Me sentia tonta, exausta e totalmente fora de si nos meus pensamentos. Estava beirando uma exaustão que não sentia a tempos.

No amanhecer, do quinto dia, meu pai recebeu alta e mesma exausta, aquilo me tirava um pouco de animação. Precisei ler as indicações do médico algumas vezes e obviamente, pedi para que ele repetisse mais duas vezes para eu entender. Precisava passar para minha mãe aquilo, e se tratava de meu pai.

Dirigia com a maior calma do mundo, mesmo que o caminho fosse tranquilo e razoavelmente perto, tomava todo o cuidado do mundo. Era como se eu tivesse levando um bolo de casamento no banco do passageiro.

Chegamos a casa na hora do almoço e minha mãe foi nos receber com pressa. Me esforcei muito para passar todas as informações para ela, e meu pai, coitado, me ajudava com as coisas que me esquecia.

O olhar que minha mãe passava em mim, trazia um certo pesar. Não sei se era por saber da situação atual, preocupação comigo, ou a minha cara de peixe morto constante. De toda forma, tentava ser a melhor filha possível, mesmo que suas perguntas sobre como arrumarei outro emprego, me engasgava a alma.

Nunca tive uma vida de muito luxo, meu apartamento é pequeno e minhas roupas raramente são de marca. Mas mesmo com o dinheiro da demissão em mãos, me sentia em desespero por não saber o que fazer no futuro.

Minha mãe tentou de todas as formas me convencer de ficar na cidade, já que bom, tudo era mais barato, ficaria perto deles e poderia arrumar emprego por lá.

De fato, ela estava correta. Tudo seria mais fácil, mas a preço do quê? Ficar longe de Bora? Ou será que meus pensamentos estavam correto? Quanto mais tento ficar perto de quem amo, mais machuco eles.

(...)

Creio que a melhor parte da cidade seja a costeira. Não temos isso onde moro, tirando um grande rio que corta a cidade. Um rio, que me fazia sentir arrepios toda vez que me lembro daquele maldito acontecimento.

Estava sentada de frente para a parte portuária da cidade. Navios indo e chegando, homens descarregando as cargas e para alguns, entrando como turistas por lá. O ar era bem fresco por ali, a ponto de deixar minhas coxas arrepiadas quando o vento assoprava em minha direção.

Por impulso colocava a mão no bolso, para buscar meu celular e fotografar o mar a minha frente. Mas havia deixado carregando na casa de minha mãe, e como queria um pouco de sossego, fui sem ele.

Running Blind - Deukae FanficWhere stories live. Discover now