7 - Movimentações

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Por Freya

Por mais que no fundo eu não acreditasse que meu irmão Niklaus mataria Arina, a parte de mim que não o reconhecia mais, que não sabia mais do que ele era capaz e que estava há cerca de um mês convivendo com seu temperamento paranóico, explosivo e imprevisível ainda temia que ele fosse capaz. Ele estava há uma semana organizando um banquete e deixou que eu e minha irmã Rebekah fossemos as responsáveis pela decoração, organização e alimentação. os convites estavam sendo enviados pelo próprio Niklaus e pra dizer a verdade ninguém tinha certeza de quem ele tinha convidado. Os criados do castelo estavam atarefados, dois dias cozinhando quantidades enormes de comida. Eu estava ansiosa pois o baile seria amanhã, e Niklaus disse que o baile era apenas um desejo de sua prisioneira. Após o baile ele a mataria. Eu temia que Maria Loxias não tivesse conseguido cumprir sua missão, fazer com que Esther e Alesha nos encontrassem para tirar Arina dali. 

Ela agora tinha um quarto, já não estava mais nas masmorras, o que me deixava confortável, pois sabia que estava sendo adequadamente alimentada e estava bem acomodada. Porém eu só podia vê-la em companhia de um dos vampiros de Niklaus, e eles faziam guarda em sua porta. Ele ainda a via como uma prisioneira, apesar do tratamento especial. Sua dama de companhia era a própria Rebekah, que não estava nada contente com a missão, e ela só podia sair do quarto quando estava em sua companhia. Podia frequentar a casa de banho e o jardim uma vez ao dia. Aparentemente meu irmão não confiava em mim e temia que eu tentasse a ajudar a fugir. E ele tinha razão.

Na véspera do banquete meu irmão solicitou nossa presença no salão, incluindo Arina, qundo todos nos reunimos ali, a porta se abriu sem que fosse anunciada nenhuma presença. Esther. E Alesha. "Ode a Sleipnir", pensei. Eu estava aliviada. Niklaus estava negativamente supreso a julgar por sua expressão.

-Esther! - ele exclamou insatisfeito

Mas ela então sorriu maternalmente para ele.

-Meu amado menino! - ela disse com ternura. Aquilo me deixou incomodada. Eu não a via há muito mais tempo após seu abandono e ela sequer olhou para mim. 

Minha mãe então abraçou Niklaus, que rejeitou seu abraço, e questionou sua presença. Eu fiquei tensa com medo que ela denunciasse que fui eu quem facilitou que encontrassem a localização. Mas ela se limitou a dizer que sentia falta de seus filhos e queria ficar com sua família. Que esperava que Niklaus a perdoasse pelos seus erros. Ela veio até aqui para pedir o perdão de Niklaus? Elijah se aproximou de Niklaus e sussurrou algo em seu ouvido. Depois de um momento em silêncio ele a fitou e disse.

-Pode ficar. - chamou um de seus vampiros e pediu para que nossa mãe fosse acomodada. 

E então todos ficamos felizes com a presença de Alesha. 

-Minhas crianças! - ela disse em um tom ainda mais maternal que Esther, abraçando a cada um de nós. 

Alesha era bem vinda ali. Eu não prestei muita atenção em Niklaus. Ele falava sobre a programação do baile, sobre os convidados, sobre quem seriam os pares de cada um. Ladies, Lordes e muitos nomes que não me diziam nada. Mas uma de suas falas me chamou atenção. 

-...e eu obviamente serei o par de Lady Arina. 

Eu o fitei por um instante. Ele estava sorrindo e entusiasmado. Eu observei atentamente seus gestos, seu tom de voz. Eu podia jurar que ele estava genuinamente feliz. Não é possível.

(...)

Após a peculiar reunião de Niklaus eu fui conversar com Alesha. Ela era minha madrinha e faziam anos que não a via. Após conversarmos sobre muitos assuntos acabamos então entrando no que realmente as trazia ali.

-Precisamos arquitetar a fuga de Arina. E imagino que o baile seja a ocasião mais adequada. - eu iniciei

-Não podemos tirar Arina daqui, Freya.

-Como não? Ele vai matá-la após o baile! - eu disse sem acreditar que Alesha não queria me ajudar.

-Ele não vai. Ela é a única esperança de recuperar a humanidade de Niklaus, Freya. Veja o que ele se tornou e o que se torna a cada dia. Nós precisamos dela.

-E se estivermos enganadas? E se ele a matar no fim do baile?

-É um risco que vamos ter que correr.

A Thousand Years |  • Klaus Mikaelson • | Pausada | PT-BRWhere stories live. Discover now